Apesar da pandemia, “quase que não houve” perdas de emprego no têxtil, diz líder da ATP
"O lay-off foi desenhado para assistir numa fase em que as empresas tinham um impacto muito forte na sua carteira de encomendas, hoje estamos novamente nessa situação", alerta líder da ATP.
Apesar de a pandemia ter colocado em dificuldades as empresas portuguesas, o presidente da Associação da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) sublinha que “quase não houve” perdas de empresas no setor que representa, já que, uma vez que a formação dos trabalhadores implica um investimento de “muitos anos”, os despedimentos são “mesmo o último recurso”. Em entrevista ao Dinheiro Vivo, Mário Jorge Machado frisa também que o lay-off simplificado “permitiu salvar centenas de milhares de postos de trabalho”, daí que entenda que o regime deveria voltar a estar disponível e não apenas para os empregadores encerrados por imposição legal, como acontece atualmente.
“O lay-off simplificado permitiu salvar centenas de milhares de postos de trabalho, conseguiu evitar uma catástrofe em termos de encerramento de empresas“, defende o responsável. O líder da ATP salienta, por outro lado, que o início de 2021 “está a ser mais difícil” do que se antecipava, pelo que “são necessárias novas medidas de apoio”, nomeadamente a flexibilização do lay-off simplificado. “O lay-off foi desenhado para assistir numa fase em que as empresas tinham um impacto muito forte na sua carteira de encomendas, hoje estamos novamente nessa situação. O programa em vigor não corresponde às necessidades das empresas, não é suficientemente capaz de as auxiliar a ultrapassar esta situação. Temos que encontrar medidas mais capazes“.
Sobre as máscaras, Mário Jorge Machado destaca que e seu fabrico “foi muito importante para algumas empresas” e garante que “grande parte das máscaras têxteis estão todas na casa dos 95% [de retenção de partículas] para cima”. “Estas máscaras não apareceram em janeiro de 2021, estão no mercado desde maio de 2020, foram elas que nos permitiram ter uma convivência social próximo do normal”, remata.
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