BRANDS' CAPITAL VERDE Investir na ciência e transformar o negócio

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 15 Dezembro 2020

Miguel Matos, diretor-geral da Tabaqueira, explica a aposta da subsidiária da Philip Morris International na inovação e dá a conhecer o novo propósito da empresa: construir um futuro livre de fumo.

Numa altura em que a Ciência está no centro das nossas conversas e da nossa vida, nunca é demais lembrar que a inovação é fundamental para garantir a sustentabilidade das sociedades. Na Tabaqueira e no grupo Philip Morris International (PMI), esse tornou-se o nosso propósito: de um futuro melhor, um futuro livre de fumo. Ao ponto de mudar o nosso negócio.

Façamos um exercício. O que sabe o caro leitor sobre a Tabaqueira? Provavelmente que está entre as dez maiores exportadoras nacionais. Verdade: no ano passado, exportámos cerca de 600 milhões de euros, o que representa mais de 80% do que produzimos e somos um dos principais centros de produção da Europa, o que dá conta da importância da nossa atividade para a economia nacional. Porventura, também terá a ideia de que somos um dos principais contribuintes líquidos para o Estado. Novamente, correto: em 2019 entregámos ao Estado cerca de 1.200 milhões em impostos. Somos um dos maiores empregadores do concelho de Sintra (com cerca de 1000 trabalhadores), do nosso ecossistema produtivo fazem parte centenas de pequenas e médias empresas, e, desde que a Tabaqueira foi reprivatizada e passou a subsidiária da PMI, já investimos mais de 360 milhões de euros em Portugal.

"Sabia, por exemplo, que a Tabaqueira baseia a sua atividade no trabalho de uma equipa de mais de 400 cientistas que, todos os dias, a partir do centro de Investigação e Desenvolvimento da PMI em Neuchâtel, na Suíça, procura dar resposta às novas aspirações do grupo? ”

Miguel Matos

Diretor-Geral da Tabaqueira

Acredito que alguns destes últimos números já sejam menos conhecidos. Mas, certamente, há outros factos que são ainda menos conhecidos aos olhos do público, e que traçam o retrato de uma organização que os portugueses, na verdade, pouco conhecem. Sabia, por exemplo, que a Tabaqueira baseia a sua atividade no trabalho de uma equipa de mais de 400 cientistas que, todos os dias, a partir do centro de Investigação e Desenvolvimento da PMI em Neuchâtel, na Suíça, procura dar resposta às novas aspirações do grupo? Sabia que a partir deste nosso centro altamente tecnológico de I&D já registámos mais de 5.800 patentes? E que o nosso trabalho científico já produziu contributos para áreas tão diversas como sejam o desenvolvimento de métodos avançados de avaliação toxicológica e sistemas biológicos para seleção de candidatos a novos medicamentos, melhor compreensão das doenças neurodegenerativas, ou até a construção de ‘órgãos-em-chip’, fundamentais para estudos experimentais e que nos permitem aferir a toxicidade de determinados fármacos?

Miguel Matos, Diretor-Geral da Tabaqueira, subsidiária da Philip Morris International.

Volvidas mais de nove décadas desde a sua fundação, pelo emblemático empresário Alfredo da Silva, a Tabaqueira está hoje muito longe da imagem tradicional da indústria. Somos uma organização com os olhos postos no futuro, orientada para a Ciência e para sustentabilidade em toda a nossa cadeia de valor, e que assumimos um propósito que, ainda hoje, espanta muitos daqueles que, nesta altura, estarão a ler este texto: construir um futuro livre de fumo, disponibilizando soluções alternativas, sem combustão, que reduzam o risco de doenças relacionadas como consumo dos tradicionais cigarros. Comprometemo-nos, publicamente, a transformar o nosso modelo de negócio, evoluindo a nossa atividade para dar resposta à preocupação legítima da sociedade no que diz respeito aos efeitos nocivos destes produtos de tabaco – procurando convencer todos os fumadores, que, de outro modo, continuariam a fumar cigarros, a optar em alternativa por produtos sem combustão.

Apesar da taxa de prevalência do tabagismo continuar a decrescer lentamente, a Organização Mundial de Saúde estima que o número de 1100 milhões de fumadores que atualmente fumam produtos de tabaco não registe alterações significativas até 2025. Todos sabemos das doenças que estão associados ao consumo de tabaco: fumar faz mal à saúde e a melhor forma de evitar o risco de doença é nunca começar a fumar, ou então abandonar o seu consumo completamente. Daí a importância da transformação do nosso negócio e deste propósito que assumimos, o de reduzir a nocividade dos produtos que concebemos.

"O negócio do tabaco aquecido já representa por exemplo em Lisboa uma quota de mercado na ordem de cerca dos 11%, e são já aproximadamente 250 mil os portugueses que mudaram para o IQOS e deixaram, assim, os cigarros. ”

Miguel Matos

Diretor-Geral da Tabaqueira

Coloco-lhe uma outra questão. Saberá o leitor do que trata o acrónimo MRPT? Respondo-lhe: trata-se da maior disrupção deste setor. Em inglês significa Modified Risk Tobacco Product, o que em português se pode traduzir por “Produto de Tabaco de Risco Modificado”.

O IQOS, sistema de aquecimento de tabaco da PMI, recebeu há uns meses a autorização de comercialização nos EUA como Produto de Tabaco de Risco Modificado de exposição reduzida por parte da agência norte-americana para a Segurança Alimentar e do Medicamento, a FDA. Na prática, isto significa que, para as autoridades norte-americanas, existe evidência científica de que o IQOS é um produto de tabaco fundamentalmente diferente, e uma melhor escolha para adultos que, de outra forma, continuariam a fumar. Este dispositivo eletrónico – o primeiro e único com nicotina a obter esta autorização de comercialização nos EUA – aquece o tabaco sem o queimar, o que reduz significativamente (é a própria FDA que o afirma) a produção de constituintes químicos nocivos e potencialmente nocivos. O IQOS resulta de uma disrupção da cultura e visão de negócio da PMI.

Esta designação, reconhecida pelos Estados Unidos, é o primeiro passo para concretizarmos o nosso propósito a nível mundial. Em Portugal, o quarto mercado em todo o mundo a introduzir esta solução sem combustão, o negócio do tabaco aquecido já representa por exemplo em Lisboa uma quota de mercado na ordem de cerca dos 11%, e são já aproximadamente 250 mil os portugueses que mudaram para o IQOS e deixaram, assim, os cigarros. Estamos a falar de consumidores que optaram pela evidência científica. É por eles, e por um propósito de um mundo livre de fumo, que inovamos todos os dias, contribuindo para construir um futuro melhor alicerçado na sustentabilidade.

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