Os melhores depósitos não estão no seu banco

Os bancos podem até estar a remunerar os depósitos dos seus clientes a taxas perto dos 0%, mas há boas exceções no mercado. Mas para isso tem de mudar de banco.

Ao contrário do que sucede com os contratos de crédito à habitação, que desde o final do ano passado têm registado uma subida avassaladora das taxas de juro, os depósitos continuam a remunerar muito pouco os aforradores. De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos depósitos baixou para 0,07% em agosto. Mas há exceções. É o caso dos depósitos de “boas-vindas” que alguns bancos comercializam para atrair novos aforradores e novos recursos.

Este tipo de depósito oferece taxas de juro acima da taxa média dos depósitos a prazo presentes na “carta” comercial dos bancos e, por norma, têm uma maturidade reduzida (três meses) e não são renováveis.

De acordo com uma análise do ECO ao mercado, são nove os bancos que atualmente estão a atrair novos clientes com este produto e quase todos aumentaram a taxa de juro ao longo deste ano. É disso exemplo o “Super Depósito” do Banco Big e o depósito de “Bem Vindo” do Banco Carregosa, que atualizaram a taxa de juro em 100 pontos base, de 1% para os atuais 2%.

Também a pagar 2% está a oferta do Banco Português de Gestão, que paga os juros logo no início da constituição do depósito, e a “Conta Poupança Boas-vindas Open” do Openbank, o banco digital do Santander, que consiste num depósito a seis meses e que paga juros mensalmente.

Para os aforradores que estejam à procura de um depósito a mais de três meses, a oferta “Invest Choice” do Banco Invest deve também ser avaliada, pois paga 1,5% para novos depósitos a 3, 6, 12 e 24 meses.

Para aplicações até 50 mil euros, a taxa de juro mediana dos depósitos “boas-vindas” atualmente em vigor é de 1,5%, 50 pontos base acima da taxa de juro registada em janeiro.

Bem longe destes valores está o “Depósito Net Boas Vindas” do Bankinter que paga apenas 0,15% durante três meses aos novos clientes para valores entre 1.000 e 10.000 euros.

 

 

Um depósito de 4% que não paga juros mas dá desconto em comissões

Apesar dos depósitos de “boas-vindas” avaliados pelo ECO se destacarem da restante oferta de depósitos a prazo existente o mercado, nenhuma acompanha a taxa de 4% (ou 2,9% líquida de impostos) oferecida pela conta poupança do Novobanco para atrair novos clientes.

Porém, para usufruírem desta oferta, os novos clientes do banco têm de abrir uma “Conta 100%” ou uma “Conta 360.º”, que apresentam uma comissão mensal de manutenção de conta de 5,9 euros e 7,9 euros (mais imposto de selo), respetivamente.

Na carteira dos novos clientes do Novobanco, significa que os juros servem apenas como um desconto sobre as comissões bancárias e quase nunca superam o valor dos custos associados à manutenção destas contas. E esse desconto, segundo o site do banco, só será aplicado até ao final do ano, que é quando acaba a campanha promocional do banco.

A única forma de ter um ganho líquido com esta campanha de “boas-vidas” do Novobanco é abrir uma “Conta 360.º”, manter o saldo bancário acima dos 1.950 euros e iniciar uma relação comercial com o banco que passe pela subscrição de soluções de poupança e investimento a partir de 3.500 euros e fazer uma de duas coisas: domiciliar o ordenado (a partir de 1.500 euros) ou a pensão (a partir de 500 euros), ou fazer 1.200 euros de compras por mês com os cartões da “Conta 360.º”.

Desta forma, a comissão de manutenção de conta baixa de 7,9 euros para 4,5 euros (mais imposto de selo) e, na melhor das hipóteses, os novos clientes podem ambicionar ganhar 1% líquido de impostos, desde que o saldo da conta esteja sempre nos 2.500 euros (valor máximo permitido para o cálculo dos juros).

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COP27: Portugal adere a iniciativa para descarbonizar setor naval

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

A “Green Shipping Challenge” tem como objetivo encorajar países, portos, companhias e outras entidades do setor a apresentarem medidas concretas para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC.

Portugal aderiu à iniciativa “Green Shipping Challenge”, lançada na conferência do clima que decorre no Egito (COP27) e que se destina a diminuir as emissões de gases com efeito de estufa no setor naval. A informação foi divulgada em Portugal pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marinhos (DGRM), cujo diretor-geral, José Carlos Simão, integra a comitiva da Secretaria de Estado do Mar na COP27.

Portugal está comprometido com a descarbonização do transporte marítimo, tendo, nesta sequência, decidido aderir à iniciativa internacional Green Shipping Challenge”, informou a DGRM em comunicado. Num evento sobre a “Green Shipping Challenge” o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, destacou medidas de descarbonização do setor, como a constituição de uma área marítima de controlo de emissões no Atlântico ou a aposta na eletrificação de navios de rotas curtas.

Projetos de produção e de utilização de hidrogénio como fonte de energia para a propulsão dos navios foram também referidos pelo responsável, segundo a DGRM. A “Green Shipping Challenge” tem como objetivo encorajar países, portos, companhias e outras entidades relacionadas com a cadeia de valor do transporte marítimo a apresentarem medidas concretas para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC.

Limitar o aumento da temperatura global, devido às alterações climáticas, a 1,5ºC em relação à época pré-industrial foi uma meta decidida no Acordo de Paris sobre o clima, em 2015. O “Green Shipping Challenge” (Desafio da Navegação Verde) foi anunciado pela primeira vez em maio passado e juntou o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre e o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos para o clima, John Kerry.

A iniciativa foi formalmente anunciada na semana passada em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde desde dia 06 decorre a conferência das Nações Unidas sobre o clima, prevista para acabar na próxima sexta-feira. Num comunicado divulgado no dia do lançamento (dia 07) o departamento de Estado dos Estados Unidos salientava que as emissões de gases com efeito de estufa do setor naval “são significativas” e estão a aumentar, “numa trajetória que não é compatível com os objetivos do Acordo de Paris”.

O Desafio é apoiado pelo Painel de Alto Nível para uma Economia Sustentável do Oceano, e encorajou governos, portos e empresas a preparar compromissos para estimular uma transição para uma navegação verde, segundo o comunicado, no qual se afirma que já foram feitos mais de 40 anúncios, sobre questões como inovações para navios, expansão em combustíveis com baixas ou nulas emissões, e políticas para ajudar a promover a adoção de navios da próxima geração.

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Vodafone notifica Concorrência sobre compra da Nowo

  • ECO
  • 14 Novembro 2022

A Vodafone Portugal notificou esta segunda-feira a Autoridade da Concorrência sobre a aquisição da operadora Nowo, anunciada no final de setembro.

A Vodafone Portugal notificou esta segunda-feira a Autoridade da Concorrência sobre a aquisição da Cabonitel, que detém a operadora Nowo. A autoridade liderada por Margarida Matos Rosa recebe observações sobre a operação nos próximos dez dias.

A telecom liderada por Mário Vaz anunciou em 30 de setembro a intenção de comprar a concorrente Nowo, considerada a quarta principal operadora de telecomunicações em Portugal, depois da Meo, Nos e Vodafone.

“A aquisição da operação da Nowo pela Vodafone vem reforçar a sua competitividade no mercado, dotando-a de maior escala e de maior cobertura, com benefícios para os atuais e para os futuros clientes, bem como para o setor”, declarou a empresa num comunicado divulgado na altura em que anunciou a intenção de compra.

Há três semanas, o presidente da Vodafone disse acreditar que a operação vai ter luz verde dos reguladores, designadamente da Autoridade da Concorrência – que vai agora analisar uma operação de concentração de empresas – e da Anacom, que regula o setor das telecomunicações.

Se for bem-sucedida — algo que depende agora da AdC –, os clientes da Nowo vão ter de “migrar” para os serviços da Vodafone. A transição não terá custos para os utilizadores, assegurou.

Essa migração vai ocorrer em duas vertentes, que passam pela substituição dos equipamentos nas casas das pessoas e pela troca dos cartões SIM dos clientes móveis.

Atualmente, a Nowo oferece serviços 4G subcontratando a rede à Altice Portugal, mas esses clientes vão ter de transitar para a rede da Vodafone, com Mário Vaz a assumir que o fim do contrato entre a Nowo e a Meo será uma das prioridades da Vodafone após a conclusão da transação.

A Nowo é o quarto maior operador convergente em Portugal, com cerca de 250 mil subscritores do serviço móvel e 140 mil clientes do acesso fixo (Pay TV e Banda Larga) em aproximadamente um milhão de casas cobertas com a sua infraestrutura de comunicações

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NeoGreen Portugal estima que fábrica de produção de hidrogénio ‘verde’ crie 2.500 empregos

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

A parceria, composta pela NeoGreen Hydrogen Corp (Canadá) e a portuguesa Frequent Summer, prevê investir mais de 1.000 milhões de euros na instalação de um complexo eletrolisador de mais de 500 MW.

A fábrica para a produção de hidrogénio ‘verde’ e combustíveis derivados em Sines, resultante do investimento da joint-venture NeoGreen Portugal, poderá criar 2.500 empregos diretos e indiretos, estimou esta segunda-feira um dos responsáveis.

Esta parceria, composta pela NeoGreen Hydrogen Corp (Canadá) e a portuguesa Frequent Summer, prevê investir mais de 1.000 milhões de euros na instalação de um complexo eletrolisador de mais de 500 MW (MegaWatts).

Face à escala deste investimento, “quer direta ou indiretamente, incluindo todos os subcontratados no desenvolvimento do projeto, estamos a falar de 2.500 empregos”, afirmou Rory Harding, vice-presidente para o desenvolvimento corporativo, aos jornalistas, no evento da assinatura do contrato de reserva de direito de superfície de 10,5 hectares na ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines, numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz.

Este número tem como base métricas assentes no valor do investimento e no tamanho do projeto, acrescentou. Em declarações à Lusa, à margem do evento, o presidente executivo da aicep Global Parques, Filipe Costa, salientou que este investimento “é muito importante pelo montante do investimento, é uma atividade produtiva”.

Na verdade, acrescentou, “trata-se de um investimento de indústria química, tem o projeto de produzir matérias de base que podem servir para fazer combustível de transporte marítimo descarbonizável, ou seja, combustíveis verdes para o transporte marítimo”, sendo esse “o primeiro grande objetivo”.

E o outro é “a produção de hidrogénio que pode ser usado pelo cluster refinador petroquímica e químico de Sines, ele próprio em descarbonização e introdução de circularidade e quer para injetar na rede nacional de gás natural, com este objetivo que há de chegar a uma mistura progressivamente de 5%, 10%, 15%, 20% do mix do gás natural”, prosseguiu Filipe Costa.

Sobre os 2.500 postos de trabalho apontados pela joint-venture, o presidente executivo da aicep Global Parques, entidade gestora da ZILS, salientou que o “promotor apontou uma estimativa com base da experiência que tem noutros locais”.

O que “temos assistido em Sines é, numa zona que de facto não é conhecida por ter muita população e muita mão de obra, um enorme fluxo de investimento muito intensivo em capital, inclusive os investimentos que estamos a atrair para complexo portuário logístico e industrial de Sines são, sobretudo, investimentos intensivos em capital e não em mão de obra”, apontou.

Este tipo de investimentos “permitem não só que sejam criados empregos bem pagos, como que haja uma apreciação geral dos salários”.

Investimento da NeogGreen em Sines “é mais um passo” no caminho da transição energética

O secretário de Estado da Internacionalização afirmou esta segunda-feira, em declarações à Lusa, que o investimento da NeoGreen em Sines “é mais um passo” no caminho da transição energética que Portugal “já começou a fazer”.

“Nós estamos a fazer uma aposta nas várias renováveis, nós, Portugal, começámos a nossa transição energética muito antes de toda a gente, há mais de 25 anos e começámos porque Portugal tem as condições para ter uma energia de base renovável: não temos petróleo, nem gás natural, mas temos tudo o resto, sol, vento, marés e temos hidro e geotérmica nos Açores”, afirmou Bernardo Ivo Cruz.

Ou seja, um mix de energias renováveis. “As alterações climáticas e a forma como o planeta está a sofrer com 150 anos de utilização de combustíveis fósseis obriga a que façamos agora todos – o planeta todo – esta transição que Portugal já começou a fazer”, sublinhou.

Este investimento “é mais um passo nesse caminho, uma das características das energias renováveis é que nós ainda não acertámos, não finalizamos a descoberta científica, continuamos à procura de solução ou soluções que depois se tornem a solução ou soluções que passarão a ser dominantes”, prosseguiu o secretário de Estado. Portugal está de abraços abertos “a todas as soluções”, umas serão mais eficazes, outras menos, “mas não é altura de estarmos a tomar decisões apressadas sem ter a ciência certa por trás daquilo que estamos a fazer”, afirmou.

O investimento em Sines “é um investimento desta nova geração de energias renováveis, neste caso de hidrogénio ‘verde’ que é transformar a molécula de água em molécula de hidrogénio através da utilização de energias renováveis”.

Portugal, no seu conjunto, e Sines, em particular” estão a concentrar soluções de energias renováveis novas, e isso acontece quer pelas características naturais do Porto de Sines, mas também “pela aposta que vários governos portugueses” têm feito ao longo dos últimos 25 anos na “transição energética”.

Bernado Ivo Cruz sublinhou que lhe têm dito que na Europa “Portugal é o melhor lugar pelas suas condições naturais (…) para se fazer hidrogénio ‘verde'”, pelo que considerou “natural” que haja esta aposta no mercado português como destino deste tipo de investimentos.

Sines pode ser o centro do mundo“, admitiu, não só pela aposta nas energias, mas também pela importância na área dos centros de dados (data centers). O governante sublinhou que “Portugal está pela primeira vez, desde o século XIV e XV, na linha da frente” em termos de inovação. “A base de tudo isto é talento”, reforçou o secretário de Estado da Internacionalização.

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OE: Seguradores querem poupança para a reforma nos benefícios fiscais

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2022

A APS quer empresas que aumentem trabalhadores em mais de 5,1% possam incluir nos cálculos, além de salário e segurança social, o que foi pago em seguros e poupança para reformas dos trabalhadores.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) entende que, na chamada lei do aumento de mais de 5,1%, a fórmula de cálculo com os encargos com empregados previsto na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023, para efeitos de benefícios fiscais, apresentado pelo Governo, deve ser alargada. No último dia de apresentação de alterações ao OE, um Contributo assinado por José Galamba de Oliveira, presidente da direção da APS, considera o conceito de “encargo” muito restrito na sua inclusão no artigo 178º relativo ao Aditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

“Entendemos que a definição de “Encargos” prevista na proposta original – remuneração fixa e das contribuições para a segurança social – é demasiado estrita e deixa de fora outros gastos que, para além de serem tradicionalmente muito valorizados pelos trabalhadores, podem contribuir para o seu bem-estar e segurança financeira, no presente e no futuro e que devem também, por isso, ser considerados para efeitos de atribuição do Incentivo fiscal à valorização salarial”, comentou José Galamba de Oliveira a ECOseguros, acrescentando que “isso permitiria a mais empresas poderem vir a beneficiar deste incentivo importante e, simultaneamente, contribuírem por exemplo para a poupança para a reforma dos seus colaboradores”.

Para o presidente da APS “o diagnóstico dos problemas do sistema publico de pensões é relativamente consensual e conhecido. A dificuldade tem estado em tomar medidas que possam mitigar os problemas conhecidos. E para a APS a solução terá de passar pela complementaridade dos produtos privados de poupança, quer de 2º, quer de 3º pilar”, conclui.

Colocar pensões e reformas na equação do Governo

No texto original da proposta de OE do Governo, “Encargos”, está definido como “os montantes suportados pela entidade empregadora com o trabalhador a título da remuneração fixa e das contribuições para a segurança social a cargo da mesma entidade”.

A APS propõe uma extensão desse conceito também a encargos com “seguros e operações do ramo Vida, contribuições para fundos de pensões, fundos de poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, quando constituam direitos adquiridos e individualizados dos respetivos beneficiários ou quando forem atribuídos no âmbito do nº 2 ou nº 3 do artigo 43º do Código do IRC”.

Os artigos do Código do IRC referidos preveem serem considerados gastos do período de tributação, até ao limite de 15 % das despesas com o pessoal contabilizadas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao período de tributação, os suportados com Contratos de seguros de acidentes pessoais de seguros de vida, de doença ou saúde, contribuições para fundos de pensões e equiparáveis ou para quaisquer regimes complementares de segurança social, que garantam, exclusivamente, o benefício de reforma, pré-reforma, complemento de reforma, benefícios de saúde pós emprego, invalidez ou sobrevivência a favor dos trabalhadores da empresa. Ainda os Contratos de seguros de doença ou saúde em benefício dos trabalhadores, reformados ou respetivos familiares. O limite estabelecido é elevado para 25 %, se os trabalhadores não tiverem direito a pensões da segurança social, lê-se no código do IRC.

O alargamento do conceito proposto pela APS quer permitir que todas as contribuições para seguros e poupança para reformas possam entrar nos cálculos e serem englobadas na contabilização em 150% como custo em IRC, pelo aumento salarial de trabalhadores em pelo menos 5,1 % entre o último dia do período de tributação do exercício em causa e o último dia do período de tributação do exercício anterior.

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Inspetores tributários juntam-se à greve da função pública marcada para dia 18

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Os inspetores tributários e aduaneiros “não se iludem com promessas e ilusões ‘vendidas’ pelo Governo para um futuro, que todos reconhecem como absolutamente incerto”.

A Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira (APIT) anunciou que vai juntar-se à greve da função pública de 18 de novembro, exigindo valorizações salariais que reponham o poder de compra e melhores condições de trabalho.

Num comunicado enviado esta segunda-feira às redações, em que anuncia a decisão em juntar-se à greve convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, a PIT afirma que os inspetores tributários e aduaneiros “não se iludem com promessas e ilusões ‘vendidas’ pelo Governo para um futuro, que todos reconhecem como absolutamente incerto”.

“Após mais de uma década de congelamentos salariais que levaram os trabalhadores da função pública para uma perda média de poder de compra de 11%, o Governo de maioria absoluta do PS – Partido Socialista apresenta-nos como solução a perda de mais um salário mensal no conjunto dos anos de 2022 e 2023”, refere a APIT. Esta paralisação servirá, afirma, para lutar contra a “manutenção de uma inaceitável quebra” do poder de compra e exigir “adequadas atualizações salariais”.

Entre os motivos de luta a APIT incluiu ainda uma “revisão urgente” e “verdadeira” das carreiras especiais da AT, a revisão do sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), a eliminação dos cortes das ‘Ajudas de custo’, o reforço de funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) ou existência de condições básicas de trabalho, apontando o caso concreto do material informático e das próprias instalações.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública decidiu convocar uma greve geral para dia 18 de novembro, uma semana antes da votação final do Orçamento do Estado para 2023. Na ocasião, a estrutura sindical liderada por Sebastião Santana referiu que a proposta do Governo de aumentos salariais de 3,6%, “quando a inflação prevista se cifra agora nos 7,8% para este ano, e para o próximo ano não vai estar a zero”, é “uma proposta de empobrecimento” que os trabalhadores não podem aceitar.

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A nível internacional Portugal é reconhecido como “o produtor mais fiável e confiável de moda sustentável”

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  • 14 Novembro 2022

A internacionalização das marcas portuguesas vai estar novamente em destaque no Portugal Exportador. Em antecipação ao evento, Manuel Serrão destacou a "boa reputação" do sector têxtil português

A propósito da 17ª edição de Portugal Exportador, que acontece no próximo dia 23 de novembro, em Lisboa, Manuel Serrão, Presidente Executivo da Associação Selectiva Moda, falou com o ECO sobre a internacionalização da indústria têxtil portuguesa. Portugal exporta quase a totalidade do que produz e está muito bem visto no mundo da moda sustentável.

Quais os novos mercados que são uma aposta segura nesta fase do Mundo?

No caso da nossa ITV , indústria têxtil e vestuário , tem existido uma aposta e um investimento consistente no mercado europeu e norte americano, ainda que comecem a ser também explorados novos mercados emergentes na América Latina e alguns países de África e Ásia, como o Japão, mas também a Coreia do Sul e Marrocos, por exemplo.

Como vê a importância de um evento como o Portugal Exportador?

No caso da Associação Selectiva Moda a maior importância está exatamente na nova área “Mundo” onde vamos poder divulgar as nossas ações de promoção internacional da fileira têxtil e vestuário, nomeadamente as próximas edições do Modtissimo em Fevereiro e Setembro de 2023 e o nosso Projecto Conjunto de Internacionalização, o From Portugal 2023, onde já contamos com a adesão de mais de 200 empresas.

No seu entender o Portugal Exportador pode ser o local de partilha de informação e boas práticas entre as várias associações empresariais relativamente aos projetos que desenvolvem?

Existindo tempo para isso, claro que é mais uma boa oportunidade para esse networking associativo. Com a indispensável participação da Aicep, como é evidente.

É importante haver parcerias entre as associações?

Sempre consideramos que essas parcerias são fundamentais para a coordenação das nossas ações internacionais, sobretudo em termos da promoção da imagem do nosso país e tanto quanto sei a própria Aicep está empenhada em dar novos contributos para esse louvável objetivo.

Como olha para o movimento associativo em Portugal?

Nos 35 anos que já levo de cooperação com o universo do associativismo empresarial julgo que ele tem melhorado muito na sua necessária profissionalização e profissionalismo. Uma vez mais a Aicep tem feito um bom trabalho no reconhecimento da política de que cada Associação setorial tem uma noção mais concreta das ações e objetivos a prosseguir e atingir em cada setor específico de atividade.

Acredita que as competências digitais, uma ferramenta que será trabalhada no Portugal Exportador, podem ser importantes?

Para o nosso setor têxtil e vestuário a digitalização é um processo em curso de grande relevo e importância, a par das questões da sustentabilidade em que Portugal se tem vindo a posicionar na vanguarda europeia e mundial. Atualmente é internacionalmente reconhecido como o produtor mais fiável e confiável de moda sustentável.

Acha que Portugal é um país exportador no seu setor?

A indústria têxtil e vestuário portuguesa exporta mais de 80% de tudo o que produz.

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Funcionários públicos aumentam 1,3% para 733.771 no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

O crescimento de 1,3% no emprego público no terceiro trimestre de 2022 resultou, sobretudo, do aumento na administração central (0,9%) e na administração local (2,9%).

O número de trabalhadores da administração pública totalizou 733.771 no terceiro trimestre, um aumento de 1,3% face ao período homólogo, mas uma diminuição de 1% comparando com o trimestre anterior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela DGAEP.

Face a dezembro de 2011, há mais 6.070 postos de trabalho na administração pública, correspondente a um crescimento de 0,8%, revela a síntese estatística do emprego público da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Em termos homólogos, o crescimento de 1,3% no emprego público no terceiro trimestre de 2022 resultou, sobretudo, do aumento na administração central (0,9%) e na administração local (2,9%).

Na administração central, o aumento de emprego verificou-se, essencialmente, nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (mais 2.360 postos de trabalho), nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (mais 1.951) e nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (mais 1.585).

Entre as carreiras que mais contribuíram para o aumento homólogo do emprego, a DGAEP destaca as carreiras de docente do ensino superior politécnico e do ensino universitário (mais 2.085 no seu conjunto), das forças de segurança (mais 960), de técnico superior (811), de enfermeiro (791), de médico (706) e de assistente operacional (mais 696 postos de trabalho).

Já em comparação com o final do trimestre anterior, o emprego público caiu em 7.356 postos de trabalho (menos 1%) devido sobretudo à redução do emprego nas áreas da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que perderam, no seu conjunto, 7.783 trabalhadores.

Esta redução trimestral reflete “a atividade de mudança de ano letivo com os processos de colocação dos docentes nos estabelecimentos de ensino superior e de ensino básico e secundário, bem como dos técnicos superiores para as atividades de enriquecimento curricular (AEC) no ensino básico e secundário, ainda a decorrer no final do terceiro trimestre”, explica a DGAEP.

Na área governativa da Defesa Nacional, a redução de 755 postos de trabalho está relacionada com a diminuição do emprego nas Forças Armadas, sobretudo praças e sargentos“, acrescenta o organismo.

Quanto às remunerações, o documento revela que, em julho, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo era de 1.559,4 euros, um aumento médio de 0,1% face ao mês de referência do trimestre precedente (abril 2022), e uma subida homóloga de 1,6% “por efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios e da atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) e do valor da base remuneratória para 705,00 euros”.

O ganho médio mensal (que inclui suplementos remuneratórios) era, em julho, de 1.825 euros, correspondendo a uma subida de 0,5%, face ao trimestre anterior e de 1,2% em termos homólogos. “A variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal e da diminuição global da importância das restantes componentes do ganho, como subsídios e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias”, indica a DGAEP.

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Líder chinês reiterou ao Presidente dos EUA preocupação com guerra na Ucrânia

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Xi disse a Biden que “conflitos e guerras não produzem nenhum vencedor” e defendeu que “não existe uma solução simples para uma questão complexa”.

O Presidente chinês, Xi Jinping, reiterou esta segunda-feira ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, num encontro na Indonésia, que a China está “muito preocupada” com a guerra na Ucrânia e que Kiev e Moscovo devem retomar as negociações.

Apoiamos e aguardamos com expectativa o reinício das conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia”, disse Xi, segundo o relato do encontro divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. A China também espera que os Estados Unidos, a União Europeia e a NATO “conduzam diálogos abrangentes com a Rússia”.

Xi disse a Biden que “conflitos e guerras não produzem nenhum vencedor” e defendeu que “não existe uma solução simples para uma questão complexa”. Os dois presidentes reuniram-se durante mais de três horas na ilha indonésia de Bali, à margem da cimeira do G20, o grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes.

Segundo o relato do encontro divulgado pela Casa Branca, citado pela agência espanhola EFE, Xi e Biden concordaram em rejeitar a utilização de armas nucleares na guerra na Ucrânia, como a Rússia tem ameaçado. No entanto, o comunicado chinês não menciona este ponto, referindo que os dois líderes “trocaram pontos de vista sobre a crise na Ucrânia” e dando conta depois das posições de Xi sobre a questão.

A China evitou sempre criticar a Rússia, que considera um parceiro estratégico, mas também tem recusado desempenhar um papel ativo na resolução do conflito, como lhe tem sido pedido por outros países. Xi também disse a Biden que o mundo é suficientemente grande para que ambos os países se possam desenvolver e prosperar, segundo o comunicado chinês.

“Nas atuais circunstâncias, a China e os Estados Unidos partilham mais, e não menos, interesses comuns”, disse. A China não procura desafiar os Estados Unidos ou “alterar a ordem internacional existente”, disse também, apelando para que ambas as partes se respeitem mutuamente.

Xi defendeu ainda que “nenhum país tem um sistema democrático perfeito” e que as diferenças específicas entre os dois lados podem ser discutidas, “mas apenas na condição prévia da igualdade”. “A chamada narrativa ‘democracia versus autoritarismo’ não é a característica que define o mundo de hoje, muito menos representa a tendência dos tempos”, afirmou, segundo o comunicado chinês, que nada refere sobre direitos humanos.

No seu comunicado, a Casa Branca disse que Biden falou sobre a situação dos direitos humanos na China e, em particular, as ações de Pequim na região ocidental de Xinjiang, em Hong Kong e no Tibete. Sobre a Coreia do Norte, também não referida no comunicado chinês, Biden transmitiu as suas preocupações sobre o comportamento do regime de Kim Jong-un, que intensificou o lançamento de mísseis e pode estar a preparar-se para realizar o seu primeiro ensaio nuclear desde 2017.

Disse “ao Presidente Xi que penso que eles têm a obrigação de deixar claro à Coreia do Norte que não devem realizar testes nucleares”, revelou Biden na conferência de imprensa após a reunião. O comunicado chinês também colocou maior ênfase nas relações comerciais do que o comunicado norte-americano.

Especificamente, de acordo com Pequim, Xi avisou Biden de que iniciar uma guerra comercial e tecnológica, procurando a desvinculação económica ou o corte das cadeias de abastecimento, “não serve os interesses de ninguém”.

A Casa Branca apenas aludiu às práticas chinesas que vão contra a economia de mercado e não fez qualquer menção às tarifas que o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) impôs às importações chinesas e que Biden manteve. Também não abordou as novas restrições que Washington colocou à venda de ‘microchips’ chineses, segundo a EFE.

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Coimbra aumenta preço dos bilhetes de autocarro

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

A proposta mantém o valor dos passes, mas acompanha a atualização tarifária para os bilhetes adquiridos a bordo e aos pré-comprados em 6,11%.

A Câmara Municipal aprovou esta segunda-feira o tarifário para 2023 dos Transportes Urbanos de Coimbra, que prevê o aumento dos bilhetes a bordo em dez cêntimos e de cerca de três cêntimos por bilhete na compra de títulos pré-comprados.

A proposta do tarifário para 2023 dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) foi aprovada com os votos favoráveis da coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt) e contra do PS e da CDU.

A proposta mantém o valor dos passes – tal como determinado pelo Governo – mas acompanha a atualização tarifária para os bilhetes adquiridos a bordo e aos pré-comprados em 6,11%. Na sua intervenção antes de a proposta ser votada, a vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, realçou que o custo do bilhete a bordo, que irá passar de 1,6 euros para 1,7 euros, continua abaixo do valor praticado em Lisboa e no Porto, que é de dois euros.

“Coimbra tem de iniciar a caminhada de incentivo à fidelização do uso do transporte público, onde a revisão do tarifário aplicável assume um passo determinante”, defendeu a vereadora. No caso dos títulos pré-comprados (que terão um aumento de três cêntimos por bilhete quando são comprados 11), o tarifário “é muito baixo comparativamente ao custo do passe, ao contrário do que se passa noutras cidades”, notou.

Ana Bastos destacou que 10 títulos pré-comprados têm atualmente um custo de 0,58 euros por viagem, sendo necessário fazer “mais de 60 deslocações” nos SMTUC (quase três viagens por dia útil) para justificar o preço do passe, “o que é insensato”.

Também neste caso, a vereadora apontou para o que acontece no Porto e em Lisboa, em que os títulos pré-comprados têm um custo entre 1,25 euros e 1,35 euros por viagem, sendo necessárias entre 22 e 24 viagens para justificarem a compra do passe em detrimento de um conjunto de bilhetes pré-pagos.

A vereadora do PS Regina Bento criticou a proposta, recordando que o anterior executivo, do qual fez parte, “nunca aumentou as tarifas da água” nem o preço dos transportes. “A insensibilidade social deste executivo é arrepiante”, protestou, considerando que, numa altura em que “Coimbra precisa que as pessoas andem de transporte público – até para aliviar o trânsito que se acumula na cidade devido às obras do Metro Mondego –, o preço aumenta”.

Regina Bento questionou ainda o executivo se a atual política tarifária para os SMTUC vai permitir atrair utentes, considerando “politicamente inaceitável” a atual proposta num momento de crise. Já o vereador da CDU, Francisco Queirós, também criticou o aumento do valor dos bilhetes pré-comprados e a bordo.

Em resposta, Ana Bastos vincou que, mesmo que o Governo não financiasse os passes, o seu preço seria mantido, considerando que esse é “uma resposta direta às necessidades” das pessoas. “O passe tem de ser competitivo em relação à compra individual”, defendeu, notando ainda que o valor continua a estar “muito abaixo daquilo que deveria ser uma resposta equilibrada” para incentivar a compra do passe.

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Restauração e hotelaria apontam trimestre “preocupante” com aumento de custos

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Para 71% das empresas da restauração e 83% das empresas de alojamento, os custos com matérias-primas aumentaram até 50%, segundo um inquérito da AHRESP.

O setor da hotelaria e restauração, que registou aumentos de custos de matérias-primas de até 50% nas últimas semanas, antecipa que os últimos três meses do ano sejam “preocupantes”, de acordo com um comunicado da AHRESP.

Na nota, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) deu conta dos resultados do seu inquérito mais recente, “realizado durante a segunda quinzena de setembro e a primeira de outubro, quer para as empresas de restauração e similares, bem como do alojamento turístico”, que conclui que “as consequências da inflação são cada vez mais preocupantes para a sustentabilidade dos negócios”.

Assim, segundo a AHRESP, “para 71% das empresas da restauração, e para 83% das empresas de alojamento, os custos com matérias-primas aumentaram até 50%”, sendo que “a escassez de produtos essenciais também já se faz sentir”, segundo foi “referido por 73% das empresas da restauração e por 26% do alojamento”.

A associação disse ainda que “perante este agravamento de custos, a atualização dos preços de venda foi inevitável, com 83% das empresas da restauração e 69% do alojamento a aumentarem os seus preços de venda”, ressalvando que “na restauração (51%) e no alojamento (45%), o aumento não ultrapassou os 10%”.

De acordo com a associação, nesta altura, já de época baixa, “a retração no consumo já se evidenciou”, sendo que “no mês de setembro, 54% das empresas de restauração e 49% do alojamento sentiram quebras na faturação até 20%”.

A associação recordou que “para atenuar os efeitos perversos deste ciclo inflacionista, que poderá vir a agravar-se, a AHRESP tem vindo a propor medidas temporárias, como a aplicação da taxa reduzida de IVA nos serviços de alimentação e bebidas e nas tarifas de energias, gás e eletricidade”, destacando que “as respostas ao inquérito, confirmam a pertinência destas medidas, na medida em que, para a restauração, 89% das empresas confere como prioritária a medida do IVA e para 81% do alojamento a redução do IVA na energia”.

Segundo a associação, “a ausência de medidas preventivas, irá provocar um novo aumento de preços, despedimento de trabalhadores e encerramento de empresas”. A AHRESP indicou que “na restauração, 68% ponderam aumentar preços, 37% provocar despedimentos e 13% encerrar a atividade” e que “no caso do alojamento turístico, 63% das empresas refere também que terá que aumentar preços, 15% irá avançar com despedimentos e 8% equaciona o encerramento da atividade”.

Por outro lado, “as perspetivas para o último trimestre do corrente ano são muito preocupantes” com 45% das empresas da restauração e 31% do alojamento a considerarem que “este último trimestre será pior ou muito pior que o quarto trimestre de 2019”.

A AHRESP alertou ainda que “além do contexto inflacionista, a subida das taxas de juros certamente que também provocará um forte impacto no rendimento disponível das famílias, conduzindo inevitavelmente a uma retração no consumo” dos serviços dos seus associados.

“Estamos certos de que o Governo, atento à conjuntura e ao seu provável agravamento, procure melhorar o nível de rendimento familiar, como aliás recentemente já aconteceu, evitando o que atrás se referiu”, rematou. O inquérito decorreu entre 22 de setembro e 10 de outubro, “tendo-se obtido um total de 473 respostas válidas e representativas dos setores da restauração e similares e do alojamento turístico, em todo o território nacional”, segundo a AHRESP.

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BCP reduz capital social para reforçar fundos elegíveis para dividendos

  • ECO
  • 14 Novembro 2022

Banco vai reduzir o capital social em 1,7 mil milhões de euros com vista ao "reforço dos fundos suscetíveis de qualificação regulatória como distribuíveis".

O BCP anunciou a realização de uma assembleia geral de acionistas no próximo mês para reduzir o capital social em 1,7 mil milhões de euros, com vista a reforçar os fundos que possam ser canalizados para dividendos.

No próximo dia 20 de dezembro, os acionistas vão votar “a reformulação das rubricas de capital próprio, compreendendo o reforço dos fundos suscetíveis de qualificação regulatória como distribuíveis, mediante a redução do capital social em 1.725 milhões euros”, segundo comunicou o banco ao mercado. A instituição adianta que a redução do capital não vai alterar nem o número de ações nem a situação líquida do banco.

O BCP registou lucros de 97 milhões de euros até setembro, uma subida de 63% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado, apesar de positivo, foi afetado negativamente pelos problemas com o banco polaco Bank Millennium.

Este ano, o banco liderado por Miguel Maya pagou um dividendo de 13,6 milhões de euros aos acionistas, correspondendo a 0,09 cêntimos por ação, por conta dos lucros do ano passado.

O BCP encontra-se num quadro de incerteza entre os seus acionistas, nomeadamente com a Fosun, que detém quase 30% e está a vender ativos para fazer face à sua dívida, embora o grupo chinês tenha garantido que vai continuar no banco. Também a Sonangol está numa fase de desinvestimentos.

Além do tema da redução do capital social, a assembleia geral do BCP tem mais dois pontos na ordem de trabalhos: deliberar sobre a ratificação da cooptação pelo conselho de administração dos administradores Altina Gonzalez e Pedro Ferreira Malaquias para o mandato de 2022-2025 e ainda deliberar sobre a eleição de vogal suplente da comissão de auditoria para o mesmo período.

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