“Não se negoceia com um partido racista”, diz Jorge Moreira da Silva
"Estamos numa fase de passa-culpas, de quase pausa. Este deserto de ideias é confrangedor", diz Moreira da Silva, que diz não aceitar "qualquer tipo de relativismo ético e moral".
“Nunca, jamais em tempo algum o PSD deve coligar-se, entender-se, dialogar, negociar com um partido que é racista, xenófobo, extremista e radical. Essa é a minha linha vermelha”. É desta forma que Jorge Moreira da Silva, antigo ministro do Ambiente e atual diretor para a Cooperação e Desenvolvimento na OCDE responde quando questionado sobre a possibilidade de diálogo com o Chega, quebrando assim o silêncio a que se tem vetado sobre o partido, em entrevista à TSF e Jornal de Notícias.
Moreira da Silva exige mesmo a Rui Rio a necessidade de clarificação sobre os entendimentos com o partido de André Ventura. “Ao não sermos claros nessa linha vermelha, estamos a permitir ao eleitorado moderado ou que não regresse ao PSD tendo votado no PS nas últimas eleições, ou até que vá para o PS. E estaríamos a dizer ao eleitorado de direita que vota no PSD que estão a perder votos se votarem no Chega. Esta clareza seria fundamental para que o eleitorado moderado considerasse que o PSD era um valor suficientemente seguro para não fazer o que o PS fez depois das eleições de 2015, que foi não dizer ao que ia e acabar coligado, na prática, com o PCP e com o Bloco de Esquerda”, diz Moreira da Silva.
Defende ainda um PSD com alternativas e sem “taticismos” e não fecha a porta a uma eventual candidatura no congresso em janeiro, admitindo que está em reflexão.
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