Mau tempo: Agricultores exigem ao Governo seguros agrícolas públicos
Após o mau tempo de segunda-feira, a CNA pede a concretização de Seguros Agrícolas Públicos, adequados à realidade da agricultura familiar portuguesa.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) exige ao ministro tutela “o rápido levantamento dos prejuízos junto dos agricultores” assim como a agilização do pagamento de indemnizações, devido ao mau tempo que semeou mais prejuízos na segunda-feira. Nesta oportunidade, a organização reitera a necessidade de implementação do seguro agrícola público, uma vez que a CNA e filiadas lutam pela “concretização de Seguros Agrícolas Públicos, adequados à realidade da Agricultura Familiar Portuguesa”.
“A CNA está solidária com as agricultoras e os agricultores que mais uma vez enfrentam o mau tempo que assolou o país na tarde de ontem [segunda-feira], e que se prevê que continue nas próximas horas”, lê-se numa nota hoje divulgada. Segundo a entidade, “numa primeira análise estima-se que sejam milhares os hectares afetados e que vão levar a elevados prejuízos em culturas como o milho ou hortícolas”.
Por isso, a CNA exige ao Ministério da Agricultura “o rápido levantamento dos prejuízos junto dos agricultores, a simplificação dos processos administrativos e que a indemnização seja real e rapidamente paga aos produtores”. Para a entidade, “não se admite que aconteça o mesmo que noutras situações em que muitos produtores nunca receberam as indemnizações devidas”.
De acordo com a CNA é ainda preciso, tendo em conta “a crescente frequência de fenómenos extremos” que se avance com “soluções de médio e longo prazo para a estabilidade produtiva e financeira dos produtores.”
“É cada vez mais evidente a justeza da luta da CNA e filiadas pela concretização de Seguros Agrícolas Públicos, adequados à realidade da Agricultura Familiar Portuguesa, já que os existentes não são adequados à maioria dos agricultores”, salientou a Confederação.
A CNA alerta ainda que “os prejuízos e a falta de liquidez financeira das explorações agrícolas afetadas, levará à falência e ao abandono forçado da atividade e do mundo rural, reduzindo a produção nacional e prejudicando fortemente a soberania alimentar de Portugal”.
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