Bolsa de Lisboa acompanha subidas na Europa, com menos receio da inflação

O alívio dos receios com a subida da inflação está a dar alento às bolsas europeias, que negoceiam com ganhos ligeiros esta quarta-feira. A bolsa de Lisboa acompanha a tendência também observada nos mercados asiáticos.

Declarações do vice-presidente da Fed na terça-feira conseguiram acalmar os investidores. Richard Clarida assegurou que o banco central norte-americano será capaz de conter uma subida da inflação sem fazer descarrilar a recuperação económica dos EUA.

A garantia foi bem recebida nos mercados de capitais. O pan-europeu Stoxx 600 valoriza 0,2%, o britânico FTSE 100 soma 0,1%, o francês CAC-40 avança 0,2%, o alemão DAX sobe 0,3% e o espanhol IBEX-35 ganha 0,2%. Em Portugal, o PSI-20 recupera 0,31%, para 5.227,4 pontos.

O principal índice português está a ser impulsionado pelas subidas no setor energético, mas pressionado pela banca.

A EDP Renováveis valoriza 0,87%, para 19,78 euros por ação, enquanto a casa-mãe EDP soma 0,21%, para 4.763 euros cada título. O setor da construção também brilha: a Mota-Engil avança 1,16%, para 1.477 euros.

Evolução das ações da EDP Renováveis:

No retalho, a Jerónimo Martins sobe 0,78% e os CTT 0,49%. Nas telecomunicações, a Nos avança 0,27% e também contribui para os ganhos na bolsa de Lisboa.

Pelo contrário, o banco BCP está a impedir uma valorização superior do índice. A instituição financeira liderada por Miguel Maya perde 0,32%, para 15,63 cêntimos. Já a Galp Energia negoceia com uma perda marginal de 0,04%.

No mercado das matérias-primas, o barril de Brent, referência para as importações nacionais, encarece 0,57%, para 69,04 dólares, enquanto, no mercado dos metais preciosos, o ouro continua a trajetória de valorização iniciada nos últimos dias, negociando a 1.905,2 dólares a onça.

Quanto às criptomoedas, a bitcoin volta a ganhar terreno e troca de mãos a 40.423,92 dólares, uma subida intradiária de 3,56%, ou de 3,37% considerando o período dos últimos sete dias. O Ethereum ganha 7,67%, para 2.871,26 dólares.

A semana deverá ficar marcada pela divulgação dos dados da inflação em abril nos EUA. A leitura deverá cifrar-se nos 3,5%, o maior aumento desde 2008, de acordo com um consenso recolhido pela Bloomberg.