Queda em Wall Street contagia Ásia e Europa. Lisboa perde quase 1%, sob pressão da Galp e BCP
Os investidores estão a vender ações perante a possibilidade de uma subida de impostos nos EUA e a implementação de novos confinamentos na Europa. Lisboa segue a mesma tendência.
As bolsas europeias abriram em terreno negativo, acompanhando a queda dos mercados asiáticos, que recuaram para mínimos de há duas semanas.
O Stoxx 600 cai 0,5%, enquanto o britânico FTSE 100 recua 0,7%, o francês CAC-40 perde 0,7%, o alemão DAX cede 0,8% e o espanhol IBEX-35 recua 0,8%. O índice de referência português PSI-20 desvaloriza 0,71%, para 4.843,29 pontos, pressionado pelos setores da banca, energia e telecomunicações.
A perspetiva de aumentos de impostos nos EUA para financiar um plano da Administração Biden assustou os mercados bolsistas, gerando alguma pressão vendedora. Os novos confinamentos na Europa também estão a pesar no sentimento dos investidores.
As ações da Galp Energia surgem entre as principais quedas. A petrolífera recua 1,11%, para 9,784 euros, apesar da subida dos preços do petróleo. O Brent avança 1,1%, para 61,46 dólares, ainda que tenha estado sob pressão em sessões anteriores devido às expectativas de menor procura.
Também na energia, os títulos da EDP desvalorizam 1,23%, para 4,962 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis negoceia na linha de água.
Outra das principais quedas do índice é protagonizada por mais uma empresa de peso, o BCP. A instituição bancária liderada por Miguel Maya cede 1,46%, para 11,44 cêntimos cada título. Da banca para as telecomunicações, a operadora Nos contribui para o recuo da bolsa de Lisboa com uma perda de 1,09%, para 3,092 euros.
Há também quedas entre as papeleiras, com a Altri a ceder 1,28% e a Navigator a recuar 0,73%. Entre as holdings, a Sonae recua 1,14% e a concorrente Jerónimo Martins negoceia na linha de água.
Apenas a Corticeira Amorim evita uma maior queda do índice português no arranque da sessão, ao subir 0,58%, para 10,4 euros por ação.
A venda de ações e a maior perceção de incerteza quanto ao futuro está a puxar ligeiramente pelo valor do ativo de refúgio de referência, o ouro. A onça ganha 0,19%, para 1.728,45 dólares.
Nos ativos de risco, destaque ainda para a subida de 3,6% do preço da bitcoin, para o equivalente a 56.216,4 dólares. Já em relação às divisas fiduciárias, o euro recua 0,24% face ao dólar, cotando a 1,182 dólares, um mínimo de outubro de 2020.
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