Câmara dos Representantes dos EUA aprova novo pacote de estímulos de 1,9 biliões de dólares
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um novo pacote de estímulos à economia de 1,9 biliões de euros. Projeto passa agora para o Senado (Câmara Alta).
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou durante a madrugada um novo pacote de estímulos para enfrentar a crise económica provocada pela pandemia, no montante de 1,9 biliões de dólares (cerca de 1,6 biliões de euros).
O projeto de lei foi aprovado com 219 votos a favor — todos democratas — e 212 contra, os republicanos em bloco e dois democratas já hoje durante a madrugada, naquele que será o terceiro pacote de estímulos em menos de um ano, para estancar a queda do emprego e sustentar um tecido económico que dá sinais de rutura em vários setores. Com o apoio da Câmara Baixa, o projeto passa agora para o Senado (Câmara Alta), onde deverá ser aprovado no caso de não haver nenhuma alteração.
Trata-se do primeiro projeto legislativo impulsionado pelo Governo de Joe Biden, que disse ser este o momento para aprovar um forte pacote de estímulos para sair da crise.
Entre as principais medidas está o pagamento direto de ajudas através de envio de cheques no montante de 1.400 dólares (cerca de 1.150 euros) para cada pessoa com rendimentos até cerca de 50 mil euros por ano, que o Governo alega serem fundamentais para evitar que muitos milhares de famílias fiquem irreversivelmente endividadas.
O Governo do seu antecessor, Donald Trump, já tinha enviado cheques de cerca de mil euros (na primavera passada) e de cerca de 500 euros (em dezembro), mas nas últimas semanas aumentou a pressão pública para repetir o gesto de injetar diretamente dinheiro na economia, através do fomento ao consumo.
O plano democrata inclui também 350 mil milhões de dólares (290 mil milhões de euros) para o poder local, que servirá de estímulo para atrair o voto de alguns senadores republicanos, que não quererão desgostar os seus constituintes. O pacote de estímulo económico de Biden prevê ainda 246 mil milhões de dólares (200 mil milhões de euros) para assistência adicional aos 11 milhões de desempregados de longa duração detetados pelas agências federais. Estão previstos ainda 70 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros) para testes e vacinas contra a covid-19.
Um dos principais pontos de discórdia entre os democratas foi a inclusão, no projeto de lei, de uma subida do salário mínimo federal dos atuais 7,25 dólares à hora para 15 dólares à hora até 2025, uma das promessas eleitorais de Joe Biden.
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