Algarve espera mais turistas nos feriados mas “longe da enchente do passado”
O presidente da AHETA prevê que as ocupações “mais elevadas” ocorram nas unidades hoteleiras situadas em zonas mais vocacionadas para trabalhar com o mercado interno.
O presidente da maior associação hoteleira do Algarve estimou esta quarta-feira que os próximos feriados promovam um “aumento muito importante” na ocupação, sobretudo por turistas nacionais, mas “longe das enchentes do passado”, devido às quebras na procura externa.
“São períodos tipicamente de grande procura sobretudo por parte do mercado interno e estamos a contar com um aumento muito importante, quer neste feriado, quer no da semana que vem, atendendo a que os feriados [de 3 de junho e de 10 de junho] permitem pontes”, disse à Lusa Elidérico Viegas.
O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) prevê que as ocupações “mais elevadas” ocorram nas unidades hoteleiras situadas em zonas mais vocacionadas para trabalhar com o mercado interno, “com taxas de ocupação que podem ultrapassar os 80%”.
Ainda assim, segundo Elidérico Viegas, a taxa de ocupação elevada que algumas das unidades possam vir a registar “não pode ser replicada para a generalidade dos hotéis e empreendimentos turísticos da região”.
“Muitos hotéis estão encerrados e só agora é que estão a reabrir e, por outro lado, a procura externa começa a dar os primeiros passos, daí que não tenhamos um ano igual ao que era habitual antes da pandemia [de Covid-19], nomeadamente a 2019, ano de referência”, disse.
Segundo Elidérico Viegas, já se verifica um aumento das reservas para o período dos feriados, “principalmente por parte do mercado interno”, embora, tendencialmente, as reservas sejam “feitas em cima da hora”, o que não permite antecipar dados concretos sobre a ocupação.
Para o responsável, a ocupação prevista para o período dos feriados, “poderá ajudar a esbater a falta de receitas que dura há um ano e meio” na hotelaria algarvia, uma das regiões do país mais afetadas pela quebra no turismo devido à pandemia de Covid-19.
Na opinião de Elidérico Viegas, o turismo está atualmente numa fase de retoma, “o que deixa antever que o verão seja melhor do que o de 2020, ano em que só se pôde contar praticamente com o mercado interno”.
Cumprindo-se essa perspetiva de crescimento, será possível à região preparar-se para, em 2022, ter “um ano de alguma recuperação” e, a partir de 2023, ter expectativas “de um regresso à quase normalidade”, concluiu.
O próximo dia 3 de junho, quinta-feira, é feriado nacional – Dia do Corpo de Deus, um feriado religioso que ocorre na segunda quinta-feira a seguir ao Domingo de Pentecostes –, seguindo-se o feriado do dia 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
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