Turistas franceses superam britânicos nos gastos em Portugal
No ano passado os franceses deixaram em Portugal 1551 milhões de euros, enquanto os britânicos tiveram gastos de 1202 milhões dos britânicos, passando a ocupar a segunda posição
Os turistas franceses superaram os britânicos nos gastos em Portugal. Desde 1996 até à pandemia, a França só superou o Reino Unido em dois anos. Desde março do ano passado até maio deste ano, só em setembro é que os gastos dos britânicos superaram os dos franceses, noticiou o Público. A saída do Reino Unido e as restrições de viagens poderão estar na origem desta mudança de posicionamento no topo dos gastos.
O Reino Unido tem sido tradicionalmente o maior mercado emissor de turismo para Portugal e o que mais gera receitas para o País. Mas desde a pandemia, essa posição tem sido ocupada pelos franceses. No ano passado os franceses deixaram em Portugal 1551 milhões de euros, enquanto os britânicos tiveram gastos de 1202 milhões dos britânicos, passando a ocupar a segunda posição. Nos primeiros cinco meses deste ano, segundo dados do Banco de Portugal, os franceses gastaram 344 milhões, contra 243 milhões dos britânicos, noticia o diário (acesso condicionado). A saída do Reino Unido da UE e as restrições de viagens ditadas pela pandemia podem estar na origem desta alteração.
Os quatro maiores mercados emissores, que além dos britânicos e dos franceses engloba alemães e os espanhóis, geraram 985 milhões de euros de receitas nos primeiros cinco meses deste ano, ou seja, mais de metade do total (58%). Penalizado pelas restrições de viagens, o maior mercado extra-europeu, o Brasil, gerou apenas 33 milhões nesse período.
Junho recupera em junho mas abaixo de níveis pré-pandemia
Em junho o turismo continuou a recuperar face ao ano passado, mas está a cerca de metade dos níveis pré-pandemia. “O setor do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,4 milhões de dormidas em junho de 2021, o que compara com 476,7 mil hóspedes e 1,0 milhões de dormidas em junho de 2020″, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Face a junho de 2019, há um recuo de 50,1% nos hóspedes e 52,6% nas dormidas.
Números que refletem a descida dos visitantes estrangeiros. “Observaram-se decréscimos de 7,6% nas dormidas de residentes e de 72,0% nas dormidas de não residentes”, quando se compara com junho de 2019. Este foi o mês em que o Reino Unido retirou Portugal da lista “verde” de destinos para viajar, tendo apenas voltado em julho, para os vacinados.
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