Estímulos de Biden dão maior subida semanal a Wall Street desde novembro

O S&P 500 atingiu máximos históricos na sessão desta sexta-feira, beneficiando dos progressos no pacote de estímulos proposto por Joe Biden. Os dados do emprego nos EUA foram piores do que o esperado, mas mostraram que o mercado de trabalho estabilizou. No caso Dow Jones e do S&P 500, esta é a quinta sessão consecutiva em alta.

O Dow Jones subiu 0,3% para os 31.148,24 pontos (sobe 2% na semana), o Nasdaq avançou 0,57% para os 13.856,3 (avança mais de 5% na semana) pontos e o S&P 500 valorizou 0,39% para os 3.886,83 pontos (valoriza 4,7% na semana). No caso do S&P 500, este foi o maior ciclo de ganhos (cinco sessões consecutivas) desde agosto.

Após uma semana de forte queda por causa da elevada volatilidade relacionada com a GameStop, os índices norte-americanos registaram a maior subida semanal desde novembro, mês em que se realizaram as eleições presidenciais.

Uma das explicações desta subida está na esperança relativa aos apoios à economia dado que esta sexta-feira foi um dia importante para os estímulos de 1,9 biliões de dólares propostos por Joe Biden. No Senado, os democratas aprovaram um plano que permitirá passar a legislação nas próximas semanas com ou sem o apoio dos republicanos. A câmara alta do congresso está atualmente dividida a meio entre os dois partidos (50/50), mas a vice-presidente, Kamala Harris, desempata a favor dos democratas.

Mas a subida dos índices também não é indiferente aos resultados das cotadas. Os dados da Refinitiv, citados pela Reuters, mostram que as cotadas norte-americanas estão perto de registar um crescimento dos lucros no quarto trimestre de 2020, bem acima das expectativas dos analistas de que os lucros fossem descer 10% por causa da crise pandémica.

Entre as cotadas, o destaque vai para a Johnson&Johnson, cujas ações subiram 1,5% depois de a farmacêutica ter pedido autorização aos reguladores norte-americanos para o uso de emergência da sua vacina contra a Covid-19 de apenas uma dose. Nas próximas semanas, a farmacêutica norte-americana fará o mesmo pedido às autoridades europeias.