“Nem um único euro” de ajuda ao regime talibã, diz Von der Leyen

  • ECO
  • 21 Agosto 2021

A presidente da Comissão Europeia avança que o fundo de mil milhões de ajuda ao desenvolvimento do Afeganistão está condicionado a condições muito restritas.

A União Europeia não vai libertar “um único euro de ajuda ao desenvolvimento” a um regime que “nega direitos a mulheres e crianças e o direto à educação e uma carreira”, avisou este sábado Ursula Von der Leyen, durante uma visita à base aérea de Torrejón, em Espanha. A presidente da Comissão Europeia, no entanto, disse que iria “ouvir os talibãs”, mas que as decisões europeias seriam tomadas não pelas palavras do regime afegão, mas pelos seus “atos”.

Ao lado do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Von der Leyen lembrou que há um fundo de mil milhões de euros para ajuda ao desenvolvimento ao Afeganistão, para os próximos sete anos, mas que só serão libertados em condições restritas: “Respeito pelos direitos humanos, bom tratamento das minorias e respeito pelos direitos das mulheres e meninas, entre outros”.

 

A presidente da Comissão Europeia afirmou ainda que “não há conversações políticas com os talibãs, nem reconhecimento” do regime, mas existem “contactos operacionais”, o que é algo completamente “diferente”, acrescentou depois na conferência de imprensa.

Torrejón, perto de Madrid, pode acolher, segundo Sánchez, cerca de 800 afegãos. “O mais importante é dar resposta à parte da população afegã que quer sair” o país, disse o presidente do governo espanhol. Este sábado devem chegar a esta base dois aviões com pessoal dos serviços diplomáticos europeus e norte-americanos.

Até ao momento, segundo o jornal cincodias, aterraram nesta base quatro aviões: dois das forças armadas espanholas, com um total de 158 afegãos a bordo, um com origem em França, com 38 afegãos, e outro de Itália, com mais 30 pessoas. Neste centro provisório está previsto que os afegãos fiquem 72 horas, antes de serem distribuídos por centros de acolhimento de Espanha e Europa.

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Quem são os gestores norte-americanos mais bem pagos?

  • Carolina Bento
  • 21 Agosto 2021

A pandemia não afetou os salários dos gestores da mesma forma que a crise económica influenciou os dos demais. Da Tesla à Apple, estes executivos destacam-se com as maiores remunerações em 2020.

Ainda que 2020 tenha sido o ano do início da pandemia e, consequentemente, de uma crise económica internacional, o “sonho americano” continuou vivo. Quem o alimenta são os 10 gestores norte-americanos – cinco homens e cinco mulheres – mais bem pagos no ano passado.

O índice de riqueza da Bloomberg mostra quem são os executivos com as remunerações mais elevadas no ano passado, entre salários, bónus discricionários e de desempenho, pensões, ações, subsídios recebidos e compensação diferida.

Os 10 primeiros nomes que surgem na lista são todos homens e recebem, em média, 144 vezes mais do que um funcionário regular. Mas, afinal, quem são os cinco homens e as cinco mulheres com as maiores remunerações de 2020?

Lista continua liderada por homens

Tal como a Bloomberg frisa, o ranking de CEO mais bem pagos do mundo continua a ser maioritariamente dominada por homens caucasianos. Entre a tecnologia, imobiliário e saúde, estes são os cinco CEO que mais receberam em 2020.

Elon Musk

No topo da lista surge Elon Musk, considerado o homem mais rico do mundo. O dono da Tesla e da SpaceX foi o CEO norte-americano mais bem pago do mundo em 2020, tendo arrecadado 6 mil milhões de dólares só no ano passado, segundo o ranking da Bloomberg. Musk permanece o CEO mais bem pago há três anos consecutivos.

Elon Musk, TeslaDavid Paul Morris/Bloomberg

Nascido na África do Sul, em 1971, conseguiu mais tarde a nacionalidade canadiana e norte-americana, esta última desde 2002. Depois de ter sofrido bullying na escola e de ter fugido da África do Sul para evitar servir no exército do apartheid, Musk mudou-se para o Canadá. No país, começou os estudos superiores na Universidade de Queens, em Ontário. Acabou por se mudar para os Estados Unidos, onde se formou na Universidade de Pensilvânia, em Economia, Física e Artes.

Na Tesla Motors, Musk destacou-se com a produção de um carro elétrico, tendo as suas preocupações com o uso de energias renováveis se refletido na compra da SolarCity. A empresa, criada em 2006, produz baterias recarregáveis movidas a energia solar.

A SpaceX, empresa que fundou em 2002, foi responsável pelo primeiro lançamento de um foguetão privado para o espaço, o Falcon 1 em 2008. Por agora, o objetivo de Musk é enviar astronautas a Marte, em parceria com a NASA, até 2025. O CEO é também um dos “pais” da PayPal, da The Boring Company, Neuralink e da OpenAI.

Mike Pykosz

Mike Pykosz é o segundo CEO que mais dinheiro levou para casa em 2020, nos Estados Unidos, com 568 milhões de dólares. Estudou na Universidade de Notre Dame e, mais tarde, na Universidade de Harvard. Foi diretor no Boston Consulting Group durante cinco anos. Há oito anos, fundou a Oak Street Health, uma rede de centros de cuidados primários direcionados. Os centros são específicos para cuidados médicos de idosos e os serviços estão disponíveis exclusivamente para clientes da Medicare. Abriu a primeira clínica em Chicago e, hoje, existem 100 espalhadas pelos vários estados do país.

Trevor Bezdek e Douglas Hirsch

Ambos CEO’s da mesma empresa, Trevor Bezdek e Douglas Hirsch ocupam o terceiro e quarto lugar no ranking, respetivamente, e cada um acumulou cerca de 497 milhões de dólares, em 2020. Estão à frente da GoodRx Holdings, uma empresa que disponibiliza uma plataforma de medicina à distância, juntamente com um website e uma app que ajuda os clientes a verificar os preços de medicamentos que lhes são prescritos e lhes dá descontos na compra dos fármacos. A GoodRx funciona desde 2011 e foi criada na Califórnia, tendo crescido em receitas, clientes e parcerias.

Eric Wu

Em quinto lugar no ranking surge Eric Wu, CEO da Opendoor Technologies, que recebeu 388 milhões de dólares no ano passado. Em 2014, foi um dos fundadores da empresa imobiliária, que permite comprar e vender uma casa online. Antes disso, Wu já tinha fundado a Movity.com, na qual também foi CEO. Estudou na Universidade de Arizona, onde se formou em Economia e Ciências.

Estas são as cinco mulheres CEO mais ricas

É preciso descer até ao 34.º lugar na lista para encontrar a primeira mulher nesta ranking. As cinco gestoras que mais dinheiro levaram para casa, no fim do ano passado, destacam-se na ciência, telecomunicações e também na área tecnológica.

Carrie Wheeler

Carrie Wheeler recebeu mais de 100 milhões de dólares em 2020, tornando-se na executiva mais bem paga na lista. É CFO (Chief Financial Officer) da Opendoor Tecnhologies. Estudou na Universidade de Queens, no Canadá, onde se formou em Comércio. Trabalha na empresa de Wu há dois anos, mas já tem uma vasta experiência em empresas como a rede de lojas Dollar Tree, o grupo Api e a empresa têxtil J.Crew, onde esteve durante sete anos.

Véronique Lecault

Lecault é a 40º que recebeu mais em 2020 no ranking, mas apenas a segunda mulher a surgir na lista. Estudou na Universidade de Ottawa e em British Columbia, onde se tornou cientista e engenheira. Depois de se ter dedicado à investigação, foi uma das fundadoras da AbCellera Biologics, onde hoje é COO (Chief Operating Officer). A empresa investiga o sistema imunitário dos pacientes, para fazer medicamentos e tratamentos clínicos a partir de anticorpos.

Safra Catz

epa05675574 Safra Catz, CEO of Oracle, arrives at Trump Tower in New York, New York, USA, 14 December 2016. EPA/Albin Lohr-Jones / POOLEPA/Albin Lohr-Jones

A terceira mulher com salário mais elevado é a CEO da Oracle, Safra Catz. Com 69 milhões de dólares, é a 48ª pessoa a surgir no ranking de CEO’s e executivos mais ricos em 2020. Tem dupla nacionalidade, sendo israelita por nascimento. Aos seis anos, mudou-se com a família para os Estados Unidos e acabou os estudos em 1986, na Universidade de Pensilvânia. Catz começou a trabalhar na Oracle em 1999 até se tornar CEO, ao mesmo tempo que é diretora da Walt Disney Company. A Oracle é uma empresa norte-americana multinacional, na área da tecnologia e informática, que desenvolve e vende hardware e software.

Sendo republicana, apoiou a campanha de Donald Trump e, em 2016, foi apontada como uma das potenciais novas funcionárias da administração do antigo presidente. Em 2020, doou cerca de 125.000 dólares para financiar a campanha de reeleição.

Deirdre O’Brien e Kate Adams

O’Brien e Adams trabalham na Apple, tendo recebido ambas 45 milhões de dólares em 2020. Deidre trabalha há 30 anos na Apple e tomou o controlo dos recursos humanos da empresa, desde o recrutamento de talento até à gestão das centenas de trabalhadores. Em 2019, após a saída de Angela Ahrendts, O’Brien ficou com o cargo de vice-presidente sénior de retalho, o que significa a coordenação de 500 lojas, espalhadas um pouco por todo o mundo, nas quais trabalham milhares de pessoas.

Kate Adams está na Apple desde 2017, depois de ter saído da empresa Honeywell. Sendo vice-presidente de segurança legal e global, Adams gere todos os assuntos relacionados com privacidade, processos de litigação, segurança global, propriedade intelectual, entre outros aspetos. Antes de passar para direito organizacional, trabalhou no Supremo Tribunal de Justiça e no Departamento de Justiça do Governo.

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Grécia ergue muro na fronteira com Turquia

  • ECO
  • 21 Agosto 2021

Ao longo de 40 quilómetros, a Grécia terminou a construção de um "muro" na fronteira com a Turquia já a antecipar um fluxo de migrantes afegãos.

O governo grego terminou a última parcela da construção de um ‘muro’ de 40 quilómetros ao longo da fronteira com a Turquia, com receio de uma vaga de migrantes. “Não podemos esperar, passivamente, por um possível impacto”, disse, numa visita à região de Evros, o ministro grego Michalis Chrisochoidis, numa referência à possível vaga de migrantes afegãos.

O ‘muro’, no entanto, começou a ser construído há cerca de oito anos e a sua ampliação foi decidida no final do ano passado, muitos antes da entrada dos talibãs em Cabul. Os últimos km da vedação grega — termo preferido a muro — foram concluídos esta sexta-feira e incluem um sistema de monitorização high-tech. O custo estimado é de 63 milhões de euros.

Os sinais de nervosismo na Grécia voltaram a aumentar esta semana quando o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu que a Turquia não será um “armazém de refugiados da Europa”. Em conversa telefónica com o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, Erdogan avisou que a situação no Afeganistão pode “ser um desafio sério para todos”.

A Turquia acolhe cerca de 3,6 milhões de refugiados sírios e cerca de meio milhão de afegãos, segundo a Lusa. “A Europa transformou-se no centro de atração de milhões de pessoas, está a fechar as suas fronteiras e não pode ficar à margem deste problema”, acrescentou Erdogan.

A Grécia esteve na linha da frente da crise de migrantes em 2015, quando um milhão de pessoas fugiu da Síria e outros países Médio Oriente. O fluxo só foi travado, em 2016, quando a União Europeia fechou um acordo financeiro com Ancara. “As nossas fronteiras vão permanecer invioláveis”, garantiu o ministro grego Chrisochoidis.

No espaço de poucas semanas, a Grécia é o segundo país da União Europeia a defender a construção de uma barreira na fronteira externa do bloco comunitário, para travar a entrada de migrantes. Também a Lituânia está a erguer uma vedação de quatro metros de altura, ao longo de 508 quilómetros, na fronteira com a Bielorússia.

Em ambos os projetos, a Comissão Europeia recusou financiamento e manteve a a posição de recusar apoiar a construção de muros ou vedações. Mas já fez saber que, pelo menos para o caso lituano, irá enviar uma ajuda de emergência de 36,7 milhões de euros para ajudar a capacidade de acolhimento face ao “número excecional” de migrantes ilegais que estão a chegar ao país báltico.

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Há mais 2.676 casos de covid-19 e oito mortes. Internamentos descem

  • ECO
  • 21 Agosto 2021

Os internamentos por infeção de coronavírus desceram para 681, dos quais 145 (mais dois) em cuidados intensivos.

Nas últimas 24 horas foram identificados mais 2.676 novos casos de coronavírus em Portugal, elevando para 1.017.308 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), deste sábado, indica também que morreram mais oito pessoas.

Os internamentos voltaram a cair para 681 pessoas hospitalizadas (menos seis em termos diários), das quais 145 em cuidados intensivos (mais duas). Os casos ativos e em vigilância das autoridades baixaram também para 44.588 (menos 328 que na véspera) e 50.638 (menos 389).

O número de recuperados da doença subiu para 955.090, mais 2.996 que no dia anterior.

A região Norte esteve, no último dia, no epicentro das novas infeções por Covid, com 34% do total no país (911 novos casos), seguido de perto por Lisboa com 33% (885). Mas foi na região da capital que se registaram seis das 8 mortes por Covid, três vezes mais que no norte (2).

A região Centro teve 410 novos casos, mais que o Algarve e Alentejo com 232 e 136, respetivamente. Mas não houve qualquer baixa nestas regiões por Covid-19. Também nas ilhas não houve mortes a registar, mas a Madeira identificou mais 52 casos e os Açores outros 48.

Por género, os homens morreram mais que as mulheres da doença, na proporção de 9.259 versus 8.371, ainda que no total de casos elas tenham sido mais infetadas. Ainda que o grupo etário dos 40 aos 49 tenha o maior número de casos de infeção, é na faixa acima dos 80 anos que se continuam a registar mais mortes por Covid-19 — mais de 62% dos óbitos, segundo dados da DGS.

 

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China formaliza política de três filhos por casal

  • Lusa
  • 21 Agosto 2021

A China praticou a política “um casal, um filho” entre 1979 e 2015. Depois, em 2016, passou a permitir dois filhos por casal. Com o envelhecimento mais rápido o que o previsto, fasquia sobe para 3.

A China formalizou a alteração legislativa que autoriza os casais a terem até três filhos, em vez de dois, depois de o último censo demográfico ter revelado uma forte desaceleração no crescimento populacional.

A decisão tinha sido anunciada em maio, e foi formalizada com a aprovação, na sexta-feira, de uma emenda à Lei da População e Planeamento Familiar pelo comité permanente do Congresso Nacional do Povo.

A emenda anula as medidas restritivas que estavam em vigor, incluindo as multas a casais que tivessem mais filhos do que os permitidos por lei, segundo a agência oficial Xinhua.

Com as alterações, as autoridades locais passam a oferecer licença parental para promover os direitos das mulheres no emprego e está prevista a criação de mais infantários em áreas públicas e locais de trabalho.

A China praticou a política “um casal, um filho” entre 1979 e 2015, para desacelerar o crescimento da sua população e preservar os recursos escassos para a sua economia em expansão.

Em 2016, passou a permitir dois filhos por casal, mas acabou por subir o limite para três, este ano, devido à baixa taxa de natalidade.

No entanto, os casais permanecem reticentes em ter mais filhos, face aos elevados custos de vida e discriminação das empresas contra as mães.

A queda na taxa de natalidade é vista pelos dirigentes chineses como uma grande ameaça ao progresso económico e à estabilidade social no país asiático.

No início de maio, os resultados do censo realizado em 2020 revelaram um envelhecimento mais rápido do que o esperado da população chinesa.

A população aumentou em 72 milhões de pessoas nos últimos 10 anos, para 1.411 milhões, segundo os dados oficiais.

O crescimento médio anual fixou-se em 0,53%, em termos homólogos, uma queda de 0,04%, em relação à década anterior.

No ano passado, marcado pela pandemia de covid-19, o número de nascimentos caiu para 12 milhões, face a 14,65 milhões, em 2019, quando a taxa de natalidade (10,48 por 1.000) foi já a menor desde a fundação da República Popular da China, em 1949.

A queda de nascimentos em 2020 ocorreu pelo quarto ano consecutivo.

A taxa de fecundidade fixou-se em 1,3 filhos por mulher, em 2020, abaixo dos 2,1 estimados pelas Nações Unidas para manter uma população estável.

As autoridades chinesas admitiram que o número de nascimentos na China vai continuar a cair em 2021.

Mas o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, Yu Xuejun, disse, em julho, acreditar que a tendência de queda será invertida no “curto prazo”, libertando o “potencial da fertilidade” na China.

O sucesso dependerá de as políticas de apoio às famílias “serem implementadas de maneira adequada”, disse Yu na altura.

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Marca espanhola de motas elétricas Velca chega a Portugal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Agosto 2021

A Velca Motor, empresa espanhola de motas elétricas, chegou a Portugal com o objetivo de transportar os portugueses de "uma forma menos poluente, mais rápida, barata e eficaz".

Cerca de um ano após a sua criação, a marca espanhola Velca Motor chegou a Portugal com a ambição de ser uma marca de referência na área da mobilidade elétrica e liderar o mercado de motas elétricas no país, à semelhança do que já acontece em Espanha.

Em declarações ao ECO, a empresa espanhola explica que o seu objetivo é ser uma “marca acessível que elimine as preocupações associadas à compra de veículos”. “Queremos proporcionar aos cidadãos portugueses uma forma menos poluente, mais rápida, barata e eficaz de se deslocarem na cidade. As nossas motas são uma alternativa mais ecológica aos meios tradicionais que hoje vemos na cidade que funcionam com combustíveis”, afirmou.

Por enquanto, a marca não terá espaços de venda físicos em Portugal, mas estará presente através dos meios digitais e também em ações por todo o país, tendo já obtido as primeiras encomendas. A chegada a Portugal marca a primeira fase de expansão, que irá continuar até ao final de 2021 noutros países da Europa, nos Estados Unidos e na América Latina.

Criada em fevereiro de 2020 por ex-trabalhadores da startup de scooters elétricas Voi, a Velca tem o maior número de registos de ciclomotores elétricos no país vizinho. Com uma autonomia de até 120 quilómetros, as motas elétricas da Velca consomem, em média, 30 cêntimos por 100 quilómetros. Os preços de cada um dos quatro modelos são iguais aos praticados em Espanha: 3.400 euros pela scooter Tramontana, 5.200 euros pela Tramontana S, 3.900 euros pela Calima e 2.500 euros pela Bora.

Além do conceito e design “muito atrativos”, o gestor da empresa em Portugal, Filipe Figueiredo, atribui o rápido sucesso da marca à sua “extensa rede de assistência técnica em toda a Península Ibérica“. “A presença da Velca em Portugal representa uma oportunidade de crescimento para a marca num mercado muito ‘desperto’ para a mobilidade elétrica”, disse Filipe Figueiredo.

 

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Líder do PCP acusa Governo de “entravar” medidas e “fingir que faz”

  • Lusa
  • 21 Agosto 2021

"Atrasos, desculpas, fingir que faz, mas não faz”. O líder do PCP critica o Governo e avisa para tentativa do PS de condicionar os eleitores com "investimentos” do PRR antes das autárquicas.

O secretário-geral do PCP acusou este sábado o Governo de “entravar” um “conjunto significativo” de medidas do Orçamento do Estado para este ano e de “fingir que faz, mas não faz” em “quase tudo” o que “não podia empatar”.

“O que se alcançou com a nossa determinação [do PCP] contrasta com os atrasos e as limitações que o Governo tem colocado para entravar a concretização de um conjunto significativo de outras medidas inscritas no Orçamento do Estado” para este ano, disse Jerónimo de Sousa, em Beja.

Ou seja, acrescentou, “o que era automático e o Governo não podia empatar entrou em vigor”.

“Em quase tudo o resto é o que se vê: atrasos, desculpas, fingir que faz, mas não faz”, precisou o líder do PCP, que falava num encontro de candidatos e ativistas da CDU (PCP/PEV) no distrito de Beja, no âmbito das eleições autárquicas de 26 de setembro.

Segundo Jerónimo de Sousa, devido ao sufrágio, “não faltarão nas próximas semanas o agitar de novas promessas, o acenar dos milhares de milhões, a tentativa do PS de condicionar e chantagear os eleitores com esses investimentos”.

Se há dinheiro, e há, então que se coloque ao serviço dos problemas dos trabalhadores e do povo, e que se o integre numa estratégia que assegure o desenvolvimento soberano do país”, defendeu.

O dirigente pediu que não esse dinheiro não seja usado “como cenoura para transferir novos encargos para cima das autarquias”, reduzindo o financiamento e o investimento público que devem ser assegurados pelo Estado.

O líder comunista disse que “são muitos os problemas, novos e acumulados, com que o país se confronta” e que “não se resolvem, porque o PS continua amarrado às opções da política de direita que estão na sua origem”.

“É isso que justifica que o PS continue a não querer garantir os direitos dos trabalhadores, que se oponha à eliminação das normas gravosas do código do trabalho, que continue a assistir aos despedimentos coletivos ou que carimbe sem pestanejar encerramentos de empresas, como a Refinaria de Matosinhos e processos que ameaçam o futuro de outras, como a TAP ou a Groundforce”, lamentou.

Também “não vale a pena o secretário-geral do PS” e primeiro-ministro, António Costa, “vir lamuriar-se sobre a precariedade dos jovens quando é autor de legislação como a do período experimental”, criticou.

“O PS teve toda a oportunidade para encetar uma política alternativa. Não o fez porque são outros os seus compromissos”, acusou.

No seu entender, mesmo quando o PS “foi obrigado a dar passos e resposta a alguns problemas”, perante a intervenção dos comunistas, “fê-lo contrariado”.

O dirigente considerou “inegável o impacto positivo na vida de milhões de portugueses das medidas de aplicação direta inscritas no Orçamento [para este ano] por proposta e iniciativa do PCP e do PEV”.

No plano autárquico, Jerónimo de Sousa prometeu que a CDU vai continuar a responder à atual pandemia “com toda a atenção, mas não perdendo de vista que há vida para lá da covid-19” e que é esse futuro que a coligação que junta o PCP e o PEV está “a construir no trabalho das autarquias”.

“Futuro de confiança – é esta a ideia central que queremos transmitir nestes tempos estranhos, que alguns, a pretexto da epidemia, querem aproveitar para aumentar a exploração e limitar direitos”, frisou.

Segundo o líder do PCP, trata-se de um futuro que a CDU saberá “construir no plano local exercendo as competências que cabem às autarquias”, mas que também “exige que se construa a partir de uma outra política nacional”.

“Um futuro que tem de ser construído denunciando as opções do PS de submissão à União Europeia e aos interesses do grande capital que impedem a resposta aos problemas nacionais, e combatendo os projetos reacionários de PSD, CDS e seus derivados”, vincou.

 

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Turistas vão pagar entrada em Veneza a partir do verão de 2022

  • Lusa
  • 21 Agosto 2021

Será a primeira cidade do mundo com entrada paga e sujeita a reserva. O 'bilhete' pode custar entre três e 10 euros.

Turistas em viagem a Veneza, Itália, devem reservar estadia e pagar para entrar na cidade possivelmente já no verão de 2022, segundo noticiou este sábado a imprensa italiana.

A visita a Veneza, que será a primeira cidade do mundo com entrada paga e sujeita a reserva, pode custar entre três e 10 euros, dependendo do dia e do número de pessoas esperadas, segundo a imprensa italiana.

Os residentes da região do Veneza não vão pagar, embora não esteja excluído que sejam obrigados a reservar a visita, exceto crianças menores de seis anos, familiares dos residentes até ao terceiro grau e familiares de pessoas que arrendem casa no município.

A reserva será feita através de uma aplicação ou na web, com um código QR que será utilizado através de leitores ópticos torniquetes, parte de um sistema tecnológico que inclui mais de 500 câmaras de alta definição que as forças de ordem utilizaram durante a Economia do G20 em julho e uma centena de sensores via smartphones que conectam as redes móveis de quem está na cidade.

Os testes começam em setembro na ilha de Tronchetto, onde está localizado o comando da polícia local e onde todo o território é controlado digitalmente.

Nos primeiros dez dias de agosto chegaram a Veneza pessoas de 136 países diferentes, registando-se picos de 85 mil visitantes em 5 de agosto e de 80 mil em 18 de agosto, enquanto nos restantes foram quantificados entre 50 e 60 mil, embora ainda longe dos números pré-pandemia, quando a média de verão era de 110 mil visitantes diários, de acordo com Il Corriere della Sera.

A cobrança tem gerado polémica, com muitos a consideram tratar-se de “uma medida inconstitucional e contrária à legislação europeia”, como o conselheiro Marco Gasparinetti, para quem algo assim “poderia ser feito para uma área limitada, como a Praça de São Marcos, mas não numa cidade inteira, e supõe a consagração” de Veneza como parque temático.

“A medida que poderá entrar em vigor a partir do verão de 2022 não serve para programar os fluxos, é apenas uma forma de ganhar dinheiro. E nós venezianos vamos desobedecer, porque não temos intenção de nos deixar registar na nossa passagem pelos torniquetes”, afirmou La Stampa.

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ASAE multa 38 restaurantes e bares só esta sexta-feira

  • Lusa
  • 21 Agosto 2021

Cinco dos estabelecimentos fiscalizados, durante uma operação na passada sexta-feia à noite, foram “suspensos temporariamente, por incumprimento das regras estabelecidas”.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 38 processos de contraordenação numa operação de fiscalização a estabelecimentos de restauração e bebidas na sexta-feira à noite.

A operação fiscalizou 163 operadores económicos em dez concelhos de norte a sul do país, tendo registado 38 infrações puníveis com coima, “no cumprimento das regras aplicáveis no contexto da pandemia da doença da covid-19”, segundo a mesma fonte.

Cinco estabelecimentos foram “suspensos temporariamente, por incumprimento das regras estabelecidas”.

A operação da ASAE, com a colaboração da PSP e da GNR, visou as localidades de Ovar, Ponte de Lima, Vila Real, Águeda, Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Castelo Branco, Nazaré, Quarteira e Vilamoura, no concelho de Loulé, e Albufeira.

Das 38 contraordenações instauradas, 19 foram “por falta de observância do dever de apresentação e detenção de certificado digital ou testes covid, por parte de clientes”, seis por “inobservância das regras de funcionamento dos estabelecimentos de restauração e similares”, três “por falta de observância do dever de solicitação e verificação, por parte dos responsáveis de estabelecimentos, do certificado digital ou testes Covid”, duas por “falta de observância das regras de ocupação, de lotação, de permanência e distanciamento físico” e uma por “venda de álcool a menores”.

A ASAE garante que “continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional”, para garantir o “cumprimento das regras de saúde pública determinadas pela situação pandémica”.

O Governo anunciou na passada sexta-feira que Portugal vai deixar de estar em estado de calamidade devido à evolução da pandemia, passando a estado de contingência no que diz respeito às medidas para conter a covid-19, permitindo o levantamento de algumas restrições.

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Nos jogos da Liga, ainda nenhum estádio chegou à lotação permitida

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Agosto 2021

Após duas jornadas, o estádio do Porto, com 50.033 lugares, foi aquele que recebeu mais adeptos (15.429). No entanto, o número fica abaixo de 1/3 de lotação que é permitida.

A primeira liga de futebol arrancou mais uma época no dia 6 de agosto. Com ela, os adeptos regressaram aos estádios, depois de 17 meses de bancadas vazias. A presença de público nas bancadas está condicionada, limitada a 1/3 da lotação do estádio, por causa da pandemia. No entanto, mesmo com esta redução, os clubes têm tido dificuldade em alcançar os 33% de lotação permitida.

Com duas jornadas jogadas, e após cada equipa do principal escalão do futebol português já ter jogado pelo menos uma vez “em casa”, nenhum estádio atingiu ainda o máximo de lotação permitida pela DGS. Só o Benfica foi capaz de vender todos os bilhetes disponíveis, mas num jogo a contar para a Liga dos Campeões.

Segundo a informação disponível no site da Liga Portugal, referente à época 2021/2022 da primeira liga, o FC Porto foi o clube que conseguiu, até agora, a maior percentagem de adeptos em estádio. Com uma lotação de 50.033 lugares, o Estádio do Dragão recebeu 15.429 adeptos no primeiro jogo, quando poderia receber até 16.510 pessoas, de acordo com as regras sanitárias em vigor. Corresponde a uma percentagem de 30,84% da lotação máxima do estádio.

Segue-se o Vitória SC, que alcançou 29,28% de adeptos no primeiro jogo da época, ou seja, 8.824 adeptos. O Estádio D. Afonso Henriques, com capacidade para 30 mil adeptos, pode receber, de momento, até 9.900 visitantes.

O FC Famalicão surge com a terceira maior percentagem de público até à data nesta época. Tendo recebido o Porto na última jornada, o Estádio Municipal de Famalicão acolheu 26,38% de massa adepta (1.388 pessoas), sendo que, para chegar aos 33% de lotação, teria de sentar 1.751 pessoas nas bancadas, onde existem 5.307 lugares.

Já o Benfica e o Sporting tiveram, respetivamente, 21,81% e 17,96% do terço de lotação permitida nos estádios. O Estádio da Luz, por ser o que tem maior capacidade em Portugal (65.642), é aquele que pode receber o maior número de adeptos ao abrigo da lotação máxima permitida pela DGS.

No entanto, os adeptos que marcaram presença no jogo contra o Arouca foram apenas 13.973, de um total de 21.661 que o clube da Luz poderia ter recebido neste momento. O estádio do Sporting, por seu lado, recebeu 9.066 visitantes na primeira jornada, quando pode acolher, de momento, até 16.531 pessoas.

Alargando a análise a outras competições, as “águias” conseguiram vender todos os bilhetes disponíveis para o encontro da passada quarta-feira, dia 18 de agosto, com o PSV Eindhoven, referente à primeira mão do play-off da Liga dos Campeões. Ou seja, a ocupação das bancadas do Estádio da Luz foi de 33%, precisamente a limitação definida pela DGS devido à pandemia.

A percentagem máxima de lotação permanecerá, pelo menos, até ao final de agosto, altura que antecede o início da segunda fase de desconfinamento. Até lá, os titulares de bilhetes só podem entrar nos estádios com teste negativo à Covid-19 — PCR até 72 horas antes do jogo ou antigénio até 48 horas antes –, ou certificado digital da Covid-19 que comprove a vacinação completa ou a recuperação da doença.

Contudo, de acordo com o decido pelo Governo no Conselho de Ministros de 29 de julho, os limites de lotação poderão terminar quando a taxa de vacinação completa da população atingir os 85%. Se se confirmar o que é esperado, os estádios portugueses poderão encher a partir de outubro.

Cartão do Adepto é outra condicionante

A Covid-19 não é, porém, a única condicionante à presença de público nos estádios. Nesta época, chegou também o Cartão do Adepto, um documento válido por três anos e emitido para maiores de 16 anos, desenhado para combater a violência e o racismo nos eventos desportivos.

Os adeptos que queiram ver as suas equipas nos jogos “fora de casa” terão de ser portadores deste cartão, que tem um custo de 20 euros e permite aceder às Zonas de Condições Especiais de Acesso e Permanência de Adeptos (ZCEAP), ou seja, o local onde ficam os adeptos das equipas visitantes. Porém, os adeptos podem também comprar bilhetes para outras zonas dos estádios.

Questionada pelo ECO sobre o que explica as baixas assistências nos primeiros jogos da liga, fonte oficial da Liga Portuguesa de Futebol Profissional explicou que, “atualmente, os adeptos ainda estão numa fase de se habituarem a várias exigências, como a apresentação de um dos três certificados digitais (vacinação, recuperação ou teste), para além de um natural receio existente na participação em eventos de grande massa”.

Para esta entidade, a retoma dos espetadores aos estádios é não só um “desafio dos clubes” como também da Liga, assentando, “principalmente nesta primeira fase, na capacidade de se transmitir a todos os adeptos que ir a um estádio é seguro e que é um passo essencial para os clubes que apoiam”.

Sobre a reavaliação da lotação permitida nos estádios, a Liga afirmou que mantém reuniões periódicas com a DGS, que decidirá “em função daquilo que for a evolução epidemiológica do país”.

Acerca do Cartão do Adepto, o presidente da Liga, Pedro Proença, disse, na última terça-feira, em Matosinhos, que se trata de “uma imposição legal e que a Liga está a cumprir uma normativa imposta pelo Governo”. “Sabemos de antemão os inconvenientes que o cartão tem e, em devida altura, já colocámos as nossas questões, mas vamos todos ter de nos habituar“, considerou o antigo árbitro português.

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Merkel esperava resistência “mais forte” do exército afegão

  • ECO e Lusa
  • 21 Agosto 2021

A chanceler alemã disse que o exército afegão "entrou em colapso num fôlego", reconhecendo que o Ocidente avaliou mal a resistência ao avanço dos talibãs.

A chanceler alemão, Angela Merkel, admitiu este sábado que as forças da NATO avaliaram mal a resistência do exército afegão à investida dos talibãs para regressar ao poder em Cabul. “Esperávamos que a resistência fosse mais forte”, disse, durante um evento para a campanha das legislativas alemãs, depois de reconhecer que o “exército entrou em colapso num fôlego”.

Merkel afirmou que o Ocidente conseguiu garantir que o Afeganistão não seja um foco de terrorismo global, como era em 2001, mas reconheceu que a missão internacional era mais ambiciosa e terminou em fracasso.

“Agora não há ameaça terrorista do Afeganistão. Mas a missão era mais ampla, queríamos uma vida mais livre e melhor para todos, especialmente para mulheres e meninas. Não conseguimos isso”, declarou.

Por isso, apelou a uma reflexão sobre o que pode fazer o Ocidente neste tipo de missões, como pode alcançá-lo e ver ao que não pode aspirar.

A chanceler alemã classificou a situação atual no Afeganistão de “dramática e trágica” desde a tomada do poder pelos talibãs no domingo, com a sua entrada em Cabul.

Merkel frisou que o objetivo atual da Alemanha é “salvar pessoas” na operação de evacuação, “cidadãos alemães, cidadãos de outros países da NATO [na sigla em português OTAN, Organização de Trabalho do Atlântico Norte] e, sobretudo, aqueles que ajudaram” a Alemanha, disse em referência aos colaboradores locais.

A Alemanha retirou do Afeganistão cerca de 2.000 pessoas, a maioria das quais se encontra em território nacional.

Os talibãs conquistaram a capital do Afeganistão, Cabul, no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO do país.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

Depois da tomada do poder, as forças talibãs proclamaram o Emirado Islâmico, em Cabul, tendo afirmado desde o princípio da semana que não procuram exercer atos de vingança contra os antigos inimigos e que estão dispostos para “a reconciliação nacional”.

Os talibãs já disseram que há “muitas diferenças” na forma de governar, em relação ao seu período anterior no poder, entre 1996 e 2001, quando impuseram uma interpretação da lei islâmica que impediu as mulheres de trabalhar ou estudar e que puniu criminosos de delito comum com punições severas como amputações ou execuções sumárias.

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45 mil pessoas vacinadas na manhã de sábado

  • ECO
  • 21 Agosto 2021

A grande maioria tem entre os 12 e 15 anos, de acordo com o vice-almirante Gouveia e Melo, que destaca o "exemplo" destes jovens e das famílias.

Cerca de 45 mil pessoas, a grande maioria entre os 12 e 15 anos, foram vacinadas contra a Covid-19 até às 11h45 da manhã deste sábado, avançou o coordenador da task force, durante uma visita a um centro de vacinação em Alcabideche, concelho de Cascais. Gouveia e Melo destacou o “exemplo” destes jovens e famílias.

Para este fim-de-semana estão inscritas 110 mil pessoas para vacinação, de acordo com os últimos dados da task force. O número de agendamentos corresponde a apenas um quarto do universo de jovens entre os 12 e 15 anos.

O vice-almirante admite, ainda assim, estar “emocionado” e “contente” com a “lição de civismo” desta faixa etária e dos respetivos pais. “Tudo se torna mais leve e sentimo-nos reanimados”, disse.

Os centros de vacinação abriram este sábado e domingo, pela primeira vez, as portas aos adolescentes, mas a task-force decidiu também manter a “Casa Aberta” a maiores de 16 anos — esta modalidade funciona em horários limitados e dispensa a marcação prévia, exigindo apenas a obtenção de uma senha digital através do portal do Ministério da Saúde.

Gouveia e Melo estima que falta administrar um milhão de primeiras doses da vacina contra a Covid, numa altura em que Portugal já tem mais de 70% da população completamente vacinada. Com esta meta a ser atingida antes do previsto, o Governo decidiu iniciar a segunda fase de desconfinamento já na próxima segunda-feira, 23 de agosto.

(Notícia em atualização às 12h34)

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