Endividamento da economia sobe para novo recorde de 742,8 mil milhões de euros
O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado subiu 2,1 mil milhões em novembro, atingindo um total de 742,8 mil milhões de euros. É o valor mais elevado de sempre.
As empresas, os cidadãos e o Estado continuaram a aumentar a sua dívida no final do ano passado por causa da pandemia. O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) subiu 2,1 mil milhões de euros em novembro, face a outubro, fixando-se nos 742,8 mil milhões de euros, acima os 740,7 mil milhões de euros de outubro, segundo os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira.
Face a outubro, “este aumento deveu-se ao acréscimo de 1,4 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 0,7 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”. Ou seja, foi o agravamento da dívida pública a justificar a maior parte da subida entre outubro e novembro.
No caso do setor público, a maior subida registou-se nas próprias administrações públicas (Estado, Segurança Social, entre outras entidades) e não nas empresas públicas. Entre as empresas privadas, a maior subida foi nas PME, já que as grandes empresas até têm conseguido baixar o endividamento. Nos particulares destaca-se o endividamento para a aquisição de habitação, o qual continua a crescer.
Em comparação com novembro do ano passado, o endividamento da economia já acumula uma subida de 20,7 mil milhões de euros. O endividamento de 742,8 mil milhões de euros da economia portuguesa divide-se entre 338,7 mil milhões de euros do setor público e 404,1 mil milhões de euros do setor privado.
Endividamento da economia atinge novo recorde
Em termos percentuais, face ao PIB, o endividamento da economia fechou o terceiro trimestre nos 362%, quase 20 pontos percentuais acima do valor registado no terceiro trimestre de 2019 (342,3% do PIB).
O rácio do endividamento tinha vindo a cair nos últimos anos, mas essa trajetória foi interrompida pela pandemia. A crise pandémica tem levado a um maior endividamento para amparar o impacto das restrições económicas, mantendo os agentes económicos à tona.
(Notícia atualizada às 11h20)
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