JF Almeida, Lameirinho e Mundifios desmentem interesse em comprar têxtil Coelima
As têxteis JF Almeida, Lameirinho e Mundifios garantem ao ECO que não têm interesse em adquirir a Coelima, que se encontra em processo de insolvência.
O futuro da têxtil Coelima pode passar pelas mãos de investidores locais e segundo apurou o ECO já existem potenciais interessados. No entanto, as têxteis Mundifios, Lameirinho e JF Almeida negam o interesse em adquirir a Coelima, que se encontra neste momento em processo de insolvência.
O administrador da Mundifios, Joaquim Fernandes, disse ao ECO que o interesse em adquirir a vimaranense Coelima “não tem qualquer fundamento”, enquanto a administração da JF Almeida garante que “não existe qualquer interesse por parte da empresa em adquirir a Coelima”.
A Lameirinho também esclareceu que “não está interessada em comprar a Coelima” e que “não faz parte da estratégia da empresa a aquisição de empresas seja elas quais forem”, adianta ao ECO fonte oficial da gigante dos lençóis.
A Polopique também foi questionada sobre o eventual interesse em adquirir a têxtil, que conta com uma quase um século de história, mas até à data desta publicação o ECO não conseguiu obter uma resposta.
A Câmara Municipal de Guimarães confirmou ao ECO que existem empresas interessadas em transformar a Coelima numa têxtil de saúde aliada à tecnologia. Questionada se a intenção dos compradores é aliar projetos colaborativos no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), a autarquia não confirma, mas diz que “faz sentido”.
A empresa têxtil Coelima, agora insolvente, tem um passivo de 29,5 milhões de euros. Dívidas à banca, a fornecedores e até a empresas irmãs do grupo Moretextile, do qual faz parte, explicam esse montante.
O pedido de insolvência, que identifica 250 credores, já foi entregue no Tribunal de Comércio de Guimarães que decretou a insolvência da têxtil. Entre os credores, “existem dois particularmente expressivos”: a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Fundo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE), que, no conjunto, “representam aproximadamente 80% do total do passivo extra do grupo da Coelima, por referência a 31 de dezembro de 2020”.
Pedro Pidwell foi o nome escolhido para ficar à frente do processo de insolvência da têxtil Coelima com o objetivo de apresentar um plano de recuperação. Pidweel está ligado a processos de insolvência de grandes empresas, como é o caso da Soares da Costa e Ricon.
A Coelima apresentou insolvência, na sequência da quebra de vendas “superior a 60%” provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas de crédido Covid-19. Apesar do Ministério da Economia ter confirmado ao ECO que o Banco Português de Fomento não recebeu qualquer pedido da Coelima para ter acesso às linhas Covid-19.
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