EDP acelera no hidrogénio verde com nova meta de 1,5 GW até 2030
O plano de investimento da EDP irá envolver a reconversão de antigas centrais a carvão em centros de hidrogénio, mas também a aposta em novas unidades de produção.
A EDP tem uma nova meta para o hidrogénio renovável: a elétrica compromete-se a investir em projetos que garantam 1,5 GW de capacidade até 2030. Este novo objetivo da empresa foi assumido esta terça-feira na Conferência do Clima das Nações Unidas, em Glasgow. Desta forma, a EDP tornou-se numa das 28 empresas que assumiram o compromisso H2Zero do WBCSD – World Business Council for Sustainable Development no sentido de acelerar o desenvolvimento de hidrogénio renovável a uma escala global.
Outras energéticas como Iberdrola, Enel, Engie, Shell ou Total também assinaram o compromisso da WBCSD.
O plano de investimento da EDP irá envolver a reconversão de antigas centrais a carvão em centros de hidrogénio, mas também a aposta em novas unidades de produção.
As metas do Plano Estratégico da EDP já previam investimentos em 250 MW de capacidade de eletrolisadores de hidrogénio até 2025. Para já, o projeto GreenH2Atlantic da EDP Inovação está já no lote de 73 projetos eleitos por Bruxelas para aceder a financiamento de mil milhões de euros, no âmbito do Horizonte 2020. Este projeto, a instalar nos terrenos da antiga central a carvão de Sines, visa contribuir para que a Europa alcance a eletrólise ecológica e a um preço acessível à escala do GW, em 2030, desenvolvendo e demonstrando um eletrolisador alcalino pioneiro de 100 MW em TRL8, impulsionando a expansão, normalização e automatização da produção.
Também recentemente, a EDP Renováveis e a Repsol anunciaram que vão trabalhar juntas na avaliação de novas oportunidades de investimento em projetos de hidrogénio renovável na Península Ibérica. Em estudo estão já três potenciais projetos para avaliação: um em Portugal e dois em Espanha. No primeiro caso, trata-se então de explorar a produção de hidrogénio renovável em Sines, aproveitando a complementaridade da operação da Repsol na mesma localização, enquanto potencial utilizador do gás renovável, e o papel da EDP enquanto fornecedora de energia.
Em Espanha, foram identificados dois projetos. Um deles, liderado pela EDP, é o projeto de Aboño, onde se pretende criar o ‘Vale do Hidrogénio’ das Astúrias, um dos eixos do plano de transição energética previsto para esta província. A Repsol lidera o projeto de um eletrolisador de larga escala, inserido no projeto do ‘Corredor de Hidrogénio Basco’.
“A EDP tem clara noção de que o combate às alterações climáticas é urgente e exige ação imediata. É por isso que temos o objetivo de garantir uma produção de energia 100% renovável até 2030 e estamos a dar passos concretos no sentido de apoiar a descarbonização de todos os setores da economia”, adianta Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP. “O hidrogénio renovável terá um papel crucial neste caminho e não há tempo a perder. O momento de reforçar a ambição e de fazer acontecer é agora”, reforça.
O hidrogénio verde foi um dos temas em debate esta terça-feira na COP26, no dia dedicado à Indústria, com a participação de Miguel Setas, administrador do grupo EDP, na conferência “The Roadmap to Net-Zero with Hydrogen”, em Glasgow.
Em conjunto, os objetivos das empresas que subscrevem o compromisso H2Zero equivalem a 25% do potencial de descarbonização proporcionado pelo hidrogénio até ao final da década, de acordo com as estimativas do Hydrogen Council.
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