Mapfre quer prémio de 20% sobre valor de mercado na venda da parceria com o Bankia
Concluída a fusão CaixaBank-Bankia, a Mapfre vai exercer direito de opção para alienar os 51% da parceria com o Bankia, prevendo consumar a rutura do acordo de distribuição no 2º semestre de 2021.
A Mapfre informou o organismo espanhol de regulação do mercado financeiro (CNMV) e o grupo CaixaBank, sobre a intenção de exercer o direito de opção de venda dos 51% que detém na parceria com o Bankia, atualmente em processo de absorção pelo gigante catalão do setor financeiro.
Embora contratualmente ligada desde 2014 na área de bancassurance, a seguradora tem aliança de mais de duas décadas com o Bankia (por via da extinta Caja Madrid). Assumindo o direito de opção de venda da sua parte na sociedade conjunta (Bankia Mapfre Vida), em decorrência da alteração no controlo do até agora parceiro, a seguradora anunciou que vai exercer o direito a vender logo que a operação de fusão esteja concluída.
Para a Mapfre, desfazer o acordo com o Bankia significará para a entidade resultante da fusão (CaixaBank-Bankia) um preço de valor de mercado acrescentado de mais 20%. A mudança de controlo no Bankia confere à Mapfre o direito de alienar os seus interesses ao grupo CaixaBank que, a título universal, passa a ser a entidade sucessora no controlo dos negócios que detinha em conjunto com a entidade absorvida.
Esta alteração afeta as ações representativas dos 51% que a Mapfre Vida detém na sociedade conjunta Bankia Mapfre Vida, bem como a distribuição de seguros (Vida e não Vida) realizada através da Bankia Mediación e da Mapfre España.
Segundo a imprensa económica espanhola, a seguradora presidida por Antonio Huertas informou formalmente o CaixaBank e a Bankia Mediación de que exercerá os direitos de venda com efeitos a partir de 31 de março, ou 1 de abril (se considerado o momento a partir do qual o Bankia passa ser consolidado pelo CaixaBank), será também essa a data de referência para iniciar os procedimentos contratualmente previstos para efeito da valorização dos referidos negócios e resolução do contrato de agência na distribuição de seguros vida e não vida.
Previsivelmente, assume a Mapfre, o preço da rotura (prevista para estar concluída no segundo semestre de 2021), corresponderá ao valor de mercado dos interesses em causa, acrescido de mais 20%.
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