Guerreiro e bis de Ronaldo dão vitória a Portugal no arranque do Euro
Guerreiro desbloqueou e Ronaldo selou com dois golos o triunfo de Portugal na estreia no Euro 2020 diante da Hungria. Vitória por 3-0 foi sofrida, com os golos a surgirem nos últimos dez minutos.
Portugal arrancou o Euro 2020 com o pé direito. Foi um triunfo sofrido e tardio diante da Hungria, com os golos de Raphaël Guerreiro e de Cristiano Ronaldo (bisou) a surgirem já nos últimos dez minutos, acabando com a resistência húngara, que a jogar em casa ainda provocou um ou outro calafrio.
Cedo se percebeu qual ia ser a tendência da partida, com maior intensidade do lado português a deixar os húngaros fechados atrás. Foi preciso paciência para desbloquear um jogo que se tornou difícil por culpa própria, o que só veio a acontecer já na reta final, quando Raphaël Guerreiro desfez o empate e o nó da partida ao 84 minutos. Dois minutos volvidos, Ronaldo selou a vitória portuguesa, através da conversão de um penálti, e ainda foi a tempo de bisar no segundo minuto do tempo extra. O capitão aproximou-se ainda mais do recorde de maior número de golos pela seleção — está a três golos dos 109 golos do iraniano Ali Daei.
Os três golos foram o prémio da seleção que dominou o jogo a tempo inteiro, mas escondem as dificuldades de Portugal em ultrapassar o bloco defensivo da Hungria e onde o guarda-redes Péter Gulácsi assumiu protagonismo na teimosia em deixar o resultado em branco.
Na primeira o avançado Diogo Jota dispôs de duas ocasiões claras para colocar Portugal na frente, mas sem sucesso. O falhanço foi protagonizado pelo insuspeito Cristiano Ronaldo, à passagem do minuto 43: o melhor marcador da seleção nacional – que participa no seu quinto Campeonato da Europa, um recorde — atirou por cima na resposta a um cruzamento e quando só tinha o guarda-redes pela frente.
A segunda parte manteve-se com o ascendente da turma portuguesa. Logo aos 48 minutos, Pepe teve na cabeça a oportunidade para inaugurador o marcador. Bruno Fernandes testou a sua meia distância 20 minutos depois, mas também foi barrado por Gulácsi.
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Só a espaços a Hungria se aventurou no ataque. As ofensivas húngaras (que se tornaram mais frequentes nos últimos 20 minutos) deram mais a sensação de perigo sobretudo por causa do eufórico apoio dos seus adeptos, em clara maioria no Arena Puskas, em Budapeste. A exceção foi mesmo ao minuto 80, quando Schön ainda introduziu a bola na baliza, mas prontamente anulado por fora de jogo.
Antes, ao minuto 70, Fernando Santos operou a mexida que viria a revelar-se fundamental no desfecho do jogo. Tirou Bernardo Silva para dar lugar Rafa Silva, com o objetivo de imprimir maior velocidade e vertigem ao ataque português. E assim foi: Rafa assistiu para o primeiro golo de Guerreiro, sofreu o penálti do segundo golo e combinou com o capitão no terceiro.
Com o triunfo, Portugal assume a liderança do grupo F, com três pontos e mais dois jogos por disputar com a Alemanha (jogo no sábado) e França (jogo na quarta, dia 23). Alemães e franceses defrontam-se às 20h00 desta terça-feira.
(Notícia atualizada às 19h15)
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