Sindicatos ameaçam banca com greve geral contra rescisões unilaterais no Santander
“Estudaremos políticas concertadas de luta e reivindicação sindical, sem colocar de parte nenhuma medida, nomeadamente a convocação de uma greve geral do setor”, avisam os sindicatos.
Os sindicatos dos Bancários do Norte (SBN), dos Bancários do Centro (SBC) e o Mais Sindicato dizem estar a estudar “medidas concertadas”, que podem incluir uma greve geral, em protesto contra a saída de 350 trabalhadores no Santander.
“Estudaremos políticas concertadas de luta e reivindicação sindical, sem colocar de parte nenhuma medida, nomeadamente a convocação de uma greve geral do setor”, referiram, num comunicado conjunto.
O Santander não chegou a acordo para a saída de 350 trabalhadores, de um total de 685 inicialmente previstos, e vai agora avançar com um “processo unilateral e formal” a partir de setembro, segundo uma nota interna da Comissão Executiva do banco, enviada na sexta-feira, a que a Lusa teve acesso.
No comunicado publicado esta segunda-feira, as estruturas sindicais disseram que solicitaram já, “com caráter de urgência, uma reunião com a administração do banco Santander Totta” que permita “perceber o alcance das medidas anunciadas”.
Além disso, garantiram, será apresentado à ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho), PGR (Procuradoria Geral da República) e Provedoria de Justiça “um pedido de análise sobre a postura do banco Santander ao longo deste processo, denunciando, do mesmo passo, uma política de assédio e de discriminação, passível de investigação e condenação, dando conhecimento da mesma ao Ministério do Trabalho, para que atue em conformidade”.
“Desde já informamos que não consideramos estarem reunidas, em nenhum caso, sublinhamos, as condições legais para qualquer despedimento coletivo na banca, nomeadamente ‘despedimentos’ feitos à medida, com processos prévios de negociação, assentes na pressão do próprio despedimento”, referiram, na mesma nota.
Na nota interna da Comissão Executiva do Santander, este órgão anunciou que “de acordo com o apuramento feito até esta data, existem cerca de 350 colaboradores (de entre o número de 685 colaboradores inicialmente previstos incluir no Plano de Reestruturação) que não aceitaram a proposta formulada pelo banco”.
A mesma nota adianta que “foi já hoje [sexta-feira] solicitado, nos termos legais, o parecer à Comissão Nacional de Trabalhadores que antecede a aplicação de medidas unilaterais de diminuição do número de trabalhadores” da instituição.
A Comissão Executiva indicou que “o processo unilateral e formal que se seguirá incidirá apenas sobre os colaboradores abrangidos no Plano de Reestruturação que entenderam não chegar a acordo com o banco, e será iniciado nos primeiros dias de setembro”.
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