1,5 milhões de pessoas acima dos 65 anos devem receber reforço da Covid-19 até ao natal
A Direção-Geral da Saúde (DGS) conta vacinar 1,5 milhões de pessoas acima dos 65 anos com o reforço da Covid-19 até 19 de dezembro.
Até ao natal, cerca de 1,5 milhões de pessoas acima dos 65 anos terão já sido vacinadas com o reforço contra a Covid-19. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, assume que a atual taxa de 40% desta dose “está abaixo” do que gostaria, mas justifica com o facto de muitas das pessoas dessa faixa etária ainda não estarem aptas a receber a dose de reforço, dado terem recebido a segunda dose há menos de seis meses.
“Acima dos 65 anos, residem em Portugal 2,3 milhões de pessoas. Desses 2,3 milhões, no dia 19 de dezembro – que é uma meta que nós tínhamos colocado -, cerca de 1,5 milhões já estarão aptas a receber a vacina contra a Covid-19, porque já terão aquele intervalo dos seis meses”, declarou esta segunda-feira Graça Freitas, em entrevista à RTP3. As autoridades de saúde contam ter “perto de 2,3 milhões de pessoas” vacinadas com o reforço contra a Covid-19 no início do ano, acrescentou.
No entanto, a diretora-geral da Saúde apontou que, apesar de várias pessoas ainda não poderem receber esta dose, estas “não podem atrasar a vacina da gripe”. O facto de decorrerem duas campanhas de vacinação em simultâneo pode estar a baralhar as pessoas, considerou, explicando que a vacina da gripe não tem limitações. “Acima dos 65 anos, qualquer pessoa a pode apanhar”, afirmou. Apenas a vacina de reforço contra a Covid-19 tem a limitação de, além da idade a partir dos 65 anos, cumprir, ao mesmo tempo, mais de seis meses desde a última dose.
De acordo com os dados divulgados no domingo pela Direção-Geral da Saúde, cerca de 811.000 pessoas foram vacinadas contra a gripe e 352.000 receberam o reforço da vacina contra a Covid-19, números que estão abaixo do objetivo das autoridades de saúde. “Tivemos um mês de outubro com poucas vacinas da gripe entregues e optámos por começar a vacinação de dois grupos muito importantes – pessoas com 80 ou mais anos e pessoas em lares ou instituições semelhantes”, esclareceu Graça Freitas.
Além disso, a diretora-geral da Saúde justificou o atraso na vacinação pelo facto de as pessoas com 80 ou mais terem dificuldades em aderir ao processo e de se deslocarem até aos locais de vacinação, “porque em princípio não vão espontaneamente”. Estas dificuldades já aconteceram nas fases anteriores de inoculação contra o coronavírus, lembrou. Para colmatar estas falhas, a estratégia deverá passar pelo “nível local”. Ou seja, à colaboração de familiares e amigos que levem as pessoas desta faixa etária aos centros de vacinação, juntarem-se os esforços de instituições locais como os centros de saúde, as juntas de freguesia, a Guarda Nacional Republicana e os bombeiros.
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