UE quadruplica ajuda humanitária no Afeganistão para 200 milhões de euros

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

Von der Leyen vai anunciar aos líderes do G7 um aumento da ajuda humanitária ao Afeganistão dos atuais 57 milhões de euros para mais de 200 milhões, revelou a presidente da Comissão Europeia.

A União Europeia vai anunciar esta terça-feira, na reunião dos líderes do G7, um aumento da ajuda humanitária ao Afeganistão dos atuais 57 milhões de euros para mais de 200 milhões, revelou a presidente da Comissão Europeia.

“Na videoconferência de hoje [terça-feira] dos líderes do G7, vou anunciar um aumento da ajuda humanitária aos afegãos, dentro e em redor do país, do orçamento da UE, de mais de 50 milhões de euros para mais de 200 milhões de euros”, escreveu Von der Leyen na sua conta oficial na rede social Twitter.

A presidente da Comissão acrescenta que este aumento da ajuda humanitária a partir do orçamento comunitário para 2021 junta-se “às contribuições dos Estados-Membros para ajudar o povo do Afeganistão”.

Os líderes do G7 vão reunir-se para “discussões urgentes” sobre o Afeganistão, onde os talibãs recusaram que a operação internacional para retirar milhares de estrangeiros e colaboradores afegãos ultrapasse a “linha vermelha” de 31 de agosto. A reunião, em formato virtual, foi convocada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, cujo país preside atualmente ao grupo das economias mais desenvolvidas, o denominado G7.

Além do Reino Unido, integram o G7 Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália e Japão. A União Europeia, que tem o estatuto de “oitavo membro” do fórum — sem direito a ser anfitrião ou organizador de reuniões –, estará representada na reunião virtual pelos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Von der Leyen.

Prazo para saída dos EUA gera tensão

A reunião realiza-se numa altura de maior tensão entre os talibãs e as forças internacionais sobre o prazo para terminar a retirada de milhares de pessoas que se têm concentrado no aeroporto de Cabul desde a tomada de poder pelos rebeldes, em 15 de agosto.

Os EUA retiraram 37.000 pessoas do Afeganistão desde 14 de agosto, número que ascende a 42.000 desde o final de julho, enquanto o Reino Unido transportou 6.600 desde a véspera da tomada de Cabul.

A braços com críticas à forma como conduziu o processo, o presidente Joe Biden admitiu prolongar a operação para lá de 31 de agosto, a data que tinha fixado para terminar a retirada das tropas dos EUA, após uma guerra de 20 anos no Afeganistão. O Reino Unido indicou pretender discutir a questão, até porque depende, como os outros países, da estrutura de segurança que as forças norte-americanos mantêm no aeroporto de Cabul, onde também há ameaças de atentados.

A questão não ficou sem uma resposta clara dos talibãs, que definiram o prazo da saída das forças estrangeiras como uma “linha vermelha”. “Se os EUA ou o Reino Unido pedirem mais tempo para continuar as evacuações, a resposta é não. Ou haverá consequências”, afirmou um dos porta-vozes dos talibãs, Shuail Shaheen, na véspera do G7.

Fontes do movimento rebelde adiantaram que, no mínimo, os talibãs não anunciarão o seu governo enquanto houver um soldado dos EUA no país.

A uma semana do fim do prazo de 31 de agosto, o G7 deverá discutir uma posição comum para lidar com os talibãs, tendo sido admitida uma imposição imediata de sanções, mas a situação em Cabul poderá condicionar eventuais medidas.

No terreno, milhares de afegãos mantêm a esperança de poderem fugir ao extremismo dos talibãs, que se têm esforçado por dar uma imagem mais suave de si próprios, face às recordações da violência que caracterizou o seu primeiro governo (1996-2001).

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Investidores injetam 4,3 mil milhões de dólares em startups de táxis aéreos

  • ECO
  • 24 Agosto 2021

O valor resulta de uma combinação de capital de risco e entradas em bolsa por via de SPAC, veículos cotados que têm o único propósito de adquirirem outras empresas.

Os investidores financiaram a mobilidade aérea de próxima geração em 4,3 mil milhões de dólares nos oito primeiros meses do ano, um montante recorde que representa um aumento de 83% em cinco anos.

Este valor foi atingido através de uma combinação de capital de risco e entradas em bolsa por via de SPAC, veículos cotados que têm o único propósito de adquirirem outras empresas, segundo dados da consultora empresarial McKinsey.

Ainda que considere que esta indústria tem um futuro promissor, Peter Harrop, presidente da consultora tecnológica IDTechEx, citado pelo Financial Times, avisa que milhares de milhões de dólares foram investidos por pessoas que “querem o dinheiro fácil de encontrar a próxima Tesla”. Peter Harrop nota que, de momento, há empresas que “ainda não têm um produto a vender o sonho”, mas que já angariam milhares de milhões.

No entanto, há sinais de que a exuberância do mercado pode estar a diminuir, à medida que várias startups de táxis aéreos de grande visibilidade, como Lilium, Archer e Vertical Aerospace, se preparam para irem para a bolsa este ano.

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AEP admite que empresas exijam vacina na contratação de trabalhadores

  • ECO
  • 24 Agosto 2021

O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) admite que as empresas poderão ter a vacinação como requisito de contratação de novos trabalhadores, de forma a reduzir o risco no trabalho.

A vacina contra a Covid-19 poderá fazer a diferença na hora de encontrar um emprego. Para o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), as empresas poderão exigir a vacinação na contratação de pessoal.

“Podem, em termos de contratação de novos recursos, ter nos seus requisitos a opção de contratar pessoas que melhor contribuem em termos de saúde pública para um maior bem-estar e menor risco na empresa”, disse Luís Miguel Ribeiro, citado pela RTP. “É uma questão de razoabilidade e de bom senso”, acrescentou.

O líder da AEP lembra que a vacinação reduz de forma substancial a possibilidade de doença grave, contribuindo assim para a queda do absentismo no trabalho.

“Claro que uma empresa, se contratar pessoas que optam por não ter a vacina, sabem que estão a contratar pessoas que podem trazer riscos acrescidos”, afirmou, considerando que contratar um trabalhador que não foi vacinado poderá representar prejuízos para a empresa.

Portugal encaminha-se para ter 85% da população completamente vacinada contra a Covid-19, sendo um dos países com taxa de vacinação mais elevada em todo o mundo.

A questão da vacinação poderá levantar questões legais, uma vez que a vacina não é obrigatória, sendo apenas recomendada, e também porque não existe regulamentação concreta em relação a esta matéria.

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Ryanair ataca TAP por “bloquear” slots em Lisboa e pede intervenção do Governo e da Comissão Europeia

Sem meias palavras, o CEO da Ryanair atacou a TAP por estar a "bloquear" slots em Lisboa que acaba por não usar. Michael O'Leary exige a intervenção do Governo e da Comissão Europeia.

O líder da Ryanair acusou a TAP de bloquear cerca de 20% dos seus slots no Aeroporto Humberto Delgado, os quais são libertados semanalmente, mas já sem a hipótese de serem usados por outras empresas. Michael O’Leary pede a intervenção do Governo e da Comissão Europeia, através do que vier a decidir no caso de ajuda estatal, para forçar a TAP a libertar cerca de 200 slots, prometendo que, se tal acontecer, irá investir mais em Portugal.

“Se esses slots forem libertados, vamos investir mais em Portugal e o turismo irá recuperar mais depressa“, assegurou O’Leary, acusando os responsáveis da TAP de reterem os slots que “sabem que não vão usar ou que não podem usar” por causa da redução de 20% das aeronaves prevista no processo de reestruturação da empresa. Numa conferência de imprensa, em que apresentou 26 novas rotas de inverno em Portugal, o responsável disse explicitamente que a “TAP bloqueia deliberadamente slots em Lisboa que não vai utilizar”.

O gestor da transportadora aérea low-cost disse ainda que a TAP, eventualmente, desbloqueia os slots não utilizados, mas com um “pré-aviso de 4/3/2 semanas”, o que não permite à Ryanair usá-los atempadamente. Michael O’Leary reconheceu que a TAP “não está a fazer nada de ilegal”, mas argumentou que é prejudicial para a economia portuguesa, uma vez que a empresa está “a bloquear cerca de 300 voos”. “O acumular de slots da TAP impede a concorrência e a recuperação”, criticou, pelo que é necessário acabar com isso para “maximizar o crescimento”, nomeadamente o da Ryanair.

Este mês, a TAP assumiu o compromisso de abdicar de menos de uma dezena de slots no aeroporto de Lisboa. Este é um dos pontos expressos pelo Governo na resposta às novas exigências da Comissão Europeia para a aprovação do plano de reestruturação da companhia aérea. Os slots, a joia da coroa de uma companhia aérea, são, na prática, as faixas horárias que as companhias aéreas podem usar para descolar e aterrar. Chegam a ser vendidos por 75 milhões de dólares nos principais aeroportos do mundo.

A comparação com a TAP foi constante na conferência de imprensa em que foram anunciadas novas rotas, garantindo a empresa que terá 124 destinos no inverno, “em comparação com os 75 destinos da TAP”, a partir de Portugal. Michael O’Leary argumentou que a libertação dos slots não iria apenas ser aproveitada pela sua empresa, mas também por outras transportadoras aéreas: “A TAP está a impedir que outras operadoras invistam em Portugal. Eles não gostam da concorrência e não gostam dos baixos preços da Ryanair“. “Isto é uma fraude”, rematou.

Na mesma lógica, o CEO da empresa criticou a demora da construção do novo aeroporto no Montijo, o qual criticou por ainda não estar em andamento, prometendo abrir mais rotas e criar mais empresas assim que este existir.

Questionado diretamente sobre as declarações do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, o qual disse que “não aceita intromissões nem lições de uma companhia aérea estrangeira que responde apenas perante os seus acionistas”, Michael O’Leary respondeu que o ministro “pode não gostar dos conselhos, mas deve ouvi-los”. “Não espero que os políticos entendam como funcionam os slots, mas estamos a expor os nossos argumentos”, notou.

O irlandês deu o exemplo italiano em que os reguladores foram “mais agressivos” a forçar a libertação dos slots da Alitalia, a qual teve de reduzir em 25% a sua frota e também bloqueou slots, de acordo com a Ryanair.

Comprar a TAP? “Nem de graça”

Questionado sobre o futuro da TAP, cujo apoio estatal é atacado pela Ryanair — até judicialmente –, o CEO da transportadora aérea estimou que “não há forma de o Governo português manter o controlo da TAP daqui a cinco anos“, pelo que terá de se encontrar uma solução a médio prazo. Se for comprada pela Lufthansa, Michael O’Leary disse ter “pena” dos portugueses, uma vez que a companhia aérea alemã é a “mais cara da Europa”.

E se fosse a própria Ryanair? “Não compraríamos [a TAP], mesmo se a oferta do Governo fosse de graça”, garante, criticando os prejuízos históricos da companhia aérea ao longo das décadas.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h21)

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Audiobooks pagam IVA a taxa reduzida

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

Os livros físicos ou eletrónicos sobre “matérias de caráter científico, educativo, literário, artístico, cultural, recreativo ou desportivo” terão taxa de IVA de 6%, avisa a Autoridade Tributária.

A venda de livros em formato áudio (audiobooks) beneficia de taxa reduzida do IVA, tal como sucede com os livros em papel e em formato digital (ebooks), de acordo com o entendimento do fisco.

Num esclarecimento a um pedido de informação vinculativa recentemente publicado no seu site, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) precisa que a venda de livros que versem sobre “matérias de caráter científico, educativo, literário, artístico, cultural, recreativo ou desportivo” beneficiam, atualmente, da taxa reduzida de IVA (que no continente é de 6%).

Esta taxa de IVA, precisa a resposta da AT, aplica-se independentemente do suporte em que os livros se encontrem, designadamente formatos em CD, DVD ou através do download dos ficheiros do audiobook em plataformas de venda ‘online’.

Tal sucede porque estes formatos dos livros têm enquadramento na verba 2.1 da lista do IVA que elenca os materiais que podem beneficiar da taxa reduzida do imposto e que abrange, nomeadamente, os “livros, jornais e revistas de informação geral e outras publicações periódicas que se ocupem predominantemente de matérias de caráter científico, educativo, literário, artístico, cultural, recreativo ou desportivo, em todos os suportes físicos ou por via eletrónica, ou em ambos, com exceção das publicações que consistam total ou predominantemente em conteúdos vídeo ou música”.

Na origem desta resposta da AT esteve a dúvida de uma sociedade anónima, que tem como principal atividade a edição e publicação de livros, sobre a taxa de IVA que devia aplicar na venda de livros em formato áudio, especificando que estes consistem numa gravação do conteúdo de um livro existente em formato papel, narrado em voz alta.

A AT sublinha que a referida verba da lista da taxa reduzida do IVA exclui as publicações “que consistam total ou predominantemente em conteúdos de vídeo ou música”. A taxa reduzida do IVA é de 6% em Portugal continental, de 5% na Região Autónoma da Madeira e de 4% na Região Autónoma dos Açores.

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Nova SBE abre 3ª edição da formação em “Liderança Social para Gestores”. Candidaturas estão abertas

As inscrições para a terceira edição do programa “Liderança Social para Gestores”, limitadas a 25 participantes, já estão abertas. A formação tem início a 14 de outubro.

A Nova SBE vai realizar a terceira edição do programa “Liderança Social para Gestores”. Com uma abordagem hands-on, durante os quatro dias de formação intensiva, os participantes serão postos à prova, divididos em grupos de trabalho com os colegas e várias organizações sociais. O programa tem início a 14 de outubro.

A formação — que conta com apoio da Fundação “la Caixa” e do BPI — tem como objetivo “dotar os profissionais do setor privado com o conhecimento e o network necessários para darem os primeiros passos no setor social”, lê-se em comunicado. O contexto e especificidades do setor, modelos de governance, regimes fiscais e legais, relatórios e medição de impacto e modelos de negócio são alguns dos temas abordados.

No final do programa, haverá um processo de matchmaking entre gestores e organizações, criando a oportunidade de os gestores voluntariarem as suas competências, de uma forma contínua e consistente, contribuindo para uma causa ajustada ao seu perfil pessoal. Os participantes poderão contar ainda com acompanhamento personalizado durante as sessões e apoio pós-programa, para procurarem oportunidades em funções não executivas em organizações sociais.

A primeira edição deste programa decorreu em junho de 2020, em formato piloto para um grupo restrito de participantes, e a segunda edição, aberta ao público em geral, contou com 25 gestores participantes. As inscrições para a terceira edição do programa “Liderança Social para Gestores”, limitadas a 25 participantes, estão disponíveis aqui.

O valor da inscrição nesta formação pode contar com uma redução de 50%, graças ao apoio da Fundação “la Caixa” e do BPI, que concedem aos participantes a possibilidade de acederem a este programa com uma bolsa no valor de 500€.

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Primeira comunidade de energia nasce em Miranda do Douro. Governo quer mais, para ajudar a baixar fatura da luz

Inaugurado primeiro projeto em Miranda do Douro, que vai baixar gastos energéticos em 10% face ao preço de mercado. Galamba revela que mais comunidades de energia serão aprovadas em breve no país.

Dois anos após a publicação do regime jurídico criado pelo Decreto-Lei n.º 162/2019, que transpõe parcialmente a Diretiva Comunitária para as Energias Renováveis (RED II), a primeira comunidade de energia em Portugal será finalmente inaugurada esta terça-feira em Miranda do Douro. Apesar de serem uma aposta do Governo para a transição energética e climática em curso, as comunidades de energia tardaram em sair do papel, obrigando mesmo a uma alteração significativa da legislação original.

A ser finalizada para que possa ser publicada em breve, o Governo tem já uma segunda versão desta legislação — “revista e melhorada” — e ao ECO/Capital Verde o secretário de Estado da Energia, João Galamba, confirmou que além desta primeira comunidade de energia, e de uma outra no Porto, “há já outras na calha para serem aprovadas”.

Na visão do governante, num momento em que preços da eletricidade batem máximos históricos nos mercados grossistas, “as comunidades de energia — além de toda as medidas que vamos implementar — são também um extraordinário instrumento para reduzir a fatura da energia elétrica aos seus membros. Os projetos de comunidades de energia, sobretudo no momento atual, são bastante relevantes”, diz Galamba.

E garante que “há várias comunidades de energia em fase adiantada que serão aprovadas muito rapidamente. A nova legislação vai beneficiar as já existentes, vai facilitar os processos em curso e trazer ainda mais projetos”, garantiu o governante, revelando que no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “será aberto um aviso para comunidades de energia no âmbito da eficiência energética, mas também estas também são elegíveis e podem candidatar-se a vários apoios”.

Para já, explica, esta é a primeira comunidade de energia a ser inaugurada no país, no âmbito do projeto 100 Aldeias da empresa Cleanwatts, que abrange sobretudo sobretudo os territórios do interior do país. Uma parceria entre a Cleanwatts e a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro, este é então o “primeiro projeto de mais de uma centena de comunidades que a empresa espera implementar em Portugal nos próximos meses”.

O projeto da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro é o primeiro a receber aprovação final ao abrigo do novo regime jurídico que entrou em vigor em 2020. No terreno, explicam os promotores, a comunidade de energia inclui capacidade solar fotovoltaica instalada em vários telhados permitindo à Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro reduzir os seus gastos energéticos em pelo menos 10% em comparação com o preço padrão de mercado da eletricidade.

“Nos próximos meses, a comunidade de energia crescerá, incorporando outros consumidores locais de energia e produtores de energia solar para o benefício coletivo da comunidade“, refere a Cleanwatts em comunicado.

João Galamba, que marcará presença na inauguração, garante que “as comunidades de energia são uma aposta do Governo e este é um excelente exemplo de um projeto que envolve uma empresa, a autarquia e um conjunto de agentes locais, que é exatamente o que nós pretendemos”. Sobretudo, diz o secretário de Estado, “numa altura em que vamos facilitar ainda mais a criação destas comunidades, com um impulso extra da nova legislação. Vem também aí o PRR, que também tem verbas para estes projetos”.

A nova legislação, revela, trará então regras menos rígidas e ainda modalidades específicas para a indústria, “um setor para o qual as comunidades de energia são muito importantes, sobretudo para os eletrointensivos, que são os que mais têm a beneficiar” e por isso precisam de um “tratamento mais favorável” ao nível da proximidade.

“Ao fim de dois anos desta legislação em vigor, vamos revê-la, partindo da experiência, dos projetos que foram sendo desenvolvidos, das barreiras e dificuldades que surgiram, e estamos a tentar melhorar significativamente o seu enquadramento”, garantiu Galamba em declarações ao ECO/Capital Verde.

Outra das mudanças passa pela abolição de coeficientes fixos para participação na comunidade. “Isso tornava o funcionamento mais rígido. Idealmente uma comunidade não tem estes valores fixos de partilha. O que vai acontecer com a nova legislação é que vai passar a haver uma plataforma digital de gestão dinâmica dos fluxos energéticos que dispensa esses coeficientes. Torna a comunidade em algo mais dinâmico, gerida e otimizada em tempo real. A comunidade produz, armazena, consome, vende e compra energia. É a plataforma que gere tudo“, refere o secretário de Estado.

Garante que isso vai trazer todos os benefícios da digitalização para as comunidades de energia, já que “há várias empresas a desenvolver soluções para estas plataformas em Portugal”, entre elas a Cleanwatts, cujo Sistema Operativo para comunidades de energia (suportado por uma solução de Virtual Power Plant) está já a ser “expandido para outros mercados, nomeadamente Europa e EUA”. Na Europa, espera-se que cerca de 37% das residências participem em comunidades de energia até 2050.

“Estamos orgulhosos de ser a primeira instituição com uma comunidade de energia em Portugal. Acreditamos ser uma vantagem não só para a instituição como também para todos os membros da comunidade envolvente. O projeto não exigiu investimento, pelo que recomendo esta opção a outras instituições, de modo a reduzir custos de energia bem como a pegada carbónica”, disse em comunicado Arménio Gomes, Vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro.

Fundada em 2020, a Cleanwatts tem desenvolvido vários projetos-piloto de comunidades de energia em Portugal. “Estamos orgulhosos, especialmente devido ao impacto social positivo que este projeto terá na comunidade. Numa altura em que os preços da energia estão a disparar em toda a Europa, é importante realçar que as comunidades de energia representam uma solução eficaz para dois enormes desafios: as alterações climáticas e a pobreza energética. O nosso Sistema Operativo foi desenvolvido para acelerar os benefícios da transição energética global, oferecendo aos participantes energia limpa de origem local e a preços acessíveis, ao mesmo tempo que garante resiliência e segurança de abastecimento para toda a comunidade”, rematou Michael Pinto, CEO e cofundador da Cleanwatts.

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Ryanair lança 26 rotas no inverno com investimento de 300 milhões em Portugal

O lançamento de 26 novas rotas vai criar 300 novos empregos, assegura a Ryanair. Companhia aérea investe 300 milhões de euros no país.

A Ryanair vai aumentar o número de aviões na base de Lisboa com três novas aeronaves, num total de sete a partir de novembro, o que lhe permitirá criar 26 novas rotas, elevando para 124 os destinos da transportadora aérea a partir de Portugal. Este é um investimento de 300 milhões de euros que vai criar 300 novos empregos, anunciou a empresa esta terça-feira.

“O crescimento da Ryanair em Portugal estimula a rápida recuperação do turismo e da economia portuguesa, criando mais de 300 novos empregos bem remunerados para pilotos, tripulantes de cabine e IT developers em Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada”, afirma a empresa. Os novos destinos incluem Bari, Agadir, Lanzarote, Malta, Palermo, entre outros, acompanhado de uma campanha promocional com lugares à venda a partir de 19,99 euros. O objetivo é transportar mais de 11,5 milhões de passageiros em Portugal.

O CEO, Michael O’Leary, nota que a Ryanair é um “grande investidor e empregador” no país e assume o compromisso de continuar a investir “uma vez que continuamos empenhados na recuperação do turismo nas regiões e na criação de empregos locais bem remunerados”. O irlandês admitiu, em conferência de imprensa, que teve de despedir 26 pessoas no ano passado em Portugal, mas que estas foram convidadas a voltar.

Com este anúncio, a Ryanair diz que vai ter a “maior programa de inverno em Portugal de sempre”. Porém, o negócio até ao momento não está a correr na perfeição: segundo O’Leary, o “volume [de venda de bilhetes] é bom, mas o preço [médio de venda] está fraco”, explicou, apesar de dizer que a companhia está a “recuperar mais rapidamente do que outras transportadoras” na Europa.

Relativamente a Portugal, questionado sobre o porquê de a empresa portuguesa registar prejuízos todos os anos em território nacional, o CEO da Ryanair justificou-o com o “elevado investimento e crescimento” no país nos últimos anos, o que se traduziu numa “atividade menos lucrativa” do que noutros países. Ainda assim, “não perdemos dinheiro em Portugal”, garante, explicando que os resultados da empresa são “pan-europeus” e não nacionais. “Nunca recebemos nenhuma ajuda estatal em Portugal”, assegura.

Para o futuro, a companhia aérea tem encomendados 210 novos aviões da Boeing, os quais vão permitir reduzir os custos e o consumo de combustível (-16%), ao mesmo tempo que aumenta em 4% o número de lugares por aeronave e cria mais espaço para melhorar o conforto dos passageiros a bordo.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h22)

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Nas notícias lá fora: Táxis voadores, Nova Zelândia e Steve Jobs

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Agosto 2021

A Samsung vai investir milhares de milhões no crescimento pós-pandemia. Os Talibãs recusam o prolongamento da estadia dos EUA no Afeganistão. A Nova Zelândia vive o seu pior surto de Covid-19.

A Samsung prepara um investimento de cerca de 176 mil milhões de euros até 2023 para reforçar a sua posição em mercados-chave depois da pandemia. A Nova Zelândia está a enfrentar o seu pior surto de coronavírus, ao registar 41 casos esta terça-feira, que podem ascender brevemente aos mil, de acordo com especialistas. O Afeganistão continua na ordem do dia, com os talibãs a rejeitarem um prolongamento do prazo de saída dos militares norte-americanos para lá deste mês. Estas e outras notícias estão em destaque na imprensa internacional.

Reuters

Samsung vai investir 176 mil milhões de euros até 2023 para crescimento pós-pandemia

A Samsung vai investir 240 biliões de won sul-coreanos (quase 176 mil milhões de euros) nos próximos três anos para expandir a sua presença nas áreas de biofarmacêutica, inteligência artificial, semicondutores e robótica, depois da pandemia de Covid-19. O investimento é 30% superior ao da estratégia anterior, sendo que, até 2023, deverá ajudar o conglomerado a reforçar a sua posição global em indústrias chave como a fabricação de processadores, permitindo-lhe ainda procurar oportunidades de crescimento em novas áreas, como a robótica e as telecomunicações de próxima geração.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

The Guardian

Nova Zelândia deteta mais 41 casos de Covid-19

A Nova Zelândia ficou conhecida na pandemia pela política de “zero casos”, mas enfrenta agora o seu maior surto de Covid-19. As autoridades de saúde neozelandesas detetaram mais 41 casos esta terça-feira, elevando o número total para 148 pessoas infetadas. Segundo especialistas do país, o número de infetados pode chegar aos 1.000. O confinamento mais apertado foi prolongado pelo menos até ao final desta semana, sendo que Auckland, cidade onde foi detetada a maioria dos casos, permanecerá “fechada” até ao fim do mês.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

Financial Times

Investidores injetam 4,3 mil milhões em startups de táxis aéreos

Os investidores já aplicaram um recorde de 4,3 mil milhões de dólares no financiamento da mobilidade aérea de próxima geração este ano, o que representa um aumento de 83% em cinco anos. Este valor foi atingido através de uma combinação de capital de risco e entradas em bolsa por via de SPAC, veículos cotados que têm o único propósito de adquirirem outras empresas. Ainda que considere que esta indústria tem um futuro promissor, Peter Harrop, presidente da consultora tecnológica IDTechEx, avisou que milhares de milhões de dólares foram investidos por pessoas que “querem o dinheiro fácil de encontrar a próxima Tesla”.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The New York Times

Talibãs rejeitam extensão do prazo para a saída de militares dos EUA

À medida que os EUA se esforçam para retirar cidadãos do Afeganistão, os Talibãs recusam que os militares norte-americanos fiquem em solo afegão para lá de 31 de agosto, como sugeriu o presidente Joe Biden. De acordo com a Casa Branca, só na segunda-feira foram retiradas do país cerca de 10.400 pessoas, enquanto outras aguardam por um resgate que se tem concentrado cada vez mais nos norte-americanos que ainda estão no país.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

El Confidencial

Manual autografado por Steve Jobs vendido por mais de meio milhão

O manual de instruções de um computador Apple II, autografado por Steve Jobs, foi vendido por o equivalente a 650 mil euros num leilão nos EUA. O artefacto de 196 páginas inclui uma dedicatória do histórico líder da empresa, feita ao filho de um empreendedor que trabalhou com a marca no século passado: “Julian, a tua geração é a primeira a crescer com computadores. Vai mudar o mundo! Steve Jobs, 1980.” A venda foi promovida pela RR Auction, que tem sede em Boston.

Leia a notícia completa no El Confidencial (acesso livre/conteúdo em espanhol).

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Governo dá mais 500 mil euros em “cheques” para ajudar à compra de bicicletas

Em vez de 4 milhões, há agora 4,5 milhões em "cheques" para ajudar à compra de veículos amigos do ambiente. Verba extra será apenas para bicicletas elétricas e convencionais.

O Governo decidiu aumentar a dotação do incentivo pela introdução no consumo de veículos de baixas emissões 2021. Em vez dos 4 milhões de euros iniciais, o Fundo Ambiental vai contar com um total de 4,5 milhões para distribuir, sendo que o valor adicional será apenas atribuído a quem comprar bicicletas, tanto elétricas como convencionais.

“É criado um incentivo pela introdução no consumo de veículos de baixas emissões, com uma dotação global de quatro milhões e quinhentos mil euros”, lê-se no despacho publicado em Diário da República. Este valor representa um aumento de 500 mil euros face à dotação inicial, definida no Orçamento do Estado para 2021.

Esta verba extra não será destinada à compra de carros elétricos, seja por particulares ou empresas. O despacho altera apenas o número total de incentivos a atribuir aos veículos de tipologia 4 e 5, ou seja, refere-se apenas aos apoios para as bicicletas elétricas e as convencionais, cujos pedidos de apoio já superam largamente os incentivos que foram disponibilizados inicialmente. Há 1,785 “cheques” adicionais.

“Serão atribuídas unidades de incentivo até ao limite máximo de 3.142 unidades, ordenadas de acordo com a data e hora de submissão do pedido de incentivo”, no caso das bicicletas elétricas, refere o despacho, que eleva o valor global de apoio para 1,1 milhões de euros. Inicialmente estava previsto que fossem dados 1.857 “cheques” para estas bicicletas, no valor global de 650 mil euros, mas a procura tem sido elevada.

Atualmente, de acordo com dados do Fundo Ambiental, já foram recebidas 2.769 candidaturas, tendo sido aceites 1.300 “cheques”, mas a dotação já está esgotada há muito. O saldo atual é negativo em 255 mil euros, pelo que o reforço permitirá não só saldar os apoios já feitos como novos pedidos que venham a ser realizados.

No caso das bicicletas convencionais, que foram as primeiras a “esgotar”, serão “atribuídas unidades de incentivo até ao limite máximo de 1.000 unidades”, ou seja, o dobro dos apoios atuais. E a dotação do incentivo passa de 50 para 100 mil euros. Há 1.349 candidaturas, tendo sido pagos 613 apoios, havendo vários pedidos em lista de espera que agora poderão ser pagos.

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Fernando Santos anuncia primeira convocatória pós-Euro2020

  • Lusa
  • 24 Agosto 2021

Selecionador português de futebol anuncia na quinta-feira a primeira convocatória após o Euro2020, para os embates com República da Irlanda e Azerbaijão, a contar para a qualificação para o Mundial.

O selecionador português de futebol, Fernando Santos, anuncia na quinta-feira a primeira convocatória após o Euro2020, para os embates com República da Irlanda e Azerbaijão, ambos do Grupo A de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2022.

Dois meses após a eliminação nos oitavos de final do Europeu, diante da Bélgica, Portugal vai retomar o apuramento para o Mundial do próximo ano, com uma receção aos irlandeses em 01 de setembro, no Estádio Algarve, e uma visita aos azeris, seis dias depois, em Baku.

Pelo meio, a equipa das quinas vai regressar à Hungria, onde passou grande parte do último Euro2020, para disputar um particular com o Qatar, em Debrecen, em 04 de setembro. A seleção anfitriã do Mundial2022 foi inserida no grupo de qualificação de Portugal, com o intuito de preparar a participação na fase final da competição.

Na quinta-feira, a partir das 12h00, na Cidade do Futebol, em Oeiras, Fernando Santos vai revelar os nomes dos atletas chamados para este triplo confronto, numa lista que deverá contar com 25 ou 26 nomes, como vem sendo habitual.

O selecionador não deverá mexer muito nas opções que levou ao último Europeu, sendo já certas duas ‘baixas’, ambas por lesão: Renato Sanches lesionou-se num joelho e foi recentemente operado, enquanto João Félix também passou por uma cirurgia logo após a prova continental e continua a recuperar da intervenção ao tornozelo direito.

De regresso às opções deverá estar João Cancelo, que chegou a estar no lote de convocados para o Euro2020, mas viu o azar bater-lhe à porta em vésperas da estreia de Portugal. O lateral do Manchester City esteve infetado com o novo coronavírus e acabou por ser rendido por Diogo Dalot.

Face ao arranque pouco fugaz de William Carvalho, no Bétis, e Sérgio Oliveira, no FC Porto, uma das novidades poderá prender-se com a chamada do médio João Mário, que não entra nas contas da seleção há quase dois anos, mas que tem estado em destaque nos primeiros tempos ao serviço do Benfica.

Já o luso-brasileiro Matheus Nunes também ambiciona por uma oportunidade, tendo em conta que tem passaporte português e tem sido um dos principais motores do meio-campo do Sporting, curiosamente assumindo o lugar que pertencia a João Mário na temporada passada.

Embora sujeito a surpresas, o grupo nacional para os próximos embates deverá incluir os três guarda-redes que estiveram no Euro2020, Rui Patrício, Anthony Lopes e Rui Silva, enquanto na defesa é possível que seja chamado um quarto central para se juntar a Pepe, Rúben Dias e José Fonte, sendo que Domingos Duarte parece ser o mais forte candidato.

Rúben Neves, Danilo, Palhinha, João Moutinho e Bruno Fernandes são nomes quase certos nas opções para o meio-campo, da mesma forma que Cristiano Ronaldo, André Silva, Diogo Jota, Bernardo Silva, Pedro Gonçalves e Rafa vão ocupar a maioria das vagas reservadas para o ataque, para as quais também poderão entrar Gonçalo Guedes, Paulinho ou Bruma.

No arranque da qualificação, Portugal venceu o Azerbaijão (1-0) e o Luxemburgo (3-1), e empatou na Sérvia (2-2), ocupando a liderança do Grupo A, juntamente com os sérvios, ambos com sete pontos. Os luxemburgueses estão no terceiro posto, com três pontos, à frente de República da Irlanda e Azerbaijão, que ainda não pontuaram.

A fase de grupos da qualificação europeia para o Mundial2022 termina em novembro e o vencedor de cada um dos 10 grupos apura-se diretamente para a fase final, enquanto os segundos classificados vão disputar o play-off de apuramento, aos quais se juntarão dois vencedores de grupos da Liga das Nações que não consigam qualificar-se diretamente para a fase final ou para o play-off.

Destas 12 equipas presentes no play-off, que serão disputados em março de 2022, sairão os últimos três representantes europeus no próximo Campeonato do Mundo, que vai decorrer no Qatar, entre 21 de novembro e 18 de dezembro de 2022.

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NN Group vende negócio de gestão de ativos ao Goldman Sachs

  • ECO Seguros
  • 24 Agosto 2021

Com a transação, as partes estabelecem também uma parceria estratégica para 10 anos, uma combinação para tirar proveito da complementaridade e potenciar crescimento de ambas as partes.

O NN Group, companhia holandesa de seguros e serviços financeiros, acordou a venda da subsidiária NN Investment Partners (NN IP) ao Goldman Sachs (GS), por 1,7 mil milhões, dos quais 1 515 milhões de euros constituem o preço base e o restante serão dividendos devidos antes da conclusão do negócio (1ºT 2022) a que somam ainda outros gastos ou comissões. O entendimento entre o grupo Nationale-Nederlanden (NN) e o banco nova-iorquino inclui uma parceria estratégica para os próximos 10 anos, período durante o qual o NN Group beneficiará de serviços de gestão prestados pela sociedade resultante da combinação Goldman Sachs Asset Management-NN IP.

Em comunicado, a entidade holandesa afirma que a combinação beneficiará clientes das duas instituições, aproveitando complementaridades. Ao mesmo tempo, as diversas filiais do NN Group aproveitarão competências da Goldman em produtos e soluções, salientou David Knibbe, CEO do NN Group.

Com o negócio, o GS obtém acesso a uma carteira com 298 mil milhões de euros em ativos sob gestão no fecho do semestre terminado a 30 de junho, montante que emagreceu 0,7% face ao contabilizado no final de dezembro de 2020. Além de praticamente duplicar o montante de ativos que tem sob gestão, para cerca de 600 mil milhões de dólares, o banco passa a ter nos Países Baixos importante plataforma europeia para a estratégia pós Brexit.

A venda da NN IP era uma das possibilidades consideradas pelo grupo financeiro holandês que, em abril passado, disse estar a estudar opções estratégicas para atividade de gestão de ativos. Em consequência do acordo agora anunciado, Satish Bapat deixa o lugar na comissão executiva do NN Group para assumir a liderança executiva (CEO) da NN IP.

Depois de lançar o seu primeiro fundo de obrigações verdes, há cinco anos, a estratégia de responsabilidade ambiental da NN IP já atinge 4 mil milhões de euros em ativos de investimento sustentável (uma estratégia que o NN Group estendeu a Portugal com aquisição recente de uma participação qualificada no capital da portuguesa Greenvolt).

O NN espera, após o fecho da transação, que o encaixe represente impacto positivo de 17 p.p. no rácio de solvabilidade do grupo, o qual foi calculado em 209% (Solvência II) no final de junho. Sujeita ainda às necessárias autorizações regulatórias, a transação deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2022.

Lucro semestral do NN Group mais que duplicou

Poucos dias antes de anunciar o acordo de venda da NN IP, o grupo holandês divulgou os seus indicadores semestrais, reportando lucro líquido de 1,4 mil milhões de euros (+141% face a igual semestre de 2020), enquanto o resultado operacional cresceu 21%, para 1,12 mil milhões.

Do resultado operacional reportado, a Netherlands Life, principal negócio do grupo, gerou 520 milhões de euros (+5,2% do que no 1º semestre de 2020); o negócio não Vida (Netherlands non-Life) gerou 189 milhões de euros (+70%); a unidade europeia de seguros (Insurance Europe) obteve 161 milhões (+22%) e a Japan Life 156 milhões de euros (+13% do que um ano antes).

A área de gestão de ativos contribuiu com lucro operacional de 91 milhões de euros, mais 22,3% em comparação com o resultado em junho de 2020.

Na divisão Insurance Europe, a receita bruta de prémios de seguro aproximou-se de 1,57 mil milhões de euros (+3,8%), e o resultado líquido semestral subiu 83%, para 135 milhões de euros.

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