Bruxelas aprova compra da Nuance pela Microsoft por não afetar concorrência europeia
A Comissão Europeia assinala que, apesar das sobreposições horizontais das atividades das duas empresas tecnológicas, “a Microsoft e a Nuance oferecem produtos muito diferentes”.
A Comissão Europeia aprovou esta terça-feira a compra da tecnológica de cuidados de saúde Nuance pela ‘gigante’ Microsoft, concluindo que a fusão não afeta a concorrência no mercado europeu, anunciou a instituição.
“A Comissão Europeia aprovou incondicionalmente, ao abrigo do Regulamento de Fusões da UE, a proposta de aquisição da Nuance Communications pela Microsoft Corporation” por entender que “a operação não levanta preocupações em matéria de concorrência no Espaço Económico Europeu”, informa a instituição, em comunicado.
Enquanto a Nuance é uma empresa de ‘software’ de transcrição focada no setor dos cuidados de saúde, a Microsoft é uma empresa de tecnologia global. Ambas estão sediadas nos Estados Unidos.
Apesar de atuarem em áreas semelhantes, o executivo comunitário entende que “a transação, tal como notificada, não afeta significativamente a concorrência nos mercados de ‘software’ de transcrição, serviços de nuvem, serviços de comunicação empresarial, gestão de relações com clientes, ‘software’ de produtividade e sistemas operativos para computador”.
Tendo por base uma investigação ao mercado, a Comissão Europeia assinala que, apesar das sobreposições horizontais das atividades das duas empresas tecnológicas, “a Microsoft e a Nuance oferecem produtos muito diferentes”.
Relativamente à ligação vertical, a investigação de Bruxelas conclui que “os fornecedores concorrentes de serviços de transcrição nos cuidados de saúde não dependem da Microsoft para os serviços de computação em nuvem e os fornecedores de serviços de transcrição no setor dos cuidados de saúde não são utilizadores particularmente importantes dos serviços de computação em nuvem”.
Já quanto à concorrência, “a entidade combinada [que sairá da fusão] não terá capacidade e/ou incentivo para excluir os seus concorrentes”, adianta o executivo comunitário. A operação foi notificada à Comissão Europeia em 16 de novembro passado.
Cabe a Bruxelas avaliar as fusões e aquisições que envolvem empresas com um volume de negócios superior a determinados limiares e de impedir as concentrações que possam impedir significativamente uma concorrência justa no mercado europeu.
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