Rússia indica estar preparada para retomar fornecimento de gás à Europa

Vice primeiro-ministro garantiu que a Rússia está preparada para voltar a enviar gás para o bloco através do gasoduto de Yamal que "continua sem ser utilizado" por motivos políticos.

Moscovo garante estar preparado para voltar a enviar gás para a bloco europeu através do gasoduto de Yamal.

Em entrevista à agencia Tass, citada pela Reuters, esta segunda-feira, o vice-primeiro ministro Alexander Novak sublinhou que “o mercado europeu continua relevante” e que, perante a escassez de gás que assola o bloco, têm “uma oportunidade para retomar o fornecimento”.

“Por exemplo, o gasoduto de Yamal, que foi interrompido por motivos políticos, continua sem ser utilizado“, acrescentou o responsável russo, dando conta de que, este ano, a Rússia terá enviado para a Europa 21 mil milhões de metros cúbicos (bcm) de gás natural liquefeito (GNL)

O gasoduto Yamal enviava, por norma, gás da Rússia para a Polónia mas, em maio, deste ano, depois de o Kremlin ter obrigado aos clientes a pagar os envios de gás russo em rublos, Varsóvia rescindiu contrato com Moscovo. A russa Gazprom respondeu à decisão cortando por completo o fornecimento e frisando que já não seria capaz de exportar gás através Polónia depois de a Rússia ter imposto sanções contra a Gaz-System, estatal polaca proprietária da troço do gasoduto Yamal-Europe naquele país.

Recorde-se que em setembro, a Gazprom decidiu desligar “a torneira” ao gás russo enviado através do Nord Stream 1, depois de alegar falta de condições técnicas para manter a operação. Desde então, o gasoduto sofreu duas explosões (e no Nord Stream 2 outras duas) que resultaram em ruturas nas condutas que obrigaram a uma paralisação mais prolongada, à medida que decorre uma investigação para o apuramento das causas. Desde então, os envios de gás — que entretanto foram, também, reduzidos — têm sido feitos através da Ucrânia.

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Dirigente do BCE aponta para subidas de juros até ao Verão

Klaas Knot, também presidente do banco central dos Países Baixos, considera que BCE deveria ter iniciado política monetária mais agressiva ainda em 2021 e não apenas em março de 2022.

O Banco Central Europeu (BCE) vai continuar a subir as taxas de juro de referência pelo menos até ao início do verão. O presidente do banco central dos Países Baixos, Klaas Knot, admite que o pico dos juros poderá ser atingido em julho e atenta que o combate à inflação é uma medida de longo prazo.

“O risco de não fazermos o que é suficiente continua a ser o maior risco. Estamos apenas a iniciar a segunda metade do nosso caminho”, considera o responsável que integra o conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) em entrevista o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês). São expectáveis, por isso, várias subidas dos juros de 50 pontos base nas cinco reuniões de política monetária marcadas entre janeiro e julho.

Klaas Knot é um dos membros mais antigos do conselho de governadores do BCE e esteve por dentro das medidas tomadas em 2011. Entende que a instituição “deveria ter tido um pouco mais de atenção” aos baixos níveis da inflação principal — que exclui a volatilidade dos preços da energia e dos alimentos — antes de ter subido as taxas de juro para combater a subida dos preços do petróleo.

O responsável entende que o BCE deveria ter agido mais cedo, parando o programa de compra de ativos no final de 2021 e não apenas em março de 2022. Entende ainda que a instituição tem o desafio de comunicar a particulares e empresas os benefícios de subir as taxas de juro em período de desaceleração da economia. Klaas Knot acredita ainda que uma eventual recessão da economia será “curta e superficial”.

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Trabalhadores da CP e da IP cumprem nova greve de 24 horas

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

Serviços mínimos correspondem a 25% das viagens programadas e estão concentrados nas horas de ponta. Quem já tiver bilhete previamente comprado pode revalidá-lo ou pedir devolução sem custos.

Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal (IP) cumprem nesta segunda-feira o último de dois dias de greve, para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022.

Uma plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP convocou uma greve para os dias 23 e 26 de dezembro, exigindo um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.

A CP alertou para a previsão de “perturbações na circulação de comboios, a nível nacional”, “com possível impacto nos dias anteriores e seguintes aos períodos de greve”, lamentando ainda os transtornos causados.

Os clientes que já tinham comprado bilhetes para comboios cancelados podem pedir o reembolso total do valor, até 10 dias após terminada a greve, ou a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria.

A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO – Associação Sindical Independente, o FENTCOP – Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER – Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB – Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA – Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF – Sindicato dos Transportes Ferroviários.

O pré-aviso previa uma paralisação de 24 horas para os dias 23 e 26 deste mês e ainda uma “greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, desde as 00:00 de 23/12 às 24:00 de 02 de janeiro de 2023”.

Foram definidos serviços mínimos de 25% dos comboios, que, segundo a CP, concentram-se no início e no final do dia, as chamadas ‘horas de ponta’.

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Cinco vezes mais ricos sob vigilância da Unidade de Grandes Contribuintes

  • ECO
  • 26 Dezembro 2022

O maior salto no número de contribuintes acompanhados deu-se em 2018, quando legislação foi alterada para incluir mais empresas na lista das que estão sob o radar desta unidade especial.

A Unidade de Grandes Contribuintes (UGC) que fiscaliza as maiores fortunas e as empresas mais ricas está a acompanhar cinco vezes mais contribuintes do que em 2014, o primeiro ano completo de atividade desde a sua criação. Ao todo são 4.923 contribuintes acompanhados, dos quais 3.321 são empresas e 1.602 são cidadãos. Os grandes contribuintes representam 40% do total da receita fiscal proveniente das empresas sediadas em Portugal.

Segundo a edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias (acesso pago), o maior salto no número de contribuintes acompanhados deu-se em 2018, ano em que a legislação foi alterada para incluir mais empresas na lista das que fazem parte do radar desta unidade especial das Finanças.

Até então, por exemplo, as empresas sob supervisão do Banco de Portugal só iam para a lista da UGC se tivessem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros, de acordo com o quadro resumo do cadastro dos grandes contribuintes de Portugal consta do relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2021. A partir de 2018, passaram a figurar todas as que estão debaixo da supervisão do regulador bancário, independentemente da faturação.

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Fisco enfrenta ação em tribunal por não cobrar IMI sobre barragens

  • ECO
  • 26 Dezembro 2022

Câmara de Miranda do Douro prepara-se para apresentar uma ação em tribunal para obrigar a Autoridade Tributária a cobrar o IMI sobre as duas centrais hídricas que a EDP vendeu à Engie, em 2020.

A Câmara de Miranda do Douro vai avançar com uma ação em tribunal para obrigar a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a cobrar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) sobre as duas das seis centrais hídricas que a EDP vendeu, em 2020, a um consórcio francês liderado pela elétrica francesa Engie.

De acordo com a notícia avançada pelo Público (acesso condicionado), esta segunda-feira, o município liderado por Helena Barril (coligação PSD/CDS) considera que a autarquia é sujeito ativo do imposto e credora dessa receita fiscal. Desta forma, a Câmara de Miranda do Douro pretende que o tribunal force o Fisco a inscrever as barragens nas matrizes prediais, para que os serviços avancem com a avaliação do IMI dos últimos anos (até onde possam fazê-lo), liquidem o imposto e entreguem a receita à autarquia.

Ao jornal, o vereador Vítor Bernardo, responsável pela coordenação deste dossiê na equipa do executivo municipal, revela que a ação deverá dar entrada em janeiro no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, que tem jurisdição sobre o concelho de Miranda do Douro. Esta ação é diferente de uma outra que a autarquia está a preparar em conjunto com o município vizinho de Mogadouro, que visa contestar os contornos em que ocorreu o negócio de venda destas duas barragens detidas pela EDP, em 2020, à Movhera (detida pela Engie, pelo Crédit Agricole Assurances e pela Mirova) por 2.200 milhões de euros (além das barragens de Picote e Miranda, as de Bemposta, Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, localizadas noutros concelhos).

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Mensagem de Costa deixou de fora respostas a “múltiplos desafios” do país, diz PAN

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

A porta-voz do PAN considerou que na mensagem de Natal do primeiro-ministro faltaram respostas para os “múltiplos desafios” que o país enfrenta, nomeadamente as alterações climáticas.

A porta-voz do PAN considerou que na mensagem de Natal do primeiro-ministro faltaram respostas para os “múltiplos desafios” que o país enfrenta, nomeadamente as alterações climáticas.

“No discurso do primeiro-ministro ao país nesta noite de Natal ficou de fora a ação para dar resposta aos múltiplos desafios que o país enfrenta”, afirmou Inês Sousa Real, numa mensagem divulgada às redações.

“Não há futuro” se não houver um “combate efetivo às alterações climáticas” e para isso, completou a deputada única do partido no parlamento, é preciso fazer uma “transição energética coerente” e avançar para uma “economia verde”.

Inês Sousa Real acusou o executivo socialista de deixar “para trás” os jovens e exortou-o a avançar com “medidas concretas que garantam e protejam os seus direitos”, nomeadamente o direito à habitação e a uma profissão com um salário digno.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza recordou que o Plano de Recuperação e Resiliência representa a possibilidade de o país concretizar as reformas estruturais necessárias.

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CDS-PP acusa Costa de desvalorizar “momento difícil” que portugueses vivem

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

Nuno Melo critica António Costa atribuindo-lhe quatro cognomes: “o esbanjador”, “o ‘eutanasiador’ da Constituição”, “o cobrador de impostos” e “o responsável pela emigração dos jovens”.

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, acusou este domingo o primeiro-ministro de desvalorizar, na mensagem de Natal, o “momento difícil” que os portugueses atravessam e de não dar as explicações que “o país aguarda”.

Numa nota enviada à Lusa e ao ECO, Nuno Melo critica a mensagem de António Costa, atribuindo ao chefe do Executivo quatro cognomes: “o esbanjador”, “o ‘eutanasiador’ da Constituição”, “o cobrador de impostos” e “o responsável pela emigração dos jovens”.

“A mensagem de Natal do primeiro-ministro desvalorizou o momento difícil que os portugueses vivem e não deu as explicações que o país aguarda”, afirma o centrista.

A reprivatização da TAP e a indemnização da companhia área à nova secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, são os principais argumentos do presidente do CDS-PP para considerar António Costa “o esbanjador”. “O CDS entende que sobre este caso em concreto [da indemnização a Alexandra Reis], o primeiro-ministro tinha que ter dado hoje as explicações que vem negando ao país”, disse.

Nuno Melo, que apelida o primeiro-ministro de “eutanasiador da Constituição”, sublinha que “a mensagem do primeiro-ministro aconteceu poucos dias depois de a Constituição da República Portuguesa ter sido “’eutanasiada’ em plena quadra natalícia”.

“O facto, pela gravidade, deve ser sublinhado, sendo que o CDS deposita grandes esperanças na intervenção do Presidente da República em conformidade não só com os valores da dignidade humana, mas também com a violação grosseira da Constituição”, assinala.

O presidente dos centristas atribui ainda o cognome “António Costa, o cobrador de impostos”, ao primeiro-ministro, justificando que o discurso “desvaloriza, de forma inaceitável, o momento particularmente difícil que a maioria dos portugueses vive, enquanto o Governo não toma decisões fundamentais para auxílio das famílias e das empresas e em linha com a maior parte dos países europeus”.

“Pelo contrário, o Governo persiste num modelo errado que assenta em mais despesa e mais dívida, à custa dos impostos confiscatórios sobre quem trabalha, asfixiando a classe média cada vez mais reduzida e com rendimentos disponíveis exíguos e retirando competitividade às empresas”, aponta.

Nuno Melo responsabiliza ainda António Costa pela emigração dos jovens, defendendo que este “não trouxe qualquer nota digna de registo em relação aos jovens, que na esmagadora maioria dos casos sobrevivem com rendimentos inferiores a 900 euros e cada vez mais são obrigados a sair de Portugal para sobreviver com dignidade”.

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Lusíadas deixa PPP do Hospital de Cascais com poupança de 230 milhões para o Estado

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

Este modelo permitiu ao Governo “24% de poupança por ano. Ou seja, a cada quatro anos há um ano em que o Hospital tem zero custos para o Estado", alega Lusíadas Saúde.

Os 14 anos da Parceria Pública Privada (PPP) da Lusíadas no Hospital de Cascais, que termina em 31 de dezembro, pouparam ao Estado cerca de 230 milhões euros, avançou à Lusa o grupo do setor da saúde.

A Lusíadas Saúde decidiu não participar no último concurso lançado para esta PPP, alegando que a proposta apresentada pelo Governo não garantia a sustentabilidade financeira ao longo dos oito anos previstos no contrato.

A poucos dias de deixar a gestão do Hospital de Cascais, o grupo privado estima “em cerca de 230 milhões de euros” a poupança que a gestão no modelo de PPP permitiu ao Estado, com base “em estudos independentes”.

Este modelo permitiu ao Governo “24% de poupança por ano. Ou seja, a cada quatro anos há um ano em que o Hospital tem zero custos para o Estado. Opera quatro anos a um custo idêntico aos outros hospitais públicos e no quinto não tem custo”, adiantou à agência Lusa o presidente executivo (CEO) do grupo, Vasco Antunes Pereira.

A parceria entre o Estado e a Lusíadas para o Hospital que serve a população do concelho de Cascais e parte de Sintra iniciou-se em 2008, com um contrato com a duração de 10 anos, mas foi prorrogada várias vezes por mais quatro.

Ao longo dos 14 anos, o hospital realizou um total de 1,9 milhões de consultas, 134 mil cirurgias, 2,1 milhões de atendimentos nas urgências e realizou 32 mil partos na sua maternidade, de acordo com dados fornecidos pela Lusíadas.

No âmbito do novo concurso lançado pelo Governo, a PPP para o Hospital de Cascais foi, entretanto, adjudicada já este ano ao grupo espanhol Ribera Salud.

Vasco Antunes Pereira fez à Lusa um balanço “positivo” desta parceria para a Lusíadas e para o Governo, mas desde logo para os utentes que o hospital serve.

“Tudo aquilo que foi o objetivo traçado pelo Governo quando lançou a PPP foi amplamente atingido, ou seja, uma satisfação das necessidades de saúde que o concelho de Cascais e uma parte de Sintra necessitavam”, salientou Vasco Antunes Pereira.

Segundo referiu, o resultado da parceria que agora termina é também positivo para o Governo, na perspetiva de “conseguir ser mais eficiente na gestão de um hospital e garantir índices de qualidade e de excelência”, o que ficou demonstrado com o facto de o Hospital de Cascais ter sido classificado, em vários anos, como `top performance´ pelas entidades regulatórias.

Contratação mais flexível

Vasco Antunes Pereira salientou ainda que o hospital “nunca teve uma notícia sobre o fecho de uma urgência, de desvio de [doentes] pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e fecho de maternidades”, uma vez que modelo contratual da PPP garante as ferramentas que beneficiam a sua gestão.

É o caso da contratação de profissionais de saúde, uma área em que as PPP permitem uma maior flexibilidade, “trazendo para cima da mesa modelos contratuais muito mais adaptados às necessidades de hoje em dia do que o modelo mais rígido” dos hospitais de gestão pública, adiantou.

“Temos um amplo sentimento de dever cumprido”, referiu o responsável da Lusíadas Saúde, para quem a gestão deste hospital deu ao grupo “muita aprendizagem e muito crescimento pela oportunidade de trabalhar com o Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

Vasco Antunes Pereira reiterou também que as razões para não avançar com uma proposta para uma nova PPP em Cascais foram de “cariz de sustentabilidade económica”, depois de analisadas as condições do novo contrato em 2021.

“A nossa avaliação foi que a forma como o Estado estava a equacionar o investimento que era necessário fazer iria provavelmente pôr em causa a sustentabilidade económica do projeto”, adiantou.

Perante isso, o Grupo Lusíadas não “equacionou sequer arriscar ou pôr em causa a qualidade da prestação de cuidados” de saúde que presta, assegurou ainda Vasco Antunes Pereira.

Apesar desta decisão, o CEO do grupo referiu que não está “de todo de costas voltadas”, face à possibilidade de se posicionar para novas parcerias no setor da saúde.

“Gostaríamos de voltar a ter a oportunidade de fazer uma nova parceria, mas temos de garantir que todos os ‘stakeholders’ conseguem garantir a sua sustentabilidade” no processo, salientou o responsável empresarial.

Depois de reconhecer que o atual modelo de PPP “é muito formal”, Vasco Antunes Pereira aconselhou que, no eventual lançamento de novas PPP de gestão hospitalar, não seja tido em consideração apenas quanto o Estado poupa, mas também as condições de sustentabilidade dos parceiros privados.

“Veja-se o exemplo das restantes PPP em que, terminado o processo, os parceiros privados não se mostraram disponíveis para continuar”, salientou o presidente executivo da Lusíadas.

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Hoje nas notícias: Ricos, barragens e hospitais

  • ECO
  • 26 Dezembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O aumento do número de pessoas e entidades sob vigilância da Unidade de Grandes Contribuintes, a ação em tribunal sobre o Fisco por não cobrar o IMI sobre as barragens, os hospitais que vão ter mais dívida paga pelo Estado, o apoio às empresas de transportes em 2021 e a subida do custo da alimentação dos animais de companhia são os destaques da imprensa nacional desta segunda-feira.

Cinco vezes mais ricos sob vigia da Unidade de Grandes Contribuintes

A Unidade de Grandes Contribuintes (UGC) que fiscaliza as maiores fortunas e as empresas mais ricas está a acompanhar cinco vezes mais contribuintes do que em 2014, o primeiro ano completo de atividade desde a sua criação. Ao todo são 4.923 contribuintes acompanhados, dos quais 3.321 são empresas e 1.602 são cidadãos. Os grandes contribuintes representam 40% do total da receita fiscal proveniente das empresas sediadas em Portugal.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Fisco enfrenta ação em tribunal por não cobrar IMI sobre barragens

A Câmara de Miranda do Douro, concelho onde estão instaladas duas das seis barragens que a EDP vendeu em 2020 a um consórcio francês liderado pela elétrica francesa Engie, prepara-se para apresentar uma ação em tribunal para obrigar a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a cobrar o IMI sobre as duas centrais hídricas, por considerar que a autarquia é sujeito ativo do imposto e credora dessa receita fiscal.

Leia a notícia completa no jornal Público (acesso condicionado)

Hospitais de Santa Maria e Pulido Valente com maior pagamento de dívida

O Centro Hospitalar Lisboa Norte, que integra, nomeadamente, Santa Maria e Pulido Valente vai receber 91,7 milhões de euros do Estado para avançar com o pagamento de dívidas a fornecedores, fazendo deste a entidade pública empresarial (EPE) que receberá a maior fatia do total de mil milhões de euros que serão injetados no setor da saúde para o mesmo propósito.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

PART apoiou 85 operadores com 147 milhões em ano de pandemia

O Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos financiou com 147 milhões de euros a prestação de serviços mínimos às populações em 2021, nas duas áreas metropolitanas e em 21 comunidades intermunicipais. O total destes apoios corresponde a mais de 85% da execução do programa que tem como objetivo atrair mais passageiros para o transporte público, que acabou por destinar no ano passado apenas 24,7 milhões (14,3% do total) à redução tarifária e 593 mil euros (0,3%) ao reforço da oferta, segundo relatório do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Alimentar animais de companhia está mais caro

O custo da alimentação dos animais de companhia também não fugiu à inflação, e segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística comparativamente a 2021, ter um animal de estimação está hoje 21% mais caro. Nos primeiros 11 meses do ano passado, o custo de ter um amigo de quatro patas rondava os mil euros, ou seja, cerca de 90 euros mensais. Já no mesmo período deste ano — de janeiro a novembro — o gasto foi de 1205 euros, o que equivale a quase 110 euros por mês.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre)

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Costa fez um autoelogio e “não dá qualquer confiança” aos portugueses

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

O país “não está a crescer aquilo que poderia” e está “paulatinamente e regularmente a ser ultrapassado” por Estados-membros que aderiram recentemente à União Europeia, diz Cotrim de Figueiredo.

O presidente da IL considerou este domingo que a mensagem de Natal do primeiro-ministro “não dá qualquer confiança” à população e que António Costa fez uma “espécie de autoelogio”, enquanto o país continua a “regredir”.

“O primeiro-ministro embarca numa espécie de autoelogio, a dizer que recuperou a economia, recuperou as aprendizagens, conseguiu pôr ordem no Serviço Nacional de Saúde [SNS]. Nada disto os portugueses veem, isto não é verdade”, sustentou João Cotrim de Figueiredo, numa mensagem enviada à Lusa.

O país “não está a crescer aquilo que poderia” e está “paulatinamente e regularmente a ser ultrapassado” por Estados-membros que aderiram recentemente à União Europeia.

Sobre o SNS “nem vale a pena falar”, uma vez que “o caos é testemunhado pelos portugueses todos os dias” e, para João Cotrim de Figueiredo, só vai ser resolvido com uma “reforma profunda”.

Esta mensagem de Natal não dá de facto qualquer confiança”, defendeu o presidente da IL, uma vez que António Costa disse à população que “vai continuar no caminho que tem feito Portugal regredir nos últimos anos”.

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PCP acusa Costa de pintar imagem do país que portugueses não reconhecem

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

"Só é possível haver confiança com a resolução do “problema dos salários, o problema da inflação e da perda de poder de compra sistemático”, disse o dirigente comunista Jorge Pires.

O PCP acusou este domingo o primeiro-ministro de tentar pintar, na sua mensagem de Natal, uma imagem do país em que “dificilmente os portugueses se reconhecerão” e exortou o Governo a resolver os problemas estruturais que persistem.

“Nesta curta declaração do primeiro-ministro, de quatro, cinco minutos, ele [António Costa] procurou pintar uma imagem do país em que dificilmente os portugueses se reconhecerão”, considerou o dirigente comunista Jorge Pires, numa declaração na sede do partido, em Lisboa.

Jorge Pires acrescentou que António Costa “utilizou muitas vezes” a expressão “confiança” na declaração que fez ao país, mas advertiu que só é possível haver confiança com a resolução do “problema dos salários, o problema da inflação e da perda de poder de compra sistemático”.

A “confiança no futuro” só é possível com “um conjunto” de decisões que o PCP “tem há muito vindo a reclamar e que sistematicamente o Governo do PS recusa”, por exemplo, o aumento do salário mínimo para os 850 euros já em janeiro e a tributação dos lucros extraordinários dos principais grupos económicos.

“Não se pode falar em confiança no futuro olhando para esta situação e não tomando as medidas que são necessárias. E as medidas fundamentais são o aumento dos salários, o aumento das pensões e das reformas, e relativamente a isso o Governo não tem feito nada”, completou.

É com este “país real” que os portugueses se importam, sustentou o membro do Comité Central do PCP.

Jorge Pires referiu que, “pela primeira vez, os reformados e pensionistas poderiam ter tido um aumento interessante”, mas o Governo “decidiu congelar a aplicação” da lei.

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PSD diz que Costa falou ao país de “braços caídos”

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2022

Costa "é um primeiro-ministro de braços caídos que não representa um projeto político capaz de transformar Portugal", como o país "precisava”, diz Hugo Soares.

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, acusou o primeiro-ministro de se ter apresentado na mensagem de Natal de “braços caídos”, sem um projeto político transformador, apesar da confiança que António Costa quis passar ao país.

O chefe do Governo afirmou hoje haver razões para os portugueses terem confiança, apesar do cenário de incerteza internacional, salientando que a trajetória de redução do défice e da dívida coloca Portugal “ao abrigo das turbulências do passado”.

Num comentário à mensagem, no Porto, o dirigente social-democrata afirmou que, “apesar de aparentar ser um primeiro-ministro confiante”, Costa “é um primeiro-ministro de braços caídos que não representa um projeto político capaz de transformar Portugal”, como o país “precisava”.

“Sabemos que Portugal está cada vez mais na cauda da Europa, que é um país mais pobre, quer porque as pessoas têm mais dificuldade no seu dia-a-dia, quer porque os serviços públicos são, de facto, mínimos para o que é o máximo de impostos que os portugueses e empresas pagam”, assinalou Hugo Soares.

Acusando António Costa de na declaração deste domingo não ter tido “uma palavra para os principais problemas das pessoas que vivem o dia-a-dia em Portugal”, o social-democrata procurou, depois, desmontar o essencial da mensagem do primeiro-ministro, para quem as três palavras que melhor exprimem o que se deseja nesta época do ano são paz, solidariedade e confiança.

“O primeiro-ministro falou muitas vezes de solidariedade, mas apenas no último trimestre do ano se lembrou e percebeu que as pessoas estavam com cada vez mais dificuldades face ao aumento do custo de vida”, criticou Hugo Soares, que apontou ainda um país que “vê todos os dias urgências hospitalares a fechar e os portugueses com mais dificuldades no acesso ao Serviço Nacional de Saúde”.

Passando, depois, para o tema das qualificações, referiu ter sido 2022 o ano em que “mais alunos” começaram o ano letivo “sem professores nas suas escolas”.

Assinalando a pose “mais natalícia” com que se apresentou ao país, “quando há uma semana usava um tom mais agressivo nos seus comentários políticos”, Hugo Soares afirmou que Costa é um “primeiro-ministro que não resolve os problemas do país com as suas entrevistas e que do ponto de vista da ação política já não representa nada para o país”.

“Diria que hoje [domingo] tivemos um doutor António Costa de braços caídos, sem dizer ao país aquilo que quer projetar nos próximos meses, sem oferecer uma palavra, essa sim, de esperança concreta para mudar a vida das pessoas”, afirmou Hugo Soares, defendendo, por isso, que “Portugal precisa de uma nova força, de um novo caminho” e que o “primeiro-ministro já não representa nem essa força nem esse caminho”.

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