Patrões reúnem esta semana para decidir regresso à concertação
Decisão final sobre regresso à concertação social será tomada em reunião desta semana, mas ainda está a ser decidido se terá um formato presencial ou remoto.
Os líderes das confederações patronais vão reunir esta semana para avaliar os resultados dos encontros com o Presidente da República e com o primeiro-ministro, para decidir quando e como regressarão à concertação social, apurou o ECO.
Os líderes das confederações patronais decidiram suspender a sua participação na concertação social no mês passado, após o Governo ter aprovado em Conselho de Ministros medidas de alteração à legislação laboral, numa fase em que o Executivo ainda tentava negociar a viabilização do Orçamento do Estado para 2022 com o Bloco de Esquerda, PCP, PAN e PEV.
Para emendar a mão, António Costa pediu desculpa de imediato e explicou que se tratou de um “lapso”. Depois recebeu os patrões, na semana passada, onde reafirmou “a centralidade da concertação social na construção de soluções para o futuro do país”. O encontro de mais de duas horas, que contou com a presença da ministra do Trabalho, correu bem e os líderes das confederações patronais admitiram regressar à concertação social, considerando que ficaram esclarecidas questões que motivaram a suspensão da sua participação neste órgão.
“Tivemos uma conversa muito produtiva e bastante esclarecedora no sentido da dignificação da própria concertação social. Em breve, será transmitido à comunicação social qual a decisão que será tomada pelas confederações relativamente ao regresso às reuniões da concertação social”, declarou no final do encontro Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), que assumiu o papel de porta-voz dos “patrões”.
Essa decisão final será tomada na reunião desta semana (ainda está a ser decidido se terá um formato presencial ou remoto) e, de acordo com o apurado pelo ECO, caiu mal “o truque saloio do Executivo” em dar o regresso do “patrões” como garantindo, colando-os às negociações do salário mínimo e à apresentação da agenda do Portugal 2030.
O ministro do Planeamento disse em declarações ao Dinheiro Vivo este fim de semana que o Governo ia reunir com os parceiros sociais para lhes mostrar o documento. “Terça-feira vou receber os representantes políticos e sociais, começando pelas audições com todos os partidos e prosseguindo, então em conjunto com a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, com os encontros com o conselho permanente da Concertação Social, para recolher impressões e contributos”, explicou Nelson de Souza.
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