Governo estima crescimento do turismo de 20 a 30% em 2021
A Secretária de Estado, Rita Marques, diz ainda que não se pode esperar por um certificado de imunidade "até junho". E defende que já existem hoje soluções tecnológicas, dando o exemplo da Madeira.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, afirmou esta segunda-feira que as “melhores estimativas” para o turismo nacional até ao final de 2021 apontam para um “crescimento de 20 a 30%”, em comparação com 2020.
Respondendo a uma questão sobre as estimativas para o turismo em Portugal em 2021, colocada durante um ‘webinar’ para jornalistas sobre o certificado verde digital, Rita Marques indicou que as “melhores estimativas [do Governo] estão em linha com as estimativas das organizações internacionais”.
“A maioria das organizações internacionais diz que, se a vacinação continuar a desenvolver-se a uma rapidez razoável na Europa, provavelmente acabaremos o ano de 2021 com um crescimento de 20 a 30% quando comparado com 2020″, assinalou.
Em relação ao livre-trânsito digital proposto pela Comissão Europeia, a secretária de Estado salientou que “podemos viajar hoje sem qualquer certificado”.
Isto porque o objetivo do certificado “é apenas garantir que os países europeus harmonizam as suas estratégias, para que não haja quarentena ou tenha de ser feito algum teste”, justificou.
Nesse sentido, a governante lembrou que “alguns Estados-membros já têm soluções tecnológicas que estão muito em linha com o certificado verde digital” e deu o exemplo da ilha da Madeira, em Portugal.
“Temos uma solução totalmente operável na Madeira. Se viajarmos até lá, pedem-nos para apresentar, previamente à viagem, um certificado a dizer que temos um teste negativo, que estamos imunes ou que fomos vacinados”, afirmou.
Como “não podemos esperar que a documentação da Comissão esteja completa para começar a trabalhar, o que Portugal tem defendido é que cada Estado-membro deveria trabalhar imediatamente” para ter uma solução tecnológica alternativa enquanto a proposta da Comissão não estiver pronta, defendeu.
Assim que a regulamentação da Comissão Europeia “esteja pronta e for completamente conhecida”, Rita Marques apela a que os Estados-membros “alinhem e adaptem o máximo possível” as soluções em curso nos seus países com os “propósitos propostos” por Bruxelas.
“Portanto, não podemos esperar por junho. Precisamos de trabalhar o mais cedo possível“, instou a responsável.
Rita Marques participou esta segunda-feira num ‘webinar’ para jornalistas, intitulado “Certificado Digital Verde: passaporte para normalidade?”, organizado pelo Parlamento Europeu em Portugal e no qual participou também a diretora-geral da Justiça e Consumidores da Comissão Europeia, Salla Saastamoinen, e os eurodeputados Fernando Aguilar e Cláudia Monteiro de Aguiar.
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