Fitch considera que plano estratégico do BCP potencia os lucros
A agência de rating classifica o plano estratégico do BCP de "ambicioso mas credível" e que "deverá apoiar os lucros".
A agência de ‘rating’ Fitch considera que o plano estratégico do Banco Comercial Português (BCP) 2021-2024 deverá potenciar os lucros no futuro, de acordo com uma nota hoje divulgada.
“O plano estratégico para 2024 do Banco Comercial Português foca-se num desenvolvimento ambicioso da pegada comercial do banco e de uma reestruturação operacional convincente em Portugal, o que deverá apoiar os lucros“, pode ler-se no texto conhecido esta terça-feira.
A Fitch contrasta o novo plano com o anterior (2018-2021), em que “a redução do risco do balanço era da maior importância”, antecipando que o novo plano “se foca no desenvolvimento comercial e na melhoria da rendibilidade do BCP”.
A agência refere ainda esperar que a rendibilidade do banco “permaneça uma força no ‘rating’, comparada com outros bancos médios com classificação semelhante na Europa”.
“Vemos o plano como ambicioso mas credível, dadas as provas do BCP na implementação de medidas de eficiência de custos sem danificar o seu negócio principal em Portugal”, refere a Fitch.
A agência ressalva, no entanto, que “alcançar os objetivos traçados irá requerer uma execução forte e uma recuperação económica, tal como atualmente antecipado em Portugal e na Polónia”, onde o BCP também marca presença.
Os riscos para o plano do BCP poderão vir “da deterioração significativa da qualidade dos ativos em Portugal, devido a uma longa quebra da economia devido à pandemia ou uma saída desordenada das moratórias”.
“No entanto, a melhorada qualidade dos ativos no BCP, incluindo desde o início da pandemia, aumentou o espaço face a eventuais falências”, dando a Fitch como exemplo o rácio de empréstimos com imparidade, que estava nos 5,2% em junho de 2021, depois de 7% há um ano.
A Fitch considera ainda ambicioso o objetivo de obter lucros superiores a 300 milhões de euros entre 2021 e 2024, estimando os rendimentos operacionais próximos dos 2,6 mil milhões de euros.
“A Fitch vê isto como ambicioso, dado que os lucros dos bancos portugueses permanecem sob pressão devido às baixas taxas de juro e à concorrência feroz”, explica a agência.
A agência de notação financeira considera também positiva a intenção do BCP de melhorar a carteira de empréstimos e de ter um rácio de imparização de 4% no final de 2024.
“Este objetivo é concretizável dado o histórico do BCP no trabalho face legado dos empréstimos imparizados nos últimos anos. Ainda assim, irá requerer que os fluxos de novo crédito imparizado permaneçam contidos depois das moratórias”, refere a Fitch.
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