Autoeuropa não deverá ser afetada pela redução de cinco mil postos de trabalho na Volkswagen
De acordo com o jornal alemão Handelsblatt, a Volkswagen pode estar para avançar com um corte de cinco mil postos de trabalho. À Lusa, fonte da Autoeuropa diz que isso ocorrerá apenas na Alemanha.
A redução de cinco mil postos de trabalho anunciada pelo construtor automóvel alemão Volkswagen “é apenas para as fábricas da Alemanha”, pelo que não deverá afetar a fábrica de Palmela, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte da Autoeuropa.
No início deste ano, a fábrica de automóveis de Palmela tinha um total de 5.282 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, que, de acordo com informação da empresa, não serão abrangidos pela redução de postos de trabalho anunciada pelo grupo alemão.
No ano passado, a Autoeuropa produziu 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que, segundo a empresa, representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.
De acordo com o jornal alemão Handelsblatt, citado pela agência de informação financeira Bloomberg, o grupo Volkswagen alcançou um acordo com as estruturas representantes dos trabalhadores que pode levar a um corte de cinco mil postos de trabalho e 500 milhões de euros em despesas de reestruturação da atividade empresarial do construtor.
A redução de cinco mil postos de trabalho, de acordo com o mesmo jornal, deverá ser concretizada através de medidas voluntárias como reformas parciais e antecipadas, num esforço para reduzir custos e focar-se na produção elétrica.
A Volkswagen tinha anunciado em dezembro que ia negociar com os sindicatos para garantir um acordo que, ao baixar os custos em 5% até 2023, permitisse ao grupo focar-se na produção de veículos elétricos e nas operações de ‘software’.
De acordo com a Bloomberg, o acordo laboral existente impede os despedimentos até ao final da década.
A Volkswagen vendeu 5,3 milhões de veículos em 2020, menos 15,1% face ao ano anterior, penalizada pela queda em todos os mercados devido à pandemia de Covid-19, segundo os números anunciados em janeiro pelo construtor alemão.
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