Advogado de Luís Filipe Vieira “não lhe disse nada” sobre Rui Costa

  • ECO
  • 10 Julho 2021

O advogado de Luís Filipe Vieira, Magalhães e Silva, adiantou ainda que o Ministério Público irá propor as medidas de coação às 15h30.

O advogado de Luís Filipe Vieira disse este sábado aos jornalistas que não informou o presidente do Benfica, que tem o mandato suspenso, da comunicação desta sexta-feira de Rui Costa, o vice-presidente do clube que assumiu o cargo de presidente esta sexta-feira. Além disso, adiantou que o Ministério Público irá propor as medidas de coação às 15h30, seguindo-se os comentários da defesa e a decisão final do juiz.

Em declarações transmitidas pela SIC Notícias, o advogado disse que teve “o cuidado de não o dizer”. “É evidente que não lhe dei nota do que se passou entre ontem e hoje“, afirmou, referindo que Vieira desconhece a forma como as coisas se passaram dado que não tem comunicação com o exterior.

Porém, Magalhães e Silva explicou que “Luís Filipe Vieira conhece a realidade do Benfica e sabe perfeitamente que a partir do momento em que suspendeu as funções aquilo que deveria acontecer — e é isso seguramente o que ele está a pensar — o vice-presidente do clube passa a ser o presidente do clube em exercício ou o presidente substituto”.

Em causa está uma curta declaração de Rui Costa em que não referiu o nome de Luís Filipe Vieira: “Sou a partir de hoje presidente do Benfica, na exata medida dos estatutos do clube“, disse o vice-presidente do Benfica, agora substituto de Vieira. Referindo-se a essa declaração, o advogado disse que esta “é uma situação que tem obtido os comentários que os senhores [jornalistas] conhecem” e, posteriormente, remeteu para as declarações “justas” de David Borges na SIC Notícias.

O comentário da SIC disse esta sexta-feira à noite que estava “perplexo” pela afirmação de Rui Costa em que este diz que passa a ser o presidente do Benfica. “Ou isto é muito inocente ou será um golpe de Estado interno porque chegou a referir que foi nomeado por unanimidade“, afirmou, notando o “início de uma descolagem por omissão do nome” de Vieira.

Compreenderão que antes do interrogatório desta manhã seria obviamente a última coisa que eu diria Luís Filipe Vieira“, acrescentou o advogado, explicando que estava “apenas a fazer uma apreciação externa como observador do efeito que poderia ter sobre Luís Filipe Vieira o conhecimento do modo como as coisas se passaram entre ontem e amanhã”.

Advogado discorda de prisão preventiva e garante que as explicações ilibam Vieira

Ainda em declarações aos jornalistas, Magalhães e Silva adiantou que as medidas de coação propostas pelo Ministério Público serão conhecidas às 15h30, seguindo-se os comentários da defesa e a decisão final do juiz. Questionado sobre se a prisão preventiva se justifica, o advogado desse “discordar obviamente” e admitiu que irá ponderar o recurso dessa medida se ela vier a ser aplicada.

Sobre o interrogatório desta manhã que durou quatro horas até às 14h15, Magalhães e Silva fez um “balanço positivo” das respostas de Vieira, tendo este respondido a todas as questões “sem nenhuma exceção”. “As explicações que Luís Filipe Vieira deu, do meu ponto de vista, ilibam-no integralmente“, garante o advogado, referindo que Vieira afirmou estar inocente.

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Portugal com mais 6 mortes e 3.126 casos de Covid-19

Desde o início da pandemia, Portugal soma 905.651 casos de infeção e 17.148 óbitos por Covid.

Nas últimas 24 horas, a Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.126 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 905.651. O boletim epidemiológico deste sábado revela ainda mais seis mortes nas últimas 24 horas, o que perfaz um total de 17.148 óbitos.

O boletim dá conta de um total de 844.497 recuperados, mais 2.473 que no balanço anterior. Há neste momento 44.006 casos ativos em Portugal, mais 683 face a sexta-feira. Não havia tantos casos ativos desde 12 de março, altura em que arrancou o desconfinamento após o segundo confinamento.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, mas volta a registar-se um aumento no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 632 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 15 nas últimas 24 horas), dos quais 145 em unidades de cuidados intensivos (mais três).

Boletim epidemiológico de 10 de julho

Há ainda 72.635 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 1.317 face a sexta-feira.

Em termos regionais, a maioria das novas infeções continua a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que tem suscitado uma maior preocupação por parte das autoridades de saúde. Dos 3.126 novos casos confirmados, 1.407 localizam-se nesta região (45%), seguindo-se a região Norte que contabilizou 1.047 novas infeções (33,5%).

No boletim desta sexta-feira, Lisboa ultrapassou o Norte como a região que tem mais casos acumulados de Covid-19 desde o início da pandemia.

No Algarve, a região onde o ritmo de transmissão é ainda mais elevado do que em Lisboa, houve mais 320 casos. No Centro registaram-me mais 251 casos, no Alentejo mais 75, nos Açores mais 53 e na Madeira mais nove.

Em termos de óbitos, Lisboa e Vale do Tejo registou mais três, seguindo-se o Algarve com duas mortes e o Centro com uma morte.

(Notícia atualizada às 14h16 com mais informação)

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Ir a restaurantes nos concelhos de maior risco só com certificado ou teste negativo

Ir aos restaurantes dos concelhos de risco elevado e muito elevado implica apresentar o certificado digital ou um teste negativo a partir das 15h30 deste sábado e durante todo o fim de semana.

Fazer refeições no interior dos restaurantes dos concelhos com risco elevado e muito elevado depende, a partir das 15h30 deste sábado, dia 10 de julho, da apresentação do certificado digital ou de um teste negativo, que no limite pode mesmo ser feito à porta do estabelecimento. Esta exigência vai manter-se durante todo o fim de semana e passa a aplicar-se a partir das 19h00 das sextas-feiras, bem como aos feriados.

Num momento em que a pandemia continua a agravar-se e em que a variante Delta é já dominante em Portugal, o Executivo de António Costa decidiu alargar a exigência de apresentação do certificado digital e dos testes negativos a mais situações. Assim, em todo o território, o acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local passou a depender agora desses dois “passaportes”, que nos concelhos de maior risco são também exigidos nos restaurantes, ainda que apenas a partir das 19h00 das sextas-feiras e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados.

Ou seja, nos 60 concelhos que hoje estão em risco elevado e muito elevado, fazer refeições no interior de restaurantes, ao final das sextas-feiras, aos fins de semanas e aos feriados, só com a apresentação do certificado digital ou de um teste negativo, exigência que também se aplica aos visitantes estrangeiros, mas não abrange crianças com menos de 12 anos, nem os trabalhadores dos estabelecimentos.

Com esta medida, os restaurantes dos concelhos mais afetados pela pandemia poderão voltar a ter horários mais alargados, isto é, passarão a poder funcionar até às 22h30 e não apenas até às 15h30, como nas últimas semanas.

Quando ao certificado digital, em causa está um documento que comprova que a pessoa foi vacinada contra a Covid-19, recebeu um resultado negativo num teste ou recuperou da Covid-19 e que pode ser obtido através do Portal SNS 24. Podem pedi-lo, de forma gratuita, os cidadãos com número de utente do Serviço Nacional de Saúde (encontra-o no verso do Cartão de Cidadão).

Já no que diz respeito aos testes que dão acesso aos estabelecimentos em causa, há quatro tipos que são admitidos:

  • Teste PCR, realizado nas 72 horas anteriores à sua apresentação;
  • Teste de antigénio com relatório laboratorial, realizado nas 48 horas anteriores à sua apresentação;
  • Teste rápido de antigénio na modalidade de autoteste, realizado nas 24 horas anteriores à sua apresentação na presença de um profissional de saúde ou da área farmacêutica que certifique a sua realização e o seu resultado;
  • Teste rápido de antigénio na modalidade de autoteste, realizado no momento, à porta do estabelecimento que se pretende frequentar, sob verificação dos responsáveis por estes espaços.

A fiscalização destas normas ficará a cargo da ASAE e das forças de segurança, estando previstas coimas para o caso da sua violação.

São estes os 27 concelhos com risco elevado e os 33 concelhos em risco com risco muito elevado onde, a partir desta tarde e até ao final do dia de domingo, fazer refeições no interior de restaurantes (aos espaços exteriores não se aplica esta exigência) implica a apresentação dos referidos “passaportes”:

  • Albergaria-a-Velha, Alenquer, Aveiro, Azambuja, Bombarral, Braga, Cartaxo, Constância, Ílhavo, Lagoa, Matosinhos, Óbidos, Palmela, Portimão, Paredes de Coura, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Setúbal, Sines, Torres Vedras, Trancoso, Trofa, Viana do Alentejo, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Viseu;
  • Albufeira, Alcochete, Almada, Amadora, Arruda dos Vinhos, Avis, Barreiro, Cascais, Faro, Lagos, Lisboa, Loulé, Loures, Lourinhã, Mafra, Mira, Moita, Montijo, Mourão, Nazaré, Odivelas, Oeiras, Olhão, Porto, Santo Tirso, São Brás de Alportel, Seixal, Sesimbra, Silves, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Vagos, Vila Franca de Xira.

Além de terem de exigir a apresentação do certificado digital ou de um teste negativo aos seus clientes, os restaurantes continuam a ter de observar as regras de distanciamento e lotação que foram fixadas pelas autoridades.

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Com certificados e testes devem cair restrições de horários e animação noturna deve abrir, pede AHRESP

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

A associação considera que, devido à "especificidade das atividades económicas" em causa, é necessário "um período de adaptação".

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu esta sexta-feira a retirada das restrições para o funcionamento do setor, face à nova exigência de certificados digitais e testes para acesso dos clientes aos estabelecimentos.

“Com o avanço do processo de vacinação em Portugal e o aumento da testagem, as empresas de restauração, similares e do alojamento turístico devem poder utilizar estas ferramentas para funcionar em pleno, sem restrições, ou para reabrir negócios atualmente fechados, como a animação noturna“, sustenta a entidade em comunicado.

Esta posição surge na sequência da decisão do Governo, em Conselho de Ministros, de passarem a ser exigidos certificados digitais ou testes negativos para acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local, em todo o território continental, e para permanência no interior dos restaurantes, nos municípios de risco elevado e de risco muito elevado.

“Considerando o Governo que a obrigatoriedade de testes e certificados é uma medida que ajuda a controlar a situação pandémica, então as restrições ao funcionamento dos estabelecimentos de restauração, similares e do alojamento turístico devem ser levantadas, nomeadamente a limitação horária e de lotação, devendo ainda ser permitido o funcionamento dos estabelecimentos de animação noturna, encerrados há mais de um ano“, argumenta a AHRESP.

No entanto, a associação considera que, devido à “especificidade das atividades económicas” em causa, é necessário “um período de adaptação”, porque “existem reservas confirmadas, hóspedes instalados e muitas incertezas quanto à respetiva operacionalização, pelo que uma medida desta amplitude requer tempo e clareza”.

A AHRESP “tem sistematicamente sinalizado a necessidade de compensar o impacto das medidas sanitárias nas empresas, com as respetivas medidas económicas”, comenta, acrescentando que “a evolução desta crise sem fim esgotou por completo a tesouraria das empresas, que já não têm qualquer capacidade para suportar mais custos”.

Neste sentido, a AHRESP “irá apresentar ao Governo um novo plano, com medidas concretas de apoio às empresas da restauração, similares e do alojamento turístico”, como o reforço de apoios a fundo perdido, “pois só assim será possível assegurar a sobrevivência dos negócios e a manutenção dos milhares de postos de trabalho”.

As novas restrições preveem que os restaurantes em concelhos de risco elevado ou muito elevado – um total de 60 – passam a ter de exigir certificado digital ou teste negativo à covid-19 a partir das 19:00 de sexta-feira e aos fins de semana para refeições no interior.

Segundo o diploma, esta exigência é dispensada “para a permanência dos cidadãos em esplanadas abertas, cujo funcionamento é permitido, nos horários previstos (…), independentemente da realização de teste, bem como para a mera entrada destes cidadãos no interior do estabelecimento para efeitos de acesso a serviços comuns, designadamente o acesso a instalações sanitárias e a sistemas de pagamento”.

Ficam também dispensados do teste ou do certificado digital os “trabalhadores dos espaços ou estabelecimentos”, bem como “fornecedores ou prestadores de serviços que habilitem o funcionamento dos mesmos, exceto, em ambos os casos, se a respetiva testagem for exigida ao abrigo de outras normas”.

As pessoas que não apresentarem certificado digital ou teste negativo à covid-19 no acesso a restaurantes e alojamentos turísticos, quando exigíveis no âmbito das novas restrições, incorrem no pagamento de coimas entre 100 e 500 euros. A medida aplica-se apenas ao fornecimento de refeições no interior dos restaurantes, deixando de fora as pastelarias e cafés, assim como as refeições servidas em esplanadas.

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Relatório da comissão de inquérito do Novo Banco é apresentado dia 20 de julho

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

No total, ao longo de pouco mais de três meses decorreram 56 audições da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

O relatório da comissão de inquérito ao Novo Banco, cujas audições terminaram no dia 16 de junho, tem a apresentação marcada para dia 20 de julho, estando o seu debate marcado para três dias depois. A informação consta da agenda da Assembleia da República e foi confirmada na sexta-feira, estando a cargo do deputado Fernando Anastácio (PS) a elaboração do relatório.

No total, ao longo de pouco mais de três meses decorreram no parlamento 56 audições da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução num total de 174 horas durante as quais os deputados questionaram e ouviram as explicações dos depoentes.

Foram precisos mais de 10 mil minutos – exatamente 10.447 – para concluir as audições, que começaram no dia 10 de março, com o antigo presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal e coordenador da comissão que elaborou o ‘relatório Costa Pinto’. O último depoente a ser ouvido foi o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, que foi ouvido na tarde do dia 16 de junho.

A mais longa de todas as 56 inquirições foi a do presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho – que com mais de sete horas de duração obrigou mesmo a uma pausa para almoço – e a mais curta a do presidente da GNB (grupo Novo Banco) Gestão de Ativos, João Pina Pereira, que ficou terminada em pouco mais de meia hora.

A comissão tomou posse no dia 15 de dezembro de 2020, tendo resultado das propostas aprovadas de BE, PS e Iniciativa Liberal para a sua constituição, e tem quatro pontos no seu objeto.

Os quatro pontos abrangem o “período antecedente à resolução e relativo à constituição do NB [Novo Banco]”, o “período antecedente e relativo à alienação”, o “período após alienação” e ainda pretende “avaliar a atuação dos governos, BdP [Banco de Portugal], FdR [Fundo de Resolução] e Comissão de Acompanhamento no quadro da defesa do interesse público”.

A comissão foi alvo de vários adiamentos e prolongamentos de prazo de duração, inicialmente previsto em 120 dias, devido à pandemia de covid-19, que também atrasou o arranque das audições. O presidente da comissão é o deputado Fernando Negrão (PSD), tendo o PS sete deputados efetivos, o PSD quatro e o BE dois, enquanto PCP, CDS-PP, PAN e Iniciativa Liberal estão representados, cada um, por um deputado efetivo, num total de 17.

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Governo britânico planeia emitir certificado de vacinação a partir de setembro

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

O Governo decidiu não emitir o certificado este mês porque discriminaria os mais jovens que ainda não receberam a segunda dose da vacina.

O Governo britânico planeia emitir a partir de setembro certificados de vacinação contra a covid-19 em Inglaterra, que serão necessários para entrar em bares e restaurantes, para evitar uma outra onda do novo coronavírus, revelou um jornal este sábado.

Segundo o “The Times“, o executivo britânico acredita que a emissão desse documento estimulará os jovens a completarem a sua vacinação, levando em consideração que aqueles que não se vacinam estão a aumentar o contágio da variante delta, que predomina atualmente no Reino Unido.

De acordo com o jornal, o Governo decidiu não emitir o certificado este mês porque discriminaria os mais jovens que ainda não receberam a segunda dose da vacina. No dia 19 de julho, as últimas restrições serão levantadas em Inglaterra e, assim, manter distância social ou usar máscaras passará a ser opcional, embora a oposição política e especialistas peçam para as máscaras no transporte público.

O Governo estima que a partir de meados de setembro, segundo o jornal, todos os maiores de 18 anos terão recebido as duas doses da vacina e poderão obter o certificado, que no Reino Unido passaram a se chamar “passaporte de vacinação”.

“No outono, os passaportes poderão tornar-se um importante instrumento que nos permitirá manter” a economia aberta, disse ao jornal uma fonte de Downing Street. Até ao momento, 86,8% da população adulta recebeu a primeira dose e 65,3% dos adultos as duas doses.

De acordo com os dados oficiais mais recentes, 35.707 novas infeções e 29 mortes foram registadas no Reino Unido na sexta-feira. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.013.756 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

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Países da UE já têm as vacinas suficientes para vacinar 70% dos adultos até ao final de julho

Os Estados-membros já receberam vacinas suficientes para conseguirem vacinar 70% dos adultos até ao final de julho. Ao todo, neste momento, 53% da população da UE já recebeu pelo menos uma dose.

A presidente da Comissão Europeia anunciou este sábado que já entregou as vacinas suficientes aos Estados-membros para que estes possam vacinar pelo menos 70% dos adultos da população da União Europeia “ainda este mês”.

Tenho boas notícias para os cidadãos europeus hoje. A UE cumpriu com a sua palavra“, afirma Ursula Von der Leyen em comunicado em que anuncia que a União Europeia atingirá mais rapidamente a meta de ter 70% dos adultos com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, alcançando-a já no final de julho. O objetivo inicial era vacinar 70% dos adultos até ao final do verão (setembro).

Até este domingo, a Comissão Europeia entregou no total, desde o início da campanha de vacinação, cerca de 500 milhões de doses de vacinas que foram distribuídas por todas as regiões da União Europeia. “A UE cumpre”, sublinha Von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia assinala que a campanha de vacinação temacelerado tremendamente desde o início do ano” e argumenta que a abordagem comum do processo de compra das vacinas foi um “sucesso”.

Acresce que Von der Leyen garante que, dado que a Covid-19 “ainda não foi derrotada”, a Comissão está preparada para entregar mais doses, “incluindo contra novas variantes”.

A terminar, a presidente do executivo comunitário deixa um apelo aos Governos para que “façam tudo” o que está ao seu alcance para aumentar o ritmo de vacinação. “Só assim vamos ficar seguros”, remata.

53% da população da UE já recebeu pelo menos uma dose

De acordo com os dados do Our World In Data, 53% da população da União Europeia já recebeu pelo menos uma dose. Relativamente à população adulta, a percentagem será significativamente maior.

A média da UE compara diretamente com os quase 55% registados nos Estados Unidos. Contudo, há alguma divergência entre os Estados-membros, existindo vários países que já ultrapassaram os EUA, como é o caso de Portugal (58%), a Itália e a Alemanha, por exemplo.

Mais à frente no processo de vacinação está Israel, o Reino Unido e o Canadá, com mais de 65% da população com pelo menos uma dose.

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Para jovens indecisos sobre a vacinação, mudar a comunicação é o melhor remédio

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

Especialistas dizem que a mensagem deve ser transmitida de forma positiva, sem criar a ideia de uma espécie de obrigação de tomar a vacina contra a Covid-19.

A indecisão de alguns jovens relativamente à vacinação contra a covid-19 tem merecido a preocupação das autoridades, mas para dois especialistas o remédio mais eficaz passa por melhorar a comunicação e aproximá-la dessa faixa etária.

Por esta altura, a espera está quase a terminar para os mais jovens, mas, como também aconteceu noutras faixas etárias, nem todos estão ansiosos por arregaçar a manga e receber a primeira dose da vacina contra o vírus SARS-CoV-2. De acordo com um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, divulgado no final de junho, 85,7% dos jovens entre os 16 e os 25 pretendem ser vacinado, mas 14,3% ainda não tinha, decidido.

Isto não significa que na “hora H” recusem a vacina, mas o número criou preocupação na opinião pública, nas autoridades de saúde e nos decisores políticos, que começaram a discutir possíveis formas de incentivar a adesão desta faixa etária. “Nesta fase, é muito relevante não só que toda a gente seja vacinada, mas que toda a gente queira ser vacinada, confiando que isso é o melhor”, sublinhou o psicólogo Tiago Pereira, que coordena o Gabinete de Crise covid-19 da Ordem dos Psicólogos, ouvido pela agência Lusa.

Para o especialista, é fundamental que os jovens compreendam e aceitem a importância e os benefícios de serem vacinados, para si mesmos e para a sociedade em geral, e que essa mensagem seja transmitida de forma positiva, sem criar a ideia de uma espécie de obrigação. E foi precisamente esse elemento – a comunicação – que Patrícia Hilário, investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, sublinhou como central para ajudar a resolver quaisquer indecisões neste grupo.

Penso que a estratégia mais eficaz passa pela transmissão de informação, sobretudo nas redes sociais, para transmitir uma informação que vá ao encontro dos jovens”, considerou a socióloga, que é uma das coordenadoras nacionais do projeto “VAX-TRUST” que estuda a hesitação vacinal na Europa. No entender da investigadora, até agora a comunicação sobre o plano de vacinação parece ainda não ter conseguido aproximar-se desta faixa etária e o primeiro passo para evitar a hesitação passa por aí.

É preciso tornar a comunicação clara, simples e acessível, e aqui as redes sociais têm um papel muito importante”, concordou Tiago Pereira, acrescentando, por outro lado, a importância de validar os receios dos jovens e de passar uma mensagem empática e positiva, que também contribua para reforçar a confiança, ao invés de um discurso negativo.

Além da confiança, um dos “três grandes cês” que associa ao processo de vacinação, o psicólogo explica que a complacência é outro dos pontos aos quais é importante responder, fazendo ver aos jovens que a sua vacinação importa para o combate à pandemia da covid-19, que não afeta só os mais velhos, e para o seu próprio bem-estar.

“Quando querermos promover a adesão a determinado comportamento, temos de o tornar muito conveniente e a verdade é que o sistema de vacinação, que está muito bem montado, não foi um sistema essencialmente montado para a população mais jovem”, acrescentou em referência ao terceiro ‘C’, considerando que na sua generalidade, da comunicação à logística, o plano de vacinação está desaproximado dos jovens.

Ainda assim, e sendo verdade que na generalidade das vacinas a hesitação vacinal tende a ser mais frequente entre os jovens adultos com maior literacia, Patrícia Hilário e Tiago Pereira referem também que, para já, o problema que se coloca não vai além das intenções.

“Acho que devemos aguardar com serenidade e confiar nas autoridades de saúde. Tenho segurança que se irá desenvolver bem todo este processo, não é algo novo e não é algo que nos deva alarmar. É apenas algo a que devemos estar vigilantes”, relativizou a socióloga. E estas intenções, com as estratégias certas, podem mudar até chegar a hora de decidir.

Para isso, acrescenta Tiago Pereira, é preciso que as pessoas tenham a capacidade de mudar o comportamento, que tenham uma motivação para o fazer e que a oportunidade para isso seja criada.

A vacinação de maiores de 18 anos começou no início de julho, com o auto-agendamento também em contagem decrescente e já próximo dessa idade. A partir do final de agosto, o Governo estima que chegue a vez dos mais novos. Para o coordenador da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, não será necessário qualquer incentivo para os levar a vacinarem-se, por considerar que os jovens são responsáveis, uma confiança partilhada também pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, que coordenada da ‘Task-Force’ para a vacinação.

Entretanto, na quarta-feira a Liga Portuguesa de Futebol Profissional lançou uma iniciativa, feita em parceira com o Governo e a ‘Task-Force’ para a vacinação, dirigida às faixas etárias mais novas, recorrendo a diversos elementos de comunicação (imagens e vídeo) de apelo à participação em processos de vacinação e testagem contra a covid-19.

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Angola afirma que relações com Portugal são excelentes

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

O movimento de cidadãos da comunidade é mais um sinal da necessidade de se implementar o acordo de mobilidade, diz o ministro angolano para as relações externas.

O chefe da diplomacia angolana, Téte António, considerou “excelentes” as relações entre Angola e Portugal, desvalorizando a saída de cidadãos portugueses do país africano nos últimos tempos.

Em entrevista à agência Lusa, o ministro das Relações Exteriores considerou que Angola “sempre manteve essa relação de irmandade” com Portugal, tal como com os outros Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Nós acreditamos na liberdade dos nossos cidadãos e nos seus estatutos específicos, como o mundo empresarial também tem a liberdade de julgar onde quer desenvolver a sua atividade”, disse.

Segundo Téte António, que falava à Lusa por ocasião da realização da XIIX cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que Angola acolhe entre os dias 12 e 17 de julho, o movimento de cidadãos da comunidade é mais um sinal da necessidade de se implementar o acordo de mobilidade.

“Esses movimentos de vai e vem de angolanos para lá ou de cidadãos portugueses para Angola, ou de cidadãos guineenses para Angola e vice-versa, penso que é um indicador permanente que nós circulamos, daí que a mobilidade [vem] exatamente para facilitar este movimento que existe entre os dois povos”, frisou.

Instado a comentar a situação em Cabo Delgado, Moçambique, e o apoio da comunidade lusófona, Téte António disse que a cimeira será mais um palco para demonstrar solidariedade dos Estados-membros, porque a situação afeta a todos.

“Cada um de nós, de forma bilateral ou de forma multilateral, como é o caso de Angola que faz parte da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] temos feito o nosso esforço para que a nossa região, que é a SADC, ajude essa república irmã, que está nessa situação. A vontade política existe e ela é um facto que sempre existiu entre nós”, garantiu.

A XIII Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que marca a passagem da presidência rotativa desta comunidade de países de Cabo Verde para Angola, decorrerá em formato presencial.

Criada há 25 anos, a CPLP tem atualmente nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial – cuja adesão, em 2014, criou polémica.

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Programa Apoiar fez chegar às empresas 1,1 mil milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

A execução do programa Apoiar foi feita "em prazo recorde, nunca vivido no contexto dos Fundos Europeus", diz o Ministério da Economia.

O programa Apoiar fez chegar às empresas, até ao final do primeiro semestre, “pagamentos superiores a 1,1 mil milhões de euros” nos setores mais afetados pela Covid-19, divulgou este sábado o gabinete do ministro da Economia.

Em prazo recorde, nunca vivido no contexto dos Fundos Europeus, foi possível aprovar candidaturas em 20 dias úteis e efetuar, até ao final do primeiro semestre de 2021, pagamentos superiores a 1,1 mil milhões de euros, correspondendo a cerca de 95% do financiamento atribuído”, lê-se na nota do gabinete de Pedro Siza Vieira.

O programa Apoiar consiste num apoio de tesouraria, sob a forma de subsídio a fundo perdido, para apoio a empresas dos setores particularmente afetados pelas medidas excecionais aprovadas no contexto da pandemia da doença Covid-19.

“Um programa dinâmico, que se ajustou às diferentes realidades, apoiando mais de 106.000 projetos de empresas, com um volume de financiamento de cerca de 1,2 mil milhões de euros, através de fundos da União Europeia canalizados para mitigar o esforço das empresas e garantir a manutenção de postos de trabalho (dados a 30 de junho de 2021)”, segundo a mesma fonte.

No âmbito do Apoiar Rendas, lançado em fevereiro, foram apoiados cerca de 25.000 projetos, correspondendo a mais de 66 milhões de euros de financiamento, dos quais foram já pagos cerca de 75%.

“Os pagamentos ainda não processados, sobre os quais estão a ser realizadas aferições da veracidade das declarações, serão realizados até final do corrente mês”, refere a informação do gabinete do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital.

A medida Apoiar Rendas, inserida no programa Apoiar, é um instrumento de apoio a fundo perdido à tesouraria das empresas que explorem negócio em espaço arrendado, com o objetivo de apoiar o pagamento das rendas.

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Limitação da fidelização pode reduzir investimento das operadoras em 150 milhões

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

A eliminação dos mecanismos de fidelização pode aumentar os custos na subscrição de serviços de comunicações, provocar a diminuição média da qualidade dos serviços prestados e reduzir a mobilidade.

A limitação estrutural dos mecanismos de fidelização em Portugal poderia levar a uma redução do investimento anual das operadoras em cerca de 150 milhões de euros, de acordo com um estudo da consultora BCG.

Se houvesse uma alteração, uma limitação estrutural dos mecanismos de fidelização, estimamos que o investimento anual por parte das operadoras iria reduzir em cerca de 150 milhões de euros“, afirmou à Lusa o sócio da BCG José Ferreira, um dos autores do estudo “O valor da fidelização para o consumidor e o mercado de telecomunicações em Portugal”, publicado no início do ano.

O tema das fidelizações nas comunicações eletrónicas voltou a estar na ordem do dia, no seguimento da nova Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE) e da transposição da diretiva europeia que estabelece o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE). De acordo com o estudo, a alteração dos termos da fidelização “teria fortes impactos no setor em Portugal, com “diminuição do investimento em cobertura” do país.

“Seria expectável uma convergência para o nível de investimento sobre receitas dos países tipicamente menos fidelizados (~18% das receitas geradas), resultando numa diminuição significativa no investimento em cobertura e capacidade do país, estimada em -15% (-150 milhões de euros) face aos valores atuais (atualmente em 22% das receitas geradas), em redes de nova geração, em inovação tecnológica e em entrega de produtos e equipamentos aos consumidores e empresas nacionais“, refere o estudo.

“A fidelização, apesar de nos períodos em que se exerce hoje em Portugal nem sequer amortizar ou compensar todo esse investimento, acaba por dar alguma previsibilidade ao operador”, considerou José Ferreira. Ou seja, “24 meses [período máximo da fidelização] não chega para pagar um cliente, não chega para pagar o investimento naquele equipamento“, referiu o responsável.

Se forem considerados os custos associados a um cliente nos primeiros 24 meses, no contexto atual, “no final desse tempo a margem para o operador é menos 7%”, sublinhou. Dito de outra forma, “a receita só cobre 93% dos custos que foram imputados”.

Apesar de a fidelização não ser crítica para o setor, ela é “necessária para continuarmos a ter o país com o nível de acesso e de serviço que temos em termos de telecomunicações”. Caso terminassem as fidelizações, José Ferreira é perentório ao afirmar que os preços das comunicações eletrónicas iriam aumentar e haver menos investimento e serviços.

Entre os potenciais impactos negativos da eliminação dos mecanismos de fidelização, de acordo com o estudo, estão o incremento de custos na subscrição de serviços de comunicações, a redução da mobilidade, a subida generalizada dos preços e a diminuição média da qualidade dos serviços prestados.

“Isto não é só uma questão de operadores de telecomunicações, acho que há todo um ecossistema que é preciso ser considerado”, defendeu o sócio da BCG em Portugal. De acordo com o estudo, a alteração dos termos de fidelização em vigor seria “inequivocamente prejudicial para a economia” portuguesa.

“Com uma potencial alteração do modelo atual de fidelização, seria expectável uma menor capacidade de investimento por parte dos operadores e menor recurso aos diversos prestadores de serviços que fazem parte do ecossistema das comunicações em Portugal”, sendo que “o incentivo ao desenvolvimento de redes e consequente nova construção é diminuído, levando a uma menor penetração de soluções de última geração”.

Face a isto, “a empregabilidade no setor de comunicações – que em 2019 representou um total de +28.000 colaboradores, 0,6% do emprego nacional – também poderia ser fortemente afetada“, considera o estudo. “Portanto, se queremos ter um país como é Portugal, que tem as maiores penetrações de fibra da Europa, um país que foi super inovador” no setor, “para mantermos esse tipo de dinâmica e de inovação tem que haver fidelização porque, caso contrário, os operadores não têm ‘business case'”, concluiu.

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Cartão Vermelho: Vieira já está no tribunal para ser ouvido pelo juiz

  • Lusa
  • 10 Julho 2021

Luís Filipe Vieira, de 72 anos, será a última das quatro pessoas detidas no âmbito da investigação ‘Cartão Vermelho’ a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, antes da aplicação das medidas de coação.

O empresário Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica suspenso de funções, já chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal para ser presente este sábado a primeiro interrogatório judicial, no âmbito do processo ‘Cartão Vermelho’.

Vieira e os outros três detidos no processo chegaram ao tribunal às 09:03, depois de pernoitarem pela terceira vez consecutiva nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide.

Luís Filipe Vieira, de 72 anos, será a última das quatro pessoas detidas no âmbito da investigação ‘Cartão Vermelho’ a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, antes da aplicação das medidas de coação.

Na sexta-feira, o empresário José António dos Santos foi o primeiro a prestar declarações, durante a manhã, seguindo-se, da parte da tarde, os interrogatórios de Bruno Macedo e de Tiago Vieira, filho de Luís Filipe Vieira.

Também na sexta-feira, Luís Filipe Vieira comunicou a suspensão do exercício de funções como presidente do Benfica – nas quais foi substituído por Rui Costa -, por intermédio do seu advogado, à porta do TCIC, onde aguardava para ser presente a primeiro interrogatório judicial, o que só acontecerá este sábado.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), os quatro detidos são suspeitos de estarem envolvidos em “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”.

Em causa estão “factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente” e suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

Castanheira das Neves prevê dia longo enquanto Vieira é ouvido

O interrogatório do empresário Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica que suspendeu funções, está ainda a decorrer, prevendo-se que “o dia será longo”, disse hoje o advogado Castanheira das Neves, representante de José António dos Santos.

O interrogatório do senhor Luís Filipe Vieira começou à hora estipulada, como aliás é norma neste tribunal, e, portanto, está ainda a decorrer”, começou por dizer o advogado aos jornalistas, à porta do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

Castanheira das Neves admitiu que, caso a audição de Luís Filipe Vieira termine antes da hora de almoço, “é provável que, no início da tarde, o Ministério Público (MP) faça a promoção das medidas coativas”, seguindo-se uma fase em que os advogados dos arguidos “podem pronunciar-se sobre a promoção do MP”, desconhecendo a duração.

“Vai depender da promoção do MP. Depois, temos de aguardar que o senhor juiz escreva a decisão e a anuncie”, explicou, acrescentando que, face aos 80 anos do seu constituinte, conhecido como “o rei dos frangos, “a idade é um dos fatores que o tribunal pode e deve tomar em consideração, na apreciação das medidas coativas”.

Vieira e os outros três detidos no processo chegaram ao tribunal às 09:03, depois de pernoitarem pela terceira vez consecutiva nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide.

Luís Filipe Vieira, de 72 anos, é a última das quatro pessoas detidas no âmbito da investigação ‘Cartão Vermelho’ a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, antes da aplicação das medidas de coação.

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