ENSA: Angola inicia privatização da estatal de seguros
Privatização supõe a venda de 51% do capital social da empresa angolana. O concurso tem assessoria financeira do Millennium Atlântico, em parceria com o Millennium Investment Banking (grupo BCP).
O Governo angolano deu início à primeira fase do processo de privatização da ENSA – Seguros de Angola, companhia que lidera o mercado com uma quota de 37%.
A operação enquadra-se no Programa de Privatizações (PROPRIV) e o procedimento relativo à seguradora “envolve a alienação de 51% do respetivo capital social, conforme autorização concedida pelo Despacho Presidencial nº 81/20, de 5 de Junho de 2020,” segundo um comunicado do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE).
A 1ª fase da privatização da seguradora estipula que a alienação das ações representativas do capital social da Ensa seja efetuada “através de Concurso Limitado por Prévia Qualificação, conforme estabelecido no Despacho da Ministra das Finanças n.º 1867/21 de 12 de Maio, publicado no Diário da República, II Série, n.º 64, que aprova igualmente o Programa do Procedimento e o Caderno de Encargos” da operação.
Para este processo, o IGAPE conta com apoio do Banco Millennium Atlântico S.A., em parceria com Millennium Investment Banking, área de banca de investimento do Banco Comercial Português, S.A., “como Assessores Financeiros para a execução da 1ª Fase do Processo de Privatização, com os quais tem vindo a trabalhar desde a fase preliminar do processo,” detalha o organismo angolano.
A ENSA é a empresa líder do setor segurador em Angola, estando presente no mercado há mais de 43 anos. Num mercado liberalizado desde 2000 e fortemente concorrencial, “a ENSA mantém-se uma referência no país, com uma quota de mercado de 37% em 2020”, complementa o comunicado.
A seguradora apresenta uma” oferta completa de produtos e serviços nos segmentos Vida, Não-Vida e na área da gestão de fundos de pensões, dirigida a clientes particulares, empresas e institucionais”, com particular relevo para “importante presença junto de grandes empresas (públicas e privadas)”, nota a mesma fonte.
De acordo com a informação do IGAPE, para mais informações sobre o processo de privatização da ENSA, as entidades interessadas devem contactar os assessores financeiros, via email (para investors.estrela.mib@millenniumbcp.pt), onde poderão obter informações preliminares e não vinculativas (“Teaser”) e um Acordo de Confidencialidade (“NDA”) que deve ser assinado e enviado por email para o mesmo endereço, preferencialmente, antes das 23h59min (hora de Luanda) do dia 02 de julho de 2021.
Cerca de 22,6 milhões de euros de lucro em 2020
No início de maio, a empresa apresentou números anuais relativos a 2020, salientando “resultados crescentes e consistentes, fruto do início da implementação do seu Plano Estratégico 2020-2022”.
Com posição reforçada entre os membros da ASAN – Associação de Seguradoras de Angola, a Ensa afirma que consolidou a liderança local nos segmentos de mercado de “Petroquímica, Transportes, Saúde e Acidentes de Trabalho”.
O exercício de 2020 encerrou com 84,6 mil milhões de kwanzas (108 milhões de euros ao câmbio do dia) de prémios brutos emitidos, um crescimento de 33% relativamente ao ano anterior. O acréscimo de receitas, “aliado aos resultados do primeiro ano da implementação do Plano Estratégico 2020-2022, permitiram que o resultado líquido da ENSA atingisse os 17,7 mil milhões de kwanzas em 2020,” (cerca de 22,6 milhões de euros) e com a “margem de solvência a quase duplicar para os 213%,” anunciou a companhia presidida por Carlos Duarte.
A companhia angolana de seguros espera que primeira fase da privatização seja concluída na segunda metade de 2021.
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