Perdas multimilionárias nas moedas virtuais. Mercado afunda 20% no fim de semana
Sábado e domingo tiraram mais de 333 mil milhões de dólares ao mercado das criptomoedas, cada vez mais perto de baixar da fasquia do bilião. Só o Ethereum desvalorizou 36% em sete dias.
O mercado das criptomoedas caiu mais 20% durante o fim de semana, uma perda de valor de quase 333,3 mil milhões de dólares em apenas dois dias. O recuo atirou o valor global destes criptoativos para mínimos de fevereiro, a rondar 1,26 biliões de dólares, segundo cálculos do ECO.
Sábado e domingo foram dias de particular volatilidade para a criptomoeda mais popular de todas, a bitcoin. A 22 de maio, o preço de uma bitcoin recuou de 40,6 mil para 37,4 mil dólares. No domingo, a cotação acabou por estabilizar, mas uma bitcoin chegou a trocar de mãos a 31,2 mil dólares.
Nos últimos sete dias, o valor da bitcoin já caiu quase 20%, mas a criptomoeda recupera esta segunda-feira, apresentando uma valorização intradiária de 5,65%, para 35.373,6 dólares.
A bitcoin não tem sido a única moeda a sofrer fortes quedas ao longo da última semana. O Ethereum, outra criptomoeda, já desvalorizou 36% em sete dias. Recupera 10,32% esta segunda-feira, para 2.249,14 dólares cada unidade.
Ethereum: da subida à descida
Preço da Ethereum entre 25/04 e 24/5 de 2021. Fonte: CoinDesk
Na tabela dos principais criptoativos, algumas quedas chegam a superar os 50% numa semana: é o caso da criptomoeda Polkadot, cujo valor caiu para menos de metade em apenas sete dias, segundo dados da plataforma CoinMarketCap.
As únicas criptomoedas que acumulam valorizações positivas no mesmo período apresentam apenas subidas marginais e são, na generalidade, consideradas stable coins: é o caso da USD Coin, cujo preço é indexado ao valor do dólar e que permaneceu inalterada.
O Tether é também exemplo disso. A criptomoeda é usada para facilitar transações de bitcoin e valorizou 0,15% nos últimos sete dias. Mas o seu futuro é incerto, depois de, na semana passada, os responsáveis terem revelado que apenas 2,9% das moedas em circulação, avaliadas em 58 mil milhões de dólares, têm o seu valor garantido por reservas de dólares reais.
O mercado das criptomoedas entrou num segundo bull market no final do ano passado, atingindo novos máximos no início do ano. O momento de euforia parece agora ter arrefecido, depois de Elon Musk, patrão da Tesla ter recuado na decisão de passar a aceitar bitcoin como forma de pagamento pelos automóveis da marca.
Na semana passada, a China decidiu também apertar o cerco às criptomoedas, proibindo as instituições de oferecerem serviços de criptomoedas. Na sequência disso, dois grandes grupos de mineração já anunciaram a suspensão da atividade, tirando lustro ao criptoativo e lançando incerteza sobre as ambições de adoção institucional das criptomoedas.
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