Fundo de Resolução travou 28 negócios do Novo Banco
Máximo dos Santos adiantou no Parlamento que o Fundo de Resolução apenas aprovou 84 operações no exatos termos propostos pelo Novo Banco. "Há um ativismo claro do fundo nesta matéria", disse.
O Fundo de Resolução travou 28 operações do Novo Banco desde que foi criado o mecanismo de capital contingente, em 2017, o que o que corresponde a cerca de 11% do total de 240 operações de alienação de ativos, de créditos e imóveis do banco, revelou Máximo dos Santos.
Por outro lado, apenas 35% foram aprovadas nos exatos termos propostos pelo Novo Banco, o que é um sinal de “ativismo claro do Fundo de Resolução nesta matéria”, disse o vice-governador do Banco de Portugal esta terça-feira na comissão de inquérito ao Novo Banco.
Ainda de acordo com Máximo dos Santos, 85 operações foram aprovadas na condição de serem cumpridas determinadas exigências do Fundo de Resolução, enquanto 38 foram aprovadas com recomendações.
Ao abrigo do acordo de capital contingente, o Fundo de Resolução deve pronunciar-se sobre operações que envolvam ativos dentro do perímetro da garantia de 3,89 mil milhões de euros.
Até hoje, o banco já recebeu cerca de três mil milhões de euros do Fundo de Resolução no âmbito deste mecanismo, tendo ainda outro pedido de 598 milhões em análise. Máximo dos Santos adiantou no Parlamento que a avaliação da injeção será concluída nos próximos dias.
Na intervenção inicial, o presidente do Fundo de Resolução lembrou que há disputas de 331 milhões de euros com o banco em relação às chamadas de capital. “Não fora a intervenção do Fundo de Resolução e o limite de 3,89 mil milhões de euros provavelmente seria atingido este ano“, apontou Máximo dos Santos.
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