Há agravamento da pandemia. Novas medidas “far-se-ão se for necessário”, diz Temido
As medidas que estão em vigor para travar a propagação da Covid-19 vão manter-se, mas se continuar o "agravamento" da situação epidemiológica, poderão ser feitas adaptações.
Portugal continental vai continuar em situação de alerta devido à pandemia de Covid-19 até 30 de novembro, anunciou esta quinta-feira o Governo. As medidas de combate à pandemia vão manter-se por agora, mas Marta Temido admite um “agravamento” da situação epidemiológica, pelo que poderão ser feitas adaptações se necessário.
Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, a ministra da Saúde fez uma atualização da situação epidemiológica no país, que “ao longo da última semana conheceu um agravamento, que acompanha a situação europeia”. A incidência cumulativa situava-se em 94 casos por 100 mil habitantes, abaixo da média nos países da UE, de 235 casos, e “tem vindo a aumentar em linha com o Rt, que está acima de 1 há 16 dias e se situa em 1,08”, adiantou.
Desta forma, está a “confirmar-se o que era o cenário esperado em função ainda da transmissão da doença, embora num contexto em que a larga maioria da população está vacinada”, apontou Temido. A ministra admite que o vírus já causa doença menos grave e consequências fatais em número menos significativo, mas reitera que o “estado de alerta tem de manter-se, sendo importante respeito por conjunto de regras”, nomeadamente de proteção e de utilização de máscaras em espaços e ambientes fechados.
Marta Temido sublinhou que “temos vários fatores de contexto que são preocupantes: a situação europeia, temperaturas frias, circulação de vírus respiratórios associados ao período de temperaturas em que vamos entrar e maior tendência das pessoas se concentrarem em espaços menos arejados”. Ainda assim, apontou que serão feitas campanhas de informação para a população e a situação será seguida, admitindo que “novas medidas ou eventuais adaptações destas medidas far-se-ão se for necessário”.
Neste contexto, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que a situação de alerta é prorrogada até às 23h59 do dia 30 de novembro. Portugal continental está em situação de alerta, que é o nível de resposta a situações de catástrofe mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, desde o dia 1 de outubro, e estava previsto terminar no domingo.
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