Pandemia pode piorar entre mais velhos “nas próximas semanas”, alerta o INSA
Se no conjunto do país, os novos casos de Covid-19 descrevem uma tendência estável, entre os menos jovens há outros sinais. Nesse grupo, a tendência é "estável a crescente", indicam autoridades.
O número de novos casos de Covid-19 entre os portugueses com 65 anos ou mais reflete atualmente uma tendência estável a crescente, de acordo com o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgado esta sexta-feira. No conjunto do país, os níveis de incidência estão estáveis, tal como o risco de transmissibilidade, isto é, o R(t), mas as autoridades avisam que os indicadores deixam perceber que a “atividade epidémica na população sénior e a pressão nos serviços de saúde poderão aumentar nas próximas semanas”.
De acordo com o relatório conhecido esta tarde, o número de novos casos de infeção foi de 315 por 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias, destacando-se o Algarve como única região a ultrapassar a marca dos 480 casos por 100 mil habitantes. O grupo etário dos 65 anos ou mais também merece especial atenção, já que aí foi registada uma tendência estável a crescente do número de infeções.
Já no R(t), o país regista agora um valor “ligeiramente inferior a um, indicando uma tendência estável a decrescente“, a nível nacional. No entanto, no Norte, Centro e Alentejo, o risco de transmissibilidade está acima dessa marca, “o que corresponde a uma tendência de incidência constante a crescente nestas regiões”. A DGS e o INSA adiantam, além disso, que o número de internados com Covid-19 em unidades de cuidados intensivos revelou “uma tendência estável a crescente, correspondendo a 59% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.
De notar também que a proporção de testes positivos foi de 4,4%, mais 0,4 pontos percentuais do que no último balanço, e que houve uma diminuição do número de testes realizados nos últimos sete dias. “A proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 5,6%“, mais 1,5 pontos percentuais do que no último balanço, mas abaixo do limiar de 10%. As autoridades acrescentam: “Nos últimos 7 dias, pelo menos 95% dos casos de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e, no mesmo período, foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 81% dos casos”.
A DGS e o INSA salientam, por outro lado, que a variante Delta já em dominante em todas as regiões do país, “com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados”.Por outro lado, a mortalidade específica por Covid-19 tem agora tem tendência estável.
Contas feitas, as autoridades sublinham que os diferentes indicadores sinalizam que o país vive uma “atividade epidémica de infeção por SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência estável a nível nacional, mas com provável tendência crescente na região Centro, nos grupos etários dos 10 aos 29 anos e acima dos 65 anos de idade”. Daí que a pressão sobre os cuidados de saúde tenha uma tendência estável a crescente. “A manter-se este quadro, a atividade epidémica na população sénior e a pressão nos serviços de saúde poderão aumentar nas próximas semanas“, alertam as autoridades.
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