Popular e Seguradoras Unidas lideraram ranking de reclamações nos seguros não Vida – ASF

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2020

Pela primeira vez o relatório anual de regulação e supervisão à conduta de mercado inclui rankings das seguradoras alvo do maior número de reclamações em Portugal.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) acaba de publicar o Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado (RRSCM) relativo a 2019. O relatório anual de supervisão com os principais indicadores do mercado supervisionado em matéria de conduta de mercado inclui, pela primeira vez, a identificação dos operadores com maior número de reclamações nos ramos de seguro mais representativos do mercado.

Tendo em consideração o peso dos ramos Não Vida, e, dentro destes, o seguro automóvel e o seguro de acidentes de trabalho, que no seu conjunto representaram no ano passado 52,5% do total de prémios brutos emitidos de contratos de seguro relativos à atividade em Portugal, “a ASF publica este ano, pela primeira vez, a distribuição do número de reclamações por volume de prémios e por operadores, identificando-os, para aqueles segmentos de negócio”, justifica a Supervisão.

Posicionados com base num rácio (nº de reclamações concluídas por volume de prémios), o Popular (atualmente integrado no Santander Totta) é o mais reclamado no seguro automóvel (com 6,25 reclamações por cada milhão de euros de prémios), seguido da Generali Seguros e a Ageas Seguros.

 

No ramo acidentes de trabalho, a Seguradoras Unidas (Tranquilidade, Açoreana e Logo) lidera entre as três mais reclamadas (1,29 reclamações por milhão de euros prémios), seguida da Ocidental (grupo Ageas) e da Generali.

Este ano, informa a ASF, pela relevância que assumiu em edições anteriores do RRSCM, a regularização de sinistros no âmbito do seguro automóvel deu origem a um relatório autónomo, o RSA, igualmente disponível no sítio do regulador. Seguindo a lógica da relevância, o organismo liderado por Margarida Corrêa de Aguiar passa “também a divulgar rankings das reclamações (…) que serão alargados a outros segmentos de negócio num futuro próximo”.

Para a divulgação desses dados estatísticos, “e para evitar a apresentação de indicadores construídos com base num número não significativo de reclamações, e por isso voláteis, apenas são identificadas as empresas de seguros que foram objeto de cinco ou mais reclamações, sem prejuízo de os valores a elas referentes terem sido considerados para a média do mercado em cada segmento de negócio”. Neste contexto, para o seguro automóvela média ponderada corresponde a 2,4 reclamações por cada milhão de euros de prémios, variando aquele indicador entre 6,3 e 0,7 reclamações/M€ para os vários operadores considerados”, explica o RRSCM.

Por sua vez, “no seguro de acidentes de trabalho verificou-se uma média ponderada de 0,8 reclamações/M€ de prémios, e os valores observados para cada empresa de seguros variou entre 1,3 e 0,2 reclamações/M€”.

“Não se pode daqui retirar, seguindo uma leitura simplista, que o grau de litigância no seguro automóvel é superior ao seguro de acidentes de trabalho, dadas as diferenças existentes na lógica de negócio, no ambiente envolvente e mesmo no nível de prémio médio associado a cada tipo de contrato”, observa a ASF. Aliás, complementa o relatório, “é por esse motivo que não se apresenta ainda este tipo de indicador ao nível do conjunto dos ramos Não Vida ou dos vários produtos enquadráveis no ramo Vida, dada a diferença de produtos comercializados e a estrutura da carteira de cada empresa de seguros”.

Desfecho das reclamações e recomendações

No que respeita ao desfecho e sentido da conclusão dos processos de reclamação, “é importante salientar que uma percentagem considerável de reclamações (cerca de 61%) não tinha sido previamente avaliada” pela entidade reclamada, “circunstância que sublinha a necessidade de reforçar de forma continuada a informação prestada pelos operadores ao consumidor, no que toca à existência da função autónoma responsável pela gestão de reclamações e, mais genericamente, da forma mais adequada que os consumidores a poderão utilizar para tratar a sua reclamação”.

De acordo com os relatórios sobre gestão de reclamações que os operadores submeteram à ASF, verificou-se que os consumidores apresentaram às empresas de seguros, durante o ano reportado, 29 271 reclamações, das quais a apreciação resultou favorável aos reclamantes em 9 830 casos, representando um aumento de 2,1% face a 2018. Por sua vez, face ao período transato, verificou-se que o número de reclamações apreciadas com resultado favorável ao reclamante aumentou cerca de 9,3%, o que levou a um nível de respostas favoráveis superior ao observado em 2018 (2,2 p.p.)

O seguro automóvel foi aquele que deu origem a um maior número de reclamações apreciadas pelos provedores do cliente (aproximadamente 43% dos casos), seguido do seguro de incêndio e outros danos com 32,4%, sendo que 23,3% e 19,0% dessas situações, respetivamente, resultaram em resposta favorável aos reclamantes. “É de sublinhar que o conjunto destes dois segmentos representou mais de três quartos das reclamações apreciadas pelos provedores nos ramos Não Vida”, lê-se no documento da ASF.

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Isenção automática de IMI vai chegar aos beneficiários de heranças indivisas

  • Lusa
  • 12 Outubro 2020

A medida consta da proposta do Orçamento do Estado para 2021, nas situações em que o sujeito passivo do IMI seja uma herança indivisa.

Os beneficiários de heranças indivisas que tenham como habitação própria e permanente um imóvel da herança vão passar a poder ter a isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) atribuída a pessoas de reduzidos rendimentos.

Segundo a versão preliminar da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), a que a Lusa teve acesso, caso o sujeito passivo do IMI seja uma herança indivisa, “relativamente aos prédios urbanos que estejam efetivamente afetos a habitação permanente dos herdeiros, a isenção é aplicada à quota-parte dos herdeiros”.

Para que a isenção seja atribuída é necessário que os herdeiros estejam identificados na matriz predial e que os mesmos e reúnam os pressupostos para que esta isenção do IMI possa ser atribuída.

O Código do IMI contempla uma isenção de imposto dirigida aos contribuintes e respetivos agregados com imóveis (rústicos e urbanos) cujo valor patrimonial tributário (VPT) não exceda dez vezes o valor anual do Indexante de Apoios Sociais (IAS) e o rendimento bruto total do agregado seja inferior a 2,3 vezes o valor anual do IAS.

Tendo em conta que o valor de IAS, que serve de referência é equivalente ao salário mínimo nacional registado em 2010 (475 euros), aquela isenção é, assim, atribuída a pessoas cujo património imobiliário não excede os 66.500 euros (475x10x14) e cujo rendimento anual não ultrapassa os 15.295 euros.

Até agora, a atribuição desta isenção estava dependente de o beneficiário ser o proprietário do imóvel que lhe serve de habitação própria e permanente, situação que o OE2021 vem agora alargar a beneficiários de herdeiros que habitem numa casa da herança indivisa, ou seja, de herança em que ainda não foram feitas partilhas.

O documento prevê ainda que na determinação do VPT pertencente ao herdeiro ou ao seu agregado familiar é incluído o valor correspondente à sua quota-parte no prédio da herança que esteja afeto à sua habitação própria e permanente. Esta isenção é aplicada de forma automática pela Autoridade Tributária e Aduaneira que, para o efeito, utiliza, entre outra informação, a que consta da declaração anual do IRS, desde que esta seja entregue dentro do prazo legal.

A proposta do OE2021 não detalha se no caso das heranças indivisas a atribuição do benefício também será feita de forma automática ou se será necessário ao herdeiro tomar a iniciativa de fazer um primeiro pedido. De acordo com dados do Ministério das Finanças, relativamente ao ano de 2018 (cujo IMI foi liquidado em 2019), esta isenção automática foi reconhecida a 1.170.789 contribuintes.

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Apresentação do OE 2021 adiada para amanhã às 9h00

O Ministério das Finanças adiou a conferência de imprensa de apresentação do Orçamento do Estado para 2021 para terça-feira às 9h.

Ao contrário do esperado, a conferência de imprensa do Orçamento do Estado para 2021 só ocorrerá esta terça-feira às 9h. A expectativa era que a apresentação fosse esta segunda-feira, tendo existido a indicação de que poderia ocorrer mais cedo do que em anos anteriores, o que não veio a concretizar-se.

O Ministro de Estado e das Finanças, João Leão, e a sua equipa de secretários de Estado apresentam o Orçamento do Estado para 2021, amanhã, 13 de outubro, pelas 9 horas, no Salão Nobre do Ministério das Finanças“, lê-se no comunicado enviado às redações.

À semelhança do que aconteceu nos últimos dois anos, a conferência de imprensa é assim adiada para a manhã do dia seguinte à entrega do documento no Parlamento.

Apesar deste adiamento, é expectável que o ministro das Finanças, João Leão, entregue a proposta do OE 2021 ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, esta segunda-feira antes da meia-noite. Em anos anteriores, a proposta chegou a ser entregue muito perto da hora limite.

A conferência de imprensa será transmitida na conta do Twitter do Governo e do Ministério das Finanças.

(Notícia atualizada às 19h53 com mais informação)

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Governo aperta cerco aos benefícios fiscais em investigação e desenvolvimento para evitar fraudes

Fundos de investimento vão ter de investir efetivamente no capital das empresas de tecnologia e estas têm de investir em I&D pelo menos 7,5% da sua faturação no ano anterior.

As regras passam a ser mais claras e apertadas para as empresas que queiram usufruir de benefícios fiscais em investigação e desenvolvimento. Empresas e fundos de investimento, públicos ou privados, vão ter efetivamente de comprovar a realização de investimentos no capital de empresas do setor da tecnologia e não apenas financiar instrumentos de dívida.

De acordo com a versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2021 a que o ECO teve acesso, o Executivo definiu melhor as regras para que as empresas possam beneficiar deste incentivo, que pode chegar a 82,5%, e assim evitar fraudes a este nível.

De acordo com o Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE), as empresas que comprassem unidades de participação de fundos, que por sua vez investiam em empresas de tecnológicas, podiam deduzir até 82,5% dos montantes investidos. Mas depois não havia grande controlo sobre os fundos e as empresas em que estes investiam. Assim, o legislador começou por frisar que apenas são válidas as participações no capital de instituições de investigação e desenvolvimento e contribuições para fundos de investimento, públicos ou privados, que realizem investimentos de capital próprio e de quase-capital. Ou seja, é vedada a possibilidade de os fundos de investimento apenas financiarem dívida das empresas tecnológicas.

“A ideia foi regular um setor desregulado e que dava azo a abusos”, diz ao ECO Francisco Hamilton Pereira.

O passo seguinte foi definir na lei o que são empresas tecnológicas, porque nem sequer esse ponto era claro. “Antes não se sabia quais eram as empresas que se dedicavam à I&D”, sublinha o fiscalista da EY. Agora as empresas ou os fundos apenas podem investir em empresas que apresentem um investimento em I&D equivalente a pelo menos 7,5% da sua faturação no ano anterior ao pedido de reconhecimento. E estas empresas têm ser reconhecidas pela Agência Nacional de Inovação (ANI). “Assim os fundos de investimento veem a sua abrangência restringida”, conclui.

Por outro lado, os fundos de investimento têm cinco anos para provar que fizeram o investimento e caso não o façam “ao IRC do período de tributação em que se verifique o incumprimento daquele prazo é adicionado o montante proporcional à parte não concretizada dos investimentos que tenha sido deduzido à coleta, acrescido dos correspondentes juros compensatórios”. Até agora os fundos tinham apenas de receber luz verde da CMVM relativamente à sua política de investimento. E, no Orçamento do Estado em vigor já se pede a estes fundos que reportassem também à ANI a sua política de investimento. “Quando a ANI identifica irregularidades comunicava à Autoridade Tributária que ia depois tentar reportar o prejuízo”, explica Francisco Hamilton Pereira.

O apertar das regras estende-se também às empresas que recebem o investimento, já que este tem de ser comprovadamente utilizado em investigação e desenvolvimento, “coisa que não era controlada até aqui e permitia que houvesse abusos”, sublinha o fiscalista da EY. “Os fundos até podiam pôr dinheiro na empresa e esta usava-o em equipamentos ou outras rubricas que não I&D”, acrescenta.

Decorria ainda da falta de regras que as empresas podiam usufruir do benefício fiscal sem que o dinheiro tivesse sido efetivamente gasto em I&D, alerta o fiscalista: “Seja porque as empresas de tecnologia não usam efetivamente o dinheiro em I&D, seja porque os fundos não investiam nas empresas, usavam o dinheiro apenas para se valorizar e devolviam-no depois aos investidores”.

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Chave Móvel Digital vai ter reconhecimento facial e da impressão digital

O processo de pedir a Chave Móvel Digital (CMD) vai passar a ser totalmente eletrónico, através de videoconferência ou reconhecimento facial. Sistema vai também suportar impressão digital no login.

Vêm aí novidades na Chave Móvel Digital (CMD), o sistema que permite aos cidadãos autenticarem-se nos serviços da Administração Pública na internet. Em breve, deverá ser possível pedir o registo no sistema de forma totalmente eletrónica, através do reconhecimento facial dos utilizadores.

Atualmente, o registo implica o envio de uma carta com um código para a morada do cidadão. Ora, numa versão preliminar do Orçamento do Estado para 2021, o Governo pede uma autorização legislativa ao Parlamento para tornar possível a validação da identidade do cidadão “através do recurso a sistema biométrico de comparação das imagens do rosto recolhidas eletronicamente em tempo real com a imagem facial” da foto do cartão de cidadão.

A proposta do Governo também prevê que a CMD seja pedida “por videoconferência”, associando, como habitual, o número do cartão de cidadão a um endereço de email, número de telemóvel e uma palavra-passe pessoal.

A proposta avançada primeiro pelo Expresso, confirmada pelo ECO, estipula ainda que a “recolha das imagens do rosto em tempo real” devem ser eliminadas “após a conclusão do processo de adesão” e somente realizada “mediante consentimento prévio do cidadão”, através de software “com capacidade de deteção de vida”.

Para aprimorar o algoritmo, o Governo pede que, mediante “o consentimento prévio do cidadão”, a Agência para a Modernização Administrativa possa “recolher a imagem do cartão de cidadão e proceder ao seu armazenamento pelo período máximo de dez dias, garantindo-se que os dados armazenados são cifrados e não ficam associados ao cidadão”.

Outra novidade deverá ser a possibilidade de a autenticação a dois passos, atualmente via SMS ou aplicação própria, possa recorrer, antes, às “funcionalidades de identificação segura biométrica do dispositivo móvel do cidadão”.

Por outras palavras, o objetivo é que, em vez de o utilizador receber um segundo código por SMS no momento do login, possa simplesmente usar a impressão digital na generalidade dos telemóveis ou outras, como o FaceID do iPhone.

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Daimler e Swiss Re formam joint venture para explorar potencial da condução autónoma

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2020

A empresa conjunta irá operar na qualidade de MGA (Managing General Agent), prevendo estrear-se na introdução de serviços e produtos de seguros em França, a partir de fevereiro de 2021.

A resseguradora suíça e a Daimler, matriz da Mercedes-Benz, acordaram a criação de uma empresa conjunta (joint venture), detida em partes iguais e sediada em Berlim, para operar como intermediária no mercado emergente de seguros para veículos conectados e cada vez mais autónomos.

Resultado da parceria, a designada Movinx assenta nas competências específicas dos signatários (automóveis e seguros) e surge para explorar o potencial de dados gerados por sistemas de tráfego, reflexos dos automóveis do futuro e comportamento dos condutores. O objetivo da aliança é inovar no desenvolvimento de produtos de seguros customizados totalmente digitais e monetizar a oportunidade criada pela nova realidade nos ecossistemas da mobilidade, assumem as parceiras em comunicado.

“Antes mesmo de os automóveis saírem das linhas de montagem, sabemos como reagirão em situações de emergência permitindo-nos fornecer às seguradoras uma lista de critérios que ajudam a melhorar a subscrição de risco”, afirmou Pravina Ladva, responsável de transformação digital na Swiss Re.

Através da quantidade de sistemas avançados de assistência à condução que equipam os veículos (ADAS na sigla do setor automotive), a Swiss Re já fornece soluções que definem o índice de segurança dos automóveis e até custos de reparação em caso de sinistro, facilitando assim o cálculo do risco associado a cada veículo.

Por seu lado, Ingo Telschow, diretor da Daimler Insurance Services, referiu que a fabricante automóvel está disposta a aprofundar o seu envolvimento na cadeia de valor do negócio segurador: “Queremos oferecer produtos para todas as pessoas,” quer recorram à partilha automóvel por apenas alguns minutos (car sharing), aos seguros de longo prazo ou ao aluguer automóvel.

A jv irá operar na qualidade de MGA (managing general agent) e iniciar a introdução de seguros em França, a partir de fevereiro de 2021, expandindo depois para o resto da Europa, Américas e Ásia.

Segundo refere ainda o comunicado conjunto, a Movinx está aberta à cooperação com outros fabricantes automóveis, fornecedores de soluções de mobilidade e seguradoras locais.

 

 

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20 anos depois, lesados da Equitable Life pedem justiça e reembolso das suas pensões

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2020

Os lesados da mútua britânica do ramo Vida que entrou em colapso há duas décadas, acabando por ser extinta em dezembro de 2019, reacendem protestos, clamando por justiça para reaverem dinheiro.

No ano 2000, a mútua britânica assumiu insuficiência de fundos para cumprir responsabilidades perante cerca de um milhão de clientes que perderam mais de 4,1 mil milhões de libras esterlinas. O escândalo abalou a confiança no sistema de pensões no Reino Unido, a companhia foi colocada sob tutela governamental, deixou de fazer novos contratos e ficou limitada a gerir a carteira de clientes existentes na altura.

Vinte anos depois da quase falência da Equitable Life, conclui-se por lá que o esquema de compensação dos lesados, municiado pelo Tesouro britânico em 1,4 mil milhões de libras e operacionalizado há cerca de 10 anos, também se revelou insuficiente. Uma década depois desse plano governamental, o movimento constituído em defesa dos lesados (EMAG – Equitable Members Action Group) retoma a luta em defesa das vítimas que querem ser reembolsadas pela totalidade. O EMAG clama por justiça.

Em 2008, ano que marcou a emergência da última crise financeira global, um relatório do Provedor de Justiça do Parlamento britânico (sob o título “A Decade of Regulatory Failure”) denunciou falhas e má gestão de departamentos governamentais e reguladores, estabelecendo o montante do rombo nos referidos 4,1 mil milhões de libras. Reconhecendo que, entretanto, a situação dos lesados havia piorado, o relatório recomendou que se restituísse aos lesados a posição contratual de oito anos antes.

Desenhado em 2009 e posto em marcha no ano seguinte, o esquema de compensação lançado pelo então ministro das Finanças, George Osborne, disponibilizou 1,5 mil milhões de libras esterlinas para pagar aos lesados da Equitable Life, dos quais 100 milhões foram diretamente para beneficiários dos clientes entretanto falecidos. Já em 2014, os lesados reclamavam ter recebido apenas um quarto do que lhes era devido. Em 2015, o programa de compensações seria reforçado.

Até 2018, os ativos da companhia foram vendidos em parcelas, destacando-se a transação com a Utmost, uma sociedade de capital privado (private equity ) especialista na aquisição de carteiras Vida com apólices antigas. Desde então, o que sobrou da carteira Vida ficou a ser gerido por companhias como a Utmost Life and Pensions e pela seguradora Prudential.

Num artigo publicado em dezembro de 2019, dezoito meses depois do acordo com a Utmost, o jornal Financial Times referia que a maioria dos cerca de 300 mil clientes interessados no processo aceitou as condições compensatórias incluídas na transação, que também obteve luz verde dos tribunais e reguladores. No fecho do ano, a Equitable Life saiu de cena, escreveu o FT.

Em janeiro de 2020, em resultado das condições acordadas para venda do que restava da Equitable Life, cerca de 126 mil pensionistas a beneficiavam de reforços no rendimento dos seus planos de pensões (em troca de terem desistido das garantias contidas nos antigos contratos com a Equitable Life), mas outros continuavam sem reaver as poupanças, assinala a imprensa londrina.

Com o passar do tempo, parte das vítimas já morreu, um obituário que inclui Honor Blackman, atriz celebrizada no papel de Bond girl no filme “007 Goldfinger” entretanto falecida em abril de 2020, com 94 anos, enquanto muitas outras pessoas lesadas se encontram em idade avançada. Por isso, o movimento EMAG decidiu intensificar protestos, promovendo uma campanha online para exigir o reembolso total dos seguros e poupanças que tinham à guarda da EquitableLife.

Mais de 240 deputados do All Party Parliamentary Group (APPG) for Justice for Equitable Life Policyholders apoiam a campanha. Citado pelo jornal Daily Mail, o deputado Bob Blackman, do Partido Conservador e co-presidente da APPG, disse: “Na perceção do público, o escândalo da Equitable Life mostra que as poupanças em planos de pensões não são seguras”.

Dado que ainda existem lesados a queixarem-se de terem recebido muito menos do que esperavam, a EMAG e os parlamentares que apoiam a causa também pedem um inquérito formal sobre o destino dado aos 1,4 mil milhões de libras esterlinas do plano lançado em 2010.

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Seguradoras projetam aumento da fatura médica em 2021

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2020

Seguradoras do mercado português participaram num estudo global sobre tendências médicas. O relatório da WTW aponta subida próxima de 4% no custo bruto do serviço local em 2021.

Muitas seguradoras e empregadores assumem tendência decrescente na taxa de sinistros de saúde este ano, refletindo o adiamento de atos médicos (cirurgias e tratamentos não realizadas entre maio e agosto), perspetivando aumento da procura e dos custos de saúde em 2021, sustenta relatório da corretora Willis Towers Watson (WTW) sobre o “2021 Global Medical Trends Survey”, um inquérito que auscultou perto de 290 seguradoras em mais de 70 países, incluindo Portugal.

Esperando que, no próximo ano, se registe curva ascendente generalizada da “tendência médica”, o exercício de modelação da WTW assume cenário de alguma volatilidade, uma perspetiva justificada pela combinação de um conjunto elementos: evolução incerta do impacto da pandemia; confirmação (ou não) de vacinas no início de 2021; stock disponibilizado e quem pagará por elas. A acrescer à incógnita destes fatores, resta ainda a dúvida sobre se os custos com testes e tratamento da covid-19 continuarão a ser repartidos entre governos, seguradoras e empregadores, refere o relatório global de “Tendências Médicas” da WTW, que atualmente se encontra em processo de fusão com a Aon Plc.

À luz do enunciado, o indicador – que a WTW define como “taxa de tendência médica” (medical trend rate, na aceção original) – desacelerou para 4,2% na Europa em 2020, a que seguirá recuperação em 2021, para uma variação próxima dos 5,8%, que foi o “nível de tendência em 2019”.

Para Portugal, onde se regista evolução a taxa inferior à da Europa, o relatório aponta 3,79% em 2019, seguindo-se variação negativa de 1,83% em 2020 e recuperação com aumento de 3,97% na média do custo bruto do serviço médico no próximo ano. Corrigida inflação, a variação esperada para 2021 será de 2,62% em 2021, contra 3,49% em 2019, detalha o estudo que correlaciona o indicador de tendência com o andamento do PIB per capita (das regiões e países abrangidos pelo estudo).

Descrevendo a evolução projetada para o mercado português, onde pelo menos cinco seguradoras participaram no inquérito, a corretora refere-se a “diminuição significativa” das taxas de utilização da capacidade do sistema de saúde em 2020, refletindo efeitos da covid-19, com franja maioritária da população a “adiar consultas médicas, tratamentos e exames”, o que também explica a “tendência negativa” em 2020.

Não obstante, prossegue o documento da WTW sobre o cenário em Portugal, a “tendência” para 2021 aponta para um retorno aos níveis de 2019 à medida que os beneficiários dos serviços de saúde forem retomando atos médicos adiados, desenvolve ainda o documento, antecipando-se para o caso português “potencial de agravamento” nas situações clínicas dos utentes e consequente incremento de custos associados nos anos seguintes, nomeadamente para especialidades em que tratamentos e terapias estejam mais demoradas.

De acordo com o estudo, quando questionadas sobre como perspetivam os custos na carteira saúde para os próximos três anos, 71% das seguradoras europeias auscultadas no inquérito responderam “mais altos.” Para a globalidade dos mercados inquiridos, a variável tendência médica – traduzida em “custo médio bruto” (sem ajustamento da inflação) tende de 5,88% em 2020, para 8,12% em 2021, acima dos 7,16% de 2019.

Num artigo publicado em agosto, após debate com especialistas da Zurich, da Cigna, da General Electric e da Marsh, a WTW antecipava que, à medida que as empresas se forem libertando dos bloqueios impostos pela Covid-19, as organizações (empresas e seguradoras) terão de lidar com um potencial aumento dos custos associados aos benefícios médicos oferecidos pelas empresas.

Na perspetiva então assumida pela Willis Towers Watson, já era de esperar que, em termos globais, os prémios decresçam ou diminuam no curto prazo com a menor utilização do serviço médico de rotina. “O desvio dos custos previstos no início do ano testará a capacidade dos empregadores e do mercado de seguros de subscrever prémios sustentáveis ​​nas próximas renovações. Já os custos com planos Vida e de Invalidez permanecerão provavelmente inalterados para os empregadores”, adiantava a WTW.

Agora, cerca de dois meses depois do insight divulgado em agosto, o novo inquérito revela que 63% da amostra global espera custos “mais altos”, enquanto outros 4% esperam custos “significativamente mais altos”, tendência justificada pela esperada realização dos tratamentos e atos reprogramados, já com agravamento das condições de saúde dos beneficiários e aumentos de custos inesperados como, por exemplo, em equipamento de proteção individual (EPI).

O “Global Medical Trends Survey” é um estudo anual da WTW, geralmente efetuado entre julho e setembro. Este ano, 287 seguradoras de 76 países participaram na pesquisa cujo objetivo é rastrear e projetar a designada “tendência médica”, na prática um referencial do custo bruto do serviço médico.

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Estas são as quatro chaves para o Bloco desbloquear o Orçamento

Travão aos despedimentos, contratação de mais médicos, apoio social mais robusto e nem mais um cêntimo para o Novo Banco são as quatro principais exigências que desbloqueiam o apoio do Bloco ao OE.

A primeira versão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021 não é do agrado do Bloco de Esquerda (BE). Na manhã desta segunda-feira, a coordenadora do partido, Catarina Martins, disse-o com todas as letras na Antena 1: “Não creio que o BE tenha condições para viabilizar o OE”, atirou, deixando claro que o Governo não fez o suficiente para merecer o apoio bloquista.

A possibilidade de um chumbo do BE deixa o OE preso por um fio, forçando António Costa a precisar de, pelo menos, a abstenção dos restantes partidos da esquerda na votação do documento na generalidade. Mas se dúvidas houvesse sobre os motivos da intransigência do BE, já da parte da tarde, Mariana Mortágua, apareceu nas televisões para pôr os pontos nos ís. Há quatro pontos que são “essenciais” para a “luz verde” do Bloco ao documento.

Travão aos despedimentos em empresas com lucros

Tem sido uma das bandeiras do caderno de encargos do BE para este OE, e o partido não abre mão desta exigência: quer travar os despedimentos nas empresas que tenham lucros. Mariana Mortágua reiterou este ponto em declarações à RTP3, considerando que o fosso entre o Governo e o BE resulta também de não haver esta medida na proposta de OE.

“São medidas sobre despedimentos, sobre travar despedimentos, antecipando aquela que poderá vir a ser uma das maiores vagas de despedimentos, uma crise económica e social que conseguimos já antever e que está a ser vivida já por muitas pessoas”, explicou. “Quanto nós”, continuou, o OE “precisa de uma resposta muito determinada, travando os despedimentos, tornando-os mais caros e menos acessíveis”, indicou.

Contratar mais médicos para o SNS

O BE assume ter negociado com o Governo em 2019 a contratação de mais médicos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma medida que, para o partido, não foi executada como prometida. “Basta todos os dias abrirmos as televisões e vermos a falta de médicos no SNS”, disse Mariana Mortágua. “Por isso, colocámos no OE para 2020 contratações de médicos. O Governo não procedeu a essas contratações”, disse.

“Preocupa-nos o futuro”, continuou a deputada. A exigência é a de que o Governo assuma “um compromisso sério” de contratação de mais profissionais para o SNS, “com calendário e com destino para esses médicos”, mas também “com condições para os médicos se manterem no SNS”. “Não serve de nada abrir concursos para eles ficarem vazios. É preciso dar condições de trabalho a esses médicos”, rematou a bloquista.

Um apoio social mais robusto

O Governo desenhou no Orçamento do Estado um Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores, que visa apoiar quem se encontre em “situação particular de desproteção económica” neste contexto de pandemia. A ajuda abrange não só trabalhadores por conta de outrem, mas também trabalhadores independentes e a prestação tem como limite mínimo 50 euros.

Mas a medida é manifestamente insuficiente para o BE, que pede “respostas sérias que tenham efeito”. “Nós passámos dessa ideia inicial, que era um combate robusto à pobreza, para uma intenção de um novo apoio extraordinário, que para muitas pessoas não vai durar mais de seis meses ou um ano, e com uma condição de recursos, ou seja, regras de acesso, que transformam aquilo que nós queríamos que fosse uma medida muito robusta de combate a pobreza num fogacho orçamental”, criticou.

Nem mais um cêntimo para o Novo Banco

É o quarto e último dos temas mais sensíveis para o BE. O partido quer garantir que é feita uma auditoria à gestão do fundo Lone Star no Novo Banco antes de se incluir no OE qualquer verba adicional para a instituição. Considerando que esta é uma “opinião consensual” dos restantes partidos, Mariana Mortágua disse ter “indícios de que o Lone Star esteja a proceder a um conjunto de atos lesivos dos interesses do Novo Banco e dos contribuintes”, referindo-se às notícias da venda de portefólios de ativos com descontos.

“Isso exige que não exista mais dinheiro para o Novo Banco sem verificação da forma como o Lone Star está a gerir o banco. E o que o Governo pede à Assembleia da República, tanto quanto conhecemos da versão do OE, é que a Assembleia da República e os partidos à esquerda se comprometam com uma verba para o Lone Star. Isso penso que não pode ser pedido à esquerda. O que exigimos é uma avaliação à gestão do Lone Star”, concluiu.

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Americana Allstate despede 3800 funcionários

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2020

As saídas resultam de um plano de reestruturação para simplificar o modelo operacional e reduzir custos relacionados. O programa de rescisões terá um custo estimado de 290 milhões de dólares.

A Allstate, companhia líder no ramo de seguro automóvel nos Estados Unidos, vai reduzir 3800 postos de trabalho, uma medida enquadrada na implementação de um programa plurianual de transformação e crescimento (“Transformative Growth Plan”), anteriormente anunciado.

The Allstate Corp, considerada uma das quatro maiores do mercado não Vida nos EUA, justifica a reestruturação (despedimentos) com o objetivo de melhorar preços, manter margens (em particular no ramo automóvel) e ganhar quota em linhas de seguros pessoais (coberturas de bens e responsabilidade civil), potenciando acesso a novos clientes (após combinação recente da marca Esurance e operação de seguro direto da Allstate), reforçando também o investimento em marketing e tecnologia, tudo para acrescentar valor nos produtos oferecidos aos segurados.

“A implementação deste plano é difícil, enquanto lidamos ainda com o impacto da pandemia, mas necessário para fornecer mais valor aos clientes. Reforçámos o apoio aos funcionários afetados por esta transição, dando prioridade à contratação interna, alargando benefícios de cobertura médica, ajudando na procura de emprego e na formação para reconversão profissional,” afirmou Tom Wilson, presidente e CEO da Allstate citado num comunicado da companhia.

Serão dispensados funcionários ligados à gestão das participações de sinistro, vendas e serviços, além de outros que se ocupam de funções de apoio interno da companhia, detalha a seguradora cifrando custos totais da reestruturação em 290 milhões de dólares (antes de impostos), dos quais 210 a 220 milhões a inscrever já nas contas de 3º trimestre e os restantes 50 a 60 milhões no trimestre seguinte, detalha a informação da Allstate à Securities and Excange Commission (SEC), autoridade do mercado de valores mobiliários dos EUA.

Quaisquer encargos adicionais (com instalações e leasing de imóveis que entretanto resultem obsoletos) serão considerados no exercício de 2021, calendário também apontado para conclusão do plano de dispensas. Os custos previstos com a reestruturação (e a reavaliação de responsabilidades em algumas linhas de negócio, como o ramo Vida) vão refletir-se em menos lucro líquido e pesar no resultado operacional, assume a companhia.

Recorde-se que, em julho, a Allstate anunciou que chegou a acordo para aquisição da National General, uma transação em dinheiro, acordada por montante estimado de 4 000 milhões de dólares (cerca de 3,5 mil milhões de euros).

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IVA reduzido nas máscaras e gel desinfetante vai manter-se em 2021

  • Lusa
  • 12 Outubro 2020

As máscaras de proteção respiratória e o gel desinfetante cutâneo continuam sujeitos à taxa reduzida do IVA no próximo ano, refere a versão preliminar da proposta do Orçamento do Estado para 2021.

As máscaras de proteção respiratória e o gel desinfetante cutâneo vão continuar sujeitos à taxa reduzida do IVA no próximo ano, de acordo com a versão preliminar da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021).

“Estão sujeitas à taxa reduzida do IVA (…) consoante o local em que sejam efetuadas, as importações, transmissões e aquisições intracomunitárias” das “máscaras de proteção respiratória” e do “gel desinfetante cutâneo”, prevê a versão preliminar da proposta a que a Lusa teve acesso.

Esta solução integra o leque de medidas excecionais e transitórias decididas pelo Governo no âmbito do combate à pandemia de covid-19, tendo o diploma que a contemplava sido publicado em maio com a indicação de que vigorava até ao final deste ano.

A sua integração no OE2021 permite prolongar a vigência para o próximo ano.

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A versão preliminar do OE2021 também consagra, com efeitos temporários, uma isenção do IVA para as transmissões e aquisições intracomunitárias de bens necessários para combater os efeitos da pandemia pelo Estado e outros organismos púbicos, por organizações sem fins lucrativos ou por instituições científicas do ensino superior.

A proposta orçamental deverá ser entregue esta segunda-feira no parlamento pelo Governo, sendo depois votada na generalidade em 28 de outubro, estando a votação final global do documento marcada para 26 de novembro.

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Tesouro vai antecipar até 1,2 mil milhões do Fundo de Recuperação

Dinheiro será utilizado pelo Executivo para acelerar a execução dos fundos europeus.

O Governo prevê antecipar 1,2 mil milhões de euros relativos aos instrumentos financeiros no âmbito do Next Generation EU, nomeadamente REACT-EU, Instrumento de Recuperação e Resiliência e Fundo de Transição Justa, de acordo com a versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado a que o ECO teve acesso.

Este montante foi revisto em alta entre as várias versões do documento já que começou por ser de 800 milhões de euros.

Os procedimentos de antecipação destes fundos em concreto, “cujos programas para Portugal ainda não tenham sido aprovados mas cuja data de elegibilidade legalmente estabelecida permita a execução de despesa por conta desses programas, são estabelecidos por portaria”, esclarece a mesma proposta.

Estes 1,2 mil milhões de euros serão utilizados pelo Executivo para acelerar a execução dos fundos europeus e são numa prática comum relativa aos fundos. Por exemplo, a proposta do OE 2021 prevê uma antecipação de dois mil milhões de euros relativos aos programas cofinanciados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), pelo Fundo Social Europeu (FSE), pelo Fundo de Coesão. Ou seja, os programas do Portugal 2030 sejam os regionais ou os temáticos. Já para os programas cofinanciados pelo Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA), Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), IFOP (pescas) e Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas e pelo FEP está prevista uma antecipação de 550 milhões. Ou ainda 35 milhões relativamente aos programas financiados pelo Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI) e o Fundo para a Segurança.

O Executivo deixa claro que os montantes em causa podem ser “objeto de compensação entre si, mediante autorização do membro do Governo responsável pela gestão nacional do fundo compensador” e incluem as antecipações efetuadas e não regularizadas até 2020. Além disso, os valores são imediatamente regularizadas aquando do respetivo reembolso por parte da União Europeia.

Ainda ao nível dos fundos europeus, o Governo fica autorizado a antecipar pagamentos por conta da transferência da UE no valor de dois milhões de euros. Esta autorização visa “colmatar eventuais dificuldades inerentes ao processo de encerramento do QCA III e do QREN, relativamente aos programas cofinanciados pelo FSE, incluindo iniciativas europeias” e é financiada por fundos da Segurança Social, que depois é ressarcido pelas verbas transferidas pela UE. Por outro lado, estas operações têm de ocorrer até ao final de 2022.

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