Pandemia agrava prejuízos do Metro de Lisboa para 57 milhões
Pandemia penalizou ainda mais as contas do Metropolitano de Lisboa, que viu os prejuízos aumentarem para 57 milhões de euros. Pandemia "afetou todo o ano de 2020".
O Metropolitano de Lisboa encerrou 2020 com um prejuízo de 57,1 milhões de euros, um “agravamento significativo” face aos 16,8 milhões de euros registados em 2019, de acordo com o Relatório e Contas enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A empresa justifica estes resultados com os efeitos da pandemia, “que afetou todo o ano de 2020”, tendo ditado uma quebra de cerca de 50% na procura.
O resultado operacional no ano passado foi também negativo: situaram-se em -32,8 milhões de euros, isto quando os rendimentos operacionais caíram para -42,3 milhões de euros. Por sua vez, os gastos operacionais cresceram em cerca de 0,5 milhões de euros para 145,4 milhões.
Observou-se um “ligeiro agravamento do peso dos gastos operacionais sobre o volume de negócios”, diz a empresa, adiantando que o volume de negócios caiu 43,8% para -51,9 milhões de euros. Esta descida explica-se, “fundamentalmente”, pela “diminuição da procura”, que caiu 50,7%. Foram transportados 90,6 milhões de passageiros, menos 93,2 milhões do que em 2019.
As receitas com os passes e títulos de viagem caíram 51,6% em 2020. “As medidas tomadas no sentido da contenção da pandemia conduziram a uma elevada redução da procura, com os consequentes efeitos na receita, registando-se decréscimo marcante e histórico“, diz a empresa.
Mas, além disso, houve outros fatores a contribuir para esta perda de receita, como o aumento tarifário, a atribuição de pagamentos por conta, a diminuição das quantidades vendidas de títulos ocasionais e passes e a denúncia do protocolo com a Carris. “Para obviar o decréscimo da receita”, a Área Metropolitana de Lisboa “atribuiu verbas a título de pagamento por conta (…) no valor de 8,9 milhões de euros”.
Ainda em 2020, o Metropolitano de Lisboa amortizou dívida no valor de 216,5 milhões de euros, tendo contratado novos financiamentos no valor de 154,5 milhões de euros, reduzindo o passivo remunerado em cerca de 1,8%, diz o Relatório e Contas.
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