Europa vê “luz ao fundo do túnel” na vacinação, diz comissário europeu
"Temos agora 52 fábricas que trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana na Europa para produzir”, sublinhou o comissário europeu Thierry Breton.
A aceleração na entrega de vacinas contra a covid-19 permite à Europa ver “uma luz ao fundo do túnel”, apesar da terceira vaga, afirmou este domingo o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton.
“Temos agora 52 fábricas que trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana na Europa para produzir”, sublinhou o comissário, responsável pelo acompanhamento do fabrico de vacinas, em declarações a vários meios e citados pela AFP.
“Temos a capacidade de produzir e de entregar aos europeus os 360 milhões de doses previstas até ao fim do segundo trimestre e os 420 milhões que são necessários […] para começar a falar de imunidade coletiva e atingi-la [em meados de julho], acrescentou Breton.
O responsável já tinha dito na semana passada que a Europa pode atingir a imunidade de grupo em 14 de julho.
“Estamos a ver uma luz ao fundo do túnel”, afirmou, considerando que “são precisas ainda algumas semanas para se limitar a propagação do vírus, ao mesmo tempo que se vacina de forma muito significativa”.
“É preciso, de facto, passar a uma velocidade maior, mas agora sabemos que podemos fazer isso”, insistiu, referindo-se ao plano industrial.
Sobre a entrega de vacinas da AstraZeneca, no centro de um diferendo entre Bruxelas e Londres, Thierry Breton reiterou a posição da Comissão Europeia, referindo que “enquanto a AstraZeneca não cumprir as suas obrigações” em relação à União Europeia (UE), “tudo o que for fabricado em solo europeu será destinado aos europeus”.
Bruxelas suspeita que o laboratório anglo-sueco está a favorecer o Reino Unido em detrimento dos países da UE.
Segundo Breton, “os britânicos não conseguem conduzir a política de vacinação sozinhos”.
“A Grã-Bretanha produziu até agora 10 milhões de vacinas. Foram entregues 20 milhões de doses para ajudar os britânicos. Estão totalmente dependentes de nós“, acrescentou, antecipando que o Governo de Boris Johnson pode enfrentar um problema de stocks para a administração da segunda dose aos britânicos que já receberam a primeira.
“É um pouco como ‘A cigarra e a formiga’: em vez de guardarem a segunda dose, preferiram dar uma primeira dose a todos, sem reserva”, sustentou.
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