Draghi alcança mais uma maioria parlamentar

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2021

O governo de Mario Draghi contou com 535 votos a favor e 56 contra na câmara baixa do parlamento italiano, um dia depois do amplo apoio obtido no Senado.

O primeiro-ministro Mario Draghi e o seu governo obtiveram esta quinta-feira uma maioria confortável na câmara dos deputados, com 535 votos a favor e 56 contra. Um dia antes, na câmara alta do Parlamento italiano (Senado), Draghi já tinha obtido um amplo apoio de 262 senadores, entre os quais os afetos ao partido de ultra-direita Liga e ao Movimento 5 Estrelas.

Perante a Cámara de Diputados, Draghi fez um discurso breve com especial tónica na luta contra a corrupção, “fundamental” para pôr um ponto final no crime organizado no país, e na reforma do sistema judicial com a qual o novo governo está “comprometido em melhorar a justiça civil e penal”.

Na frente económica, Draghi destacou setor do turismo, que acredita será o primeiro a recuperar da crise sanitária, o o papel das pequenas e médias empresas, a “coluna vertebral” da produtividade do país e também teve uma palavra para importância do desporto. “Este governo compromete-se a preservar e a apoiar o sistema desportivo italiano, tendo em conta a sua estrutura particular e os vários aspetos que o caracterizam, não só em relação ao impacto económico, investimento e emprego, mas também pelo extraordinário valor social”.

No Senado, na quarta-feira, Draghi também tinha deixado claro que o apoio ao seu governo significativa aceitar “a irreversibilidade do euro” e a “perspetiva de uma União Europeia cada vez mais integrada”. O ex-presidente do BCE frisou que “sem Itália não há Europa, mas fora da Europa há menos Itália”.

E deixou ainda uma pergunta: “Itália está a trabalhar para as suas gerações futuras?”. A dívida italiana é uma das elevadas do mundo – em 2020 subiu para 158% do PIB pelos apoios às famílias e empresas durante a pandemia. “É uma pergunta a que devemos dar respostas concretas e urgentes quando dececionamos os nossos jovens ao obrigá-los a emigrar”. Draghi considera que se deve quebrar o ciclo de uma dívida alta “sem se ter investido da melhor maneira possível os recursos que são sempre escassos”. Itália deve receber cerca de 200 mil milhões do fundo europeu de recuperação nos próximos anos.

 

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