Silvio Berlusconi na corrida ao senado italiano

Antigo primeiro-ministro italiano concorre ao senado nas próximas eleições gerais. Silvio Berlusconi mostra-se confiante de que Giorgia Meloni é a escolha “adequada” para primeiro-ministro.

O antigo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, vai concorrer ao senado de Itália nas próximas eleições gerais, avançou esta quarta-feira. “Acho que vou concorrer ao Senado para deixar toda a gente feliz, após ser pressionado por tantos mesmo fora do Forza Italia”, admitiu Silvio Berlusconi, citado pelo Politico.eu, em declarações à comunicação social.

O Forza Italia, liderado pelo antigo primeiro-ministro, está atualmente inserido numa coligação de direita com o partido Irmãos de Itália, liderado por Giorgia Meloni, e o Liga, de Matteo Salvini. Segundo sondagens do Politico, está prevista uma vitória da coligação por uma margem significativa.

Questionado quanto à sua escolha para primeiro-ministro, Silvio Berlusconi esclareceu: “Sempre dissemos que quem reunir mais votos será proposto ao chefe de Estado enquanto o candidato principal”. O antigo primeiro-ministro disse ainda que caso Giorgia Meloni reúna mais votos, visto representar o partido líder nas sondagens, “tenho a certeza de que se mostrará adequada para a difícil tarefa”, explicou.

Silvio Berlusconi, de 85 anos, foi senador em 2013, tendo sido impedido de ocupar o cargo após ser receber uma sentença de quatro anos por fraude fiscal. Em 2018, um tribunal suspendeu a proibição, sendo que Silvio Berlusconi é agora deputado desde 2019.

A Itália vai realizar eleições antecipadas a 25 de setembro, após o presidente da república italiana, Sergio Mattarella, dissolver o parlamento após uma nova demissão do primeiro-ministro, Mario Draghi.

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Médicos da urgência geral do Hospital de Loures apresentaram escusas de responsabilidade

  • Lusa
  • 10 Agosto 2022

A “escassez permanente de recursos humanos” é a justificação dada pelos 14 médicos do hospital para apresentar escusas de responsabilidade.

Todos os 14 médicos do serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, distrito de Lisboa, apresentaram escusas de responsabilidade devido à “escassez permanente de recursos humanos”, anunciou esta quarta-feira o Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

“Isto insere-se no problema global que temos vivido nos últimos tempos, que é o número insuficiente de médicos escalados para a urgência face ao número de utentes que a ela recorrem. Agora, estes colegas, que são 14, manifestaram a sua indisponibilidade para salvaguardar os doentes desta situação, ou seja, não vão compactuar com este tipo de atendimento, que é nitidamente insuficiente para a população que recorre ao hospital”, afirmou Maria João Tiago, secretária regional de Lisboa e Vale do Tejo do SIM.

Em declarações à agência Lusa, a representante do sindicato disse que os documentos de escusas de responsabilidade de todos os elementos pertencentes à equipa do serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo foram apresentados na última semana de junho e mantêm-se com efeito até que a situação de falta de recursos humanos seja resolvida.

Até quando? Não sabemos. Este tipo de documento é apresentado sempre que se verifica um número insuficiente de médicos escalados para aquele dia e para aquela urgência, por isso há de vigorar enquanto não for restabelecido o número de elementos suficientes”, disse a secretária regional de Lisboa e Vale do Tejo do SIM, explicando que como as escalas estão a ser feitas quase que diariamente “é muito imprevisível” prever a duração da situação de escusas de responsabilidade por parte dos médicos.

Maria João Tiago reforçou que a situação se manifesta “até estarem reunidas as condições mínimas de segurança para atender os doentes”, pelo que vai vigorar enquanto o número de médicos for insuficiente, sem adiantar qual o número de profissionais em falta.

Neste âmbito, os 14 médicos do serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo estão “indisponíveis” para atender os doentes nestas condições, que consideram de “insegurança” e que não salvaguardam os doentes, indicou a representante do sindicato, adiantando que, nestas circunstâncias, “muitas vezes é acionado o CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes], que desvia os doentes para outros hospitais”.

“Nesse período, sempre que vigora um número insuficiente de elementos na escala médica, o CODU não leva para lá doentes”, explicou Maria João Tiago. A secretária regional de Lisboa e Vale do Tejo do SIM disse ainda: “Isto é tão frequente que eu acho que é quase melhor dizer quando é que esta situação não se verifica nestes últimos tempos, como temos tido conhecimento: é o Beatriz Ângelo, é o Garcia de Orta, é o São Francisco Xavier, isto é a mesma situação em todo o lado”.

“Os chefes de equipa põem sempre esta escusa de responsabilidade, isto, no fundo, é um alerta para se proteger os doentes”, referiu a representante do sindicato dos médicos, acrescentando que o problema de falta de recursos humanos só se resolverá quando o Ministério da Saúde se prontificar a negociar as grelhas salariais, para que se torne mais atrativo permanecer no Serviço Nacional de Saúde. A Lusa questionou o Hospital Beatriz Ângelo sobre o impacto da apresentação de escusas de responsabilidade por parte de todos os elementos da equipa do serviço de urgência geral, aguardando ainda uma resposta.

Em comunicado, o SIM informou que a posição dos 14 médicos está relacionada com “as condições progressivamente mais inóspitas e a escassez permanente de recursos humanos sem plano ou perspetiva de melhoria da direção de serviço ou administração”, revelando que, do concurso aberto para recém especialistas, “apenas uma vaga foi preenchida em Medicina Interna – por formando da instituição, mantendo-se a carência atual”, quer no internamento quer no serviço de urgência geral.

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Rio Douro mantém navegabilidade apesar da seca

  • Lusa
  • 10 Agosto 2022

“Neste momento não se afigura uma situação em que a navegabilidade do rio Douro esteja a ser afetada pela seca”, indica a APDL.

A Administração dos Portos do Douro afirmou esta quarta-feira que a seca que o país atravessa não afeta a navegabilidade do rio e adiantou que existem “medidas estudadas” para aplicar caso isso venha a acontecer.

Em declarações à Lusa, o chefe de divisão do Planeamento e Controlo de Navegação da Via Navegável do Douro, pertencente à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A. (APDL), Frederico Martins, explicou que as “zonas mais críticas” de variação do caudal do Douro “estão identificadas” mas que “não é uma situação deste apenas deste ano” devido à situação de seca.

“Neste momento não se afigura uma situação em que a navegabilidade do rio Douro esteja a ser afetada pela seca”, garantiu aquele responsável. Segundo explicou, “periodicamente a APDL reúne-se com a EDP e a Engie, que fazem o aproveitamento hidroelétrico da bacia hidrográfica do Douro, e essa foi uma questão abordada mas não há registos diferentes de outras alturas”.

Frederico Martins referiu que “o controlo das quotas e caudais é feito regularmente para garantir a segurança à navegação” ao longo do rio Douro e que não há variações para alarme. “A seca não se tem sentido no rio [Douro], o que temos são algumas variações de quotas mas tem a ver com os próprios aproveitamentos hidroelétricos e são variações que estão sempre dentro dos parâmetros que garantem a segurança da navegação”, apontou.

O responsável explicou que “estas são situações que acontecem ao longo do ano e aconteceram noutros anos, não são uma situações de agora”. No entanto, disse, caso venham a ser verificadas variações fora dos parâmetros, a APDL está preparada: “Existem planos com medidas a tomar caso isso aconteça, que tipificam o que se deve fazer em função da variação de quotas e caudais para garantir a navegabilidade em segurança”, assegurou.

A APDL garantiu ainda que as zonas mais problemáticas estão já identificadas. “Há locais já identificados como críticos, locais como a Valeira, onde há um estreitamento do rio e que só é possível passar uma embarcação e onde as quotas são baixas, são locais mais do que identificados”.

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Por cada três carros novos há dois usados do estrangeiro

Até junho, peso dos carros usados importados sobre unidades novas aumentou para 64,76%. Situação envelhece parque automóvel em Portugal.

Os carros usados vindos do estrangeiro estão a ganhar cada vez mais importância em Portugal. Até ao final de junho, foram importados 48.863 automóveis ligeiros de passageiros em segunda mão, segundo os dados fornecidos ao ECO pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

No mesmo período, foram vendidos 75.449 automóveis novos da mesma tipologia. Ou seja, os carros usados importados corresponderam a 64,76% do mercado das unidades novas. Por cada três veículos novos houve dois que já tiveram mais do que um dono.

“Não há abastecimento suficiente no mercado nacional de usados”, lamenta o secretário-geral da ACAP, Helder Pedro. “Sendo muito difícil obter viaturas novas, é necessário um usado ou um semi-novo. Há procura a nível europeu por vários segmentos”, acrescenta o dirigente da Associação Portuguesa do Comércio Automóvel.

O peso dos carros usados sobre as matrículas novas tem acelerado desde que a covid-19 trocou as voltas às fábricas automóveis – primeiro, por causa dos confinamentos; depois, pela falta de semicondutores. Em 2020, os carros em segunda mão corresponderam a 39,91% do mercado das novas matrículas; em 2021, a quota subiu para 49,4%.

Antes disso, as unidades em segunda mão já estavam a crescer de importância no mercado nacional: em 2017, correspondiam a 29,8% dos carros novos; em 2018, a representação foi de 33,83%; no ano anterior à covid-19, o peso foi de 35,48%.

Contando apenas com os números do primeiro semestre: há mais carros usados importados em 2022 do que em cada um dos anos anteriores, até o de 2019 (38.069 carros).

Gasóleo mantém-se à frente mas perde peso

Entre janeiro e junho deste ano, os carros a gasóleo representaram 66,53% das unidades usadas importadas. Apesar de manter a ‘maioria absoluta’, o diesel está a perder importância: em 2019, este combustível representava 80,05% das unidades em segunda mão que chegaram a Portugal.

Também em 2019, os carros a gasolina ficavam com uma ‘fatia’ de 13,87% deste mercado; no primeiro semestre de 2022, o peso foi de 22,85%.

No mercado dos novos, a gasolina já ultrapassou o gasóleo, com 42,37% e 18,55% das vendas, respetivamente, na primeira metade de 2022.

Os híbridos normais ou com tomada de carregamento (plug-in) perderam importância: no conjunto, contavam com 3,54% do mercado em 2019; na primeira metade de 2022, foram 3,35%.

As unidades totalmente elétricas também estão a ganhar corrente, com 6,91% das importações até junho; em 2019, eram 1,54%.

Parque automóvel envelhece com frotas alheias

Os automóveis importados que chegam a Portugal têm idade média de quatro ou de cinco anos. “São unidades saídas dos contratos de renting e de leasing das empresas do estrangeiro”, assinala Helder Pedro. A situação acaba por contribuir para envelhecer o parque automóvel, no entender deste dirigente.

Os próprios dados da ACAP mostram que a subida do peso dos carros usados no mercado tem acompanhado o aumento da idade. Em 2017, era de 12,6 anos a idade média dos carros ligeiros de passageiros a circularem em Portugal; no final de 2021, já estavam marcados 13,5 anos.

Quanto mais velhos forem os carros, maiores são as emissões poluentes e menores são as receitas fiscais do Estado via imposto único de circulação (IUC).

A escolha dos antigos carros de empresas também proporciona mais garantias de vendas. “Compramos às gestoras de frotas por necessidade de maior volume e por as revisões já estarem pagas pela marca. Com os usados dos particulares, assim que acaba a garantia das marcas há menos histórico do veículo e de revisões”, destaca Nuno Silva.

França, Alemanha, Bélgica e Países Baixos são os quatro principais mercados de importação de carros usados, segundo os dados fornecidos ao ECO pelo Instituto Nacional de Estatística. No conjunto, representaram perto de 97% de todas as unidades vindas do estrangeiro no primeiro semestre deste ano.

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Abrantes reduz horários de iluminação

  • Lusa
  • 10 Agosto 2022

As alterações vão abranger monumentos e avenidas, com a iluminação exterior da Igreja de São Vicente a ser desligada depois da 24:00 e a iluminação decorativa da Torre de Comunicações a ser desligada.

A Câmara de Abrantes arranca na quinta-feira com um conjunto de medidas de poupança energética abrangendo equipamentos e edifícios municipais, como a substituição de lâmpadas normais por luminárias de LED e a redução dos horários de iluminação decorativa e pública.

“Tendo em conta o contexto da pressão climática associada à escalada dos preços energéticos, a Câmara Municipal de Abrantes decidiu colocar em prática um conjunto de medidas de poupança energética abrangendo equipamentos e edifícios municipais, esperando-se que sejam convertidas em poupanças significativas”, disse esta quarta-feira à Lusa o presidente do município, no distrito de Santarém.

Notando a “situação de grande fragilidade” que a sociedade atravessa a este nível, o autarca socialista defendeu ainda como necessário “implementar um conjunto de ações de forma mais objetiva e rápida, dentro dos próprios edifícios municipais e com os seus trabalhadores”, dando como exemplo a regra “o último tem de fechar a luz”.

A partir de quinta-feira, e por tempo” indeterminado”, as alterações vão abranger monumentos e avenidas, com a iluminação exterior da Igreja de São Vicente a ser desligada depois da 24:00 e a iluminação decorativa da Torre de Comunicações a ser desligada a partir das 02:00. Já a iluminação decorativa da ponte rodoviária de Abrantes é desligada totalmente, assim como a iluminação exterior da fachada do Panteão dos Almeida, dentro do castelo da cidade.

Segundo a listagem fornecida pela autarquia com as medidas, é antecipado em uma hora o desligar da iluminação na Avenida de Aljubarrota, na cidade, e a iluminação exterior dos centros escolares de Bemposta, Alferrarede, Rio de Moinhos e Tramagal é desligada totalmente. Em articulação com a E-Redes (EDP), o município decidiu antecipar a hora de desligar a iluminação pública em todo o concelho em pelo menos 30 minutos/dia até ao dia 15 de setembro.

Numa ótica a médio prazo, e durante os próximos dois anos, irá proceder-se à substituição das luminárias de iluminação pública por luminárias de LED no centro histórico e em várias avenidas da cidade, bem como nas áreas do Parque Industrial Norte e Sul e do Parque Urbano Ribeirinho, Aquapolis Norte e Sul.

Manuel Valamatos referiu que “a preocupação com a eficiência energética tem já um trabalho consolidado no concelho”, através da substituição de velhas luminárias das redes de iluminação pública por lâmpadas de tecnologia LED. “Este trabalho, iniciado em 2019, já permitiu a substituição de perto de cerca de cinco mil luminárias, num trabalho de colaboração com a E-Redes, que resultou numa poupança estimada na ordem dos 100 mil euros”, contabilizou.

Ao nível dos equipamentos desportivos, serão substituídos os projetores existentes por projetores de LED nos três campos de futebol da Cidade Desportiva e no Pavilhão Desportivo do Pego, um processo que decorrerá também nas salas de aula e nas áreas de circulação da Escola António Torrado.

A autarquia tem também em desenvolvimento um processo para implementação de duas Comunidades de Energia Renovável (CER), uma para dar resposta às empresas instaladas na Zona Industrial de Abrantes (sul e norte) e outra para fornecimento de energia renovável a equipamentos públicos.

Já a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo, que abarca 13 municípios, entre os quais o de Abrantes, tem “em desenvolvimento um estudo de implementação das CER, que contribuem para um sistema energético sustentável e têm como objetivo utilizar a energia renovável de fontes locais” para satisfazer as necessidades das respetivas localidades.

No âmbito do pacote de medidas que entra em vigor na quinta-feira, será ainda realizada uma campanha interna de intervenção pedagógica dirigida aos trabalhadores do município e serão difundidos apelos à comunidade sensibilizando-a para o uso racional da água, do gás e da energia elétrica.

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Descidas de Galp e EDP põem PSI ao contrário da Europa

Principal praça nacional perdeu mais de 0,5% por conta da desvalorização de dois dos seus pesos-pesados. Na Europa, dia ficou marcado por subidas.

A principal praça nacional regressou às descidas na sessão desta quarta-feira. O PSI terminou a negociação com uma descida de 0,50%, para 6.210,24 pontos, contrariando as subidas verificadas nas principais congéneres europeias. A descida de dois dos pesos pesados da bolsa nacional ajuda a explicar a situação.

Das 15 cotadas do PSI, seis fecharam a subir e as restantes nove em terreno negativo.

EDP e Galp destacaram-se na sessão pela negativa. A elétrica nacional cedeu 1,09%, para 5,078 euros por ação. A Galp perdeu 0,85%, para 10,515 euros, num dia em que o petróleo negoceia em perda – o barril de Brent está abaixo dos 96 dólares.

Ainda no grupo EDP, a Renováveis foi a ação que mais caiu na sessão, com menos 1,51%, para 26,15 euros por títulos. A Corticeira Amorim travou 1,32% (10,46 euros).

As papeleiras foram o destaque positivo do dia: a Altri cresceu 1,87% (5,725 euros), enquanto a Navigator acrescentou 1,58% (4,11 euros). Nota ainda para o crescimento de 0,73% do BCP, para 15,18 cêntimos.

As principais praças europeias viveram em dinâmica positiva, depois da revisão em baixa da taxa de inflação dos Estados Unidos em julho, para 8,5%. Inferior ao aumento de 9,1% no mês anterior, poderá ajudar a Reserva Federal dos Estados Unidos a abrandar a subida das taxas de juro para combater o aumento dos preços.

Em Itália, o MIB registou a maior subida, somando 1,04%, para 22.722,09 pontos; em Espanha, o IBEX 35 cresceu 0,47% (8.352,50 pontos); em França, o CAC 40 acrescentou 0,52% (6.523,44 pontos); em Inglaterra, o FTSE 100 ganhou 0,41% (7.519,17 pontos).

O índice Stoxx 600, com as 600 maiores cotadas europeias, subiu 0,97%, para 440,22 pontos.

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Procura nos autocarros da STCP atingiu 88% do nível pré-pandemia no semestre

  • Lusa
  • 10 Agosto 2022

Nos primeiros seis meses do ano, a STCP transportou 33,2 milhões de passageiros nos seus autocarros, abaixo dos 37,5 milhões registados no mesmo período de 2019.

A procura nos autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) atingiu, no primeiro semestre deste ano, 88% do nível registado no mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19, disse esta quarta-feira a empresa à Lusa.

Em resposta a questões colocadas pela Lusa, a empresa referiu que “o primeiro semestre deste ano terminou com a STCP a atingir 88% do nível de procura do mesmo período temporal de 2019 (pré-pandemia), em modo autocarro”, depois de 84% no primeiro trimestre.

A empresa assinalou, inclusivamente, que no dia 9 de junho “atingiu um novo máximo diário, desde o início da pandemia, transportando mais de 250 mil passageiros nos seus autocarros”. No total, nos primeiros seis meses do ano, a STCP transportou 33,2 milhões de passageiros nos seus autocarros, abaixo dos 37,5 milhões registados no mesmo período de 2019.

Em julho a tendência manteve-se, já que “a procura, em termos absolutos, situou-se nos 88% face ao mesmo período de 2019, sendo de realçar que a procura média ao fim de semana, por dia, ultrapassou já os 95% face a idênticos dias de 2019″. Quanto ao transporte em carro elétrico, nos primeiros seis meses de 2022 atingiu 69% da procura “relativamente ao período homólogo de 2019, quando no primeiro trimestre a procura rondava os 61% de passageiros transportados”.

No entanto, a STCP realça que a linha 22 “se encontra suspensa devido às obras do Metro do Porto”, impactando os números deste ano. Assim, durante o primeiro semestre, foram transportados 245 mil passageiros (nas linhas 1 e 18), ao passo que em 2019 tinham sido transportados 355 mil (nas linhas 1, 18 e 22) no mesmo período.

A STCP destaca, na resposta à Lusa, que sem contar com a linha 22, em maio “as linhas 1 e 18 somadas transportaram mais passageiros do que em maio de 2019”. Julho, nos elétricos, “mantém a tendência crescente de procura, apresentando-se como o melhor mês do corrente ano, a conseguir já 84% de passageiros face ao mês homólogo de 2019″, apesar do encerramento da linha 22.

Já relativamente aos números de 2021 e 2020, a STCP referiu, na resposta à Lusa, que tinha questionado acerca dos números do primeiro semestre do ano passado, que os dois anos mais marcados pela pandemia “são considerados anos de exceção”. “Não podem ser comparáveis em termos de níveis de procura, devido à situação de pandemia em que o país se encontrava e aos diversos condicionalismos que foram sendo implementados ao longo daqueles dois anos”, assinala a empresa liderada por Cristina Pimentel.

No total de 2021, a STCP, tanto nos autocarros como nos elétricos, transportou 51 milhões de passageiros, abaixo do número recorde de 2019, com 76,7 milhões. Os números, relativos ao primeiro semestre, em toda a operação da STCP, situam-se, assim, a cerca de 43,5% do ano completo de 2019, segundo cálculos da Lusa. Na terça-feira, o Jornal de Notícias noticiou que a Metro do Porto transportou 30,5 milhões de passageiros, um aumento de 85,8% face ao ano passado, ainda impactado pelas medidas de contenção da pandemia de covid-19.

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Seguradoras nacionais quase sem exposição à guerra na Ucrânia

  • ECO Seguros
  • 10 Agosto 2022

A exposição, direta e indireta, das seguradoras nacionais aos intervenientes no conflito no leste europeu é muito reduzida, mas o contexto económico global associado à guerra traz efeitos colaterais.

A exposição direta e indireta das empresas de seguros nacionais aos países envolvidos no conflito no leste europeu (Rússia e Ucrânia) é reduzida. No final de 2021, a exposição direta era de apenas 0,04% do total dos ativos em carteira (19,1 milhões de euros), revela o último “Relatório de Estabilidade Financeira do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões” da ASF, a entidade supervisora do setor.

Também é pequena a representatividade dos países envolvidos no conflito no que respeita à exposição indireta detida por empresas de seguro através de fundos de investimento (0,07% das exposições a estes fundos), o equivalente a cerca de 9 milhões de euros, salientando-se que 85,3% dessas exposições correspondem a ativos afetos a seguros ligados, em que o risco é assumido pelos tomadores de seguros e beneficiários, o que, nota a ASF “limita os potenciais impactos da performance destes títulos para as empresas de seguros”.

Refira-se ainda que a exposição direta das seguradoras nacionais à Rússia desceu para 0,02% do total de investimentos, devido sobretudo à desvalorização dos títulos de dívida em carteira. Estes ativos, que constituem a carteira não afeta a seguros de vida ligados, foram classificados na qualidade creditícia mais baixa, traduzindo-se no risco de crédito mais elevado.

Por outro lado, refira-se que, no que respeita às exposições indiretas aos países envolvidos no conflito, os emitentes da Rússia representam 86,7% das exposições, os da Ucrânia 11,7% e os da Bielorússia 1,5%. Estas exposições indiretas concretizam-se em investimento indireto em ações (47,2%), dívida pública (28,7%) e dívida privada (23%).

Fundos de Pensões

No que respeita aos fundos de pensões, a exposição aos países envolvidos no conflito é ainda menor: 0,002% do total de investimentos (431,3 mil euros) no final de 2021. “À semelhança do setor segurador, estas exposições correspondem a dívida privada Russa, estando distribuídas por dois fundos de pensões distintos, notando-se, no entanto, que no total das respetivas carteiras estas exposições apresentam alguma materialidade”, refere o relatório da ASF.

As exposições indiretas dos fundos de pensões também são muito pequenas, correspondendo a 0,1% dos ativos detidos através de fundos de investimento – cerca de 3,3 milhões de euros. Larga parte desta exposição indireta dos fundos de pensões (mais de 70%) corresponde a títulos de dívida russa.

…E os derivados em carteira?

No atual contexto de grande volatilidade de commodities nucleares, como a energia e bens alimentares e subida das taxas de juro, ganham relevância os derivados detidos em carteira pelo setor, tendo em atenção que aqueles fatores poderão gerar problemas de liquidez.

O impacto dos produtos derivados nas carteiras do setor é mínimo. De acordo com a ASF, “no âmbito do setor segurador, no final de 2021, o valor de mercado dos derivados detidos em carteira representava menos 0,1% do total de ativos (menos 43,8 milhões de euros), enquanto o mesmo valor, no primeiro trimestre de 2022, decresceu para menos 0,02%. A representatividade dos derivados é ligeiramente superior quando considerada apenas a carteira de ativos afetos a seguros unit-linked, sendo o valor correspondente a dezembro de 2021 e a março de 2022, de 1,5% e 1,01%, respetivamente.

Também na área dos fundos de pensões o impacto dos derivados é pouco significativo. A exposição a derivados era, no final do último ano, de 25,2 milhões de euros, 0,11% do total.

Impacto direto e efeitos secundários

Face aos números a ASF conclui que “os impactos mais imediatos decorrentes da invasão da Rússia à Ucrânia não afetaram, de forma material, as carteiras de investimento dos setores segurador e de fundos de pensões nacionais”.

Quer a exposição direta e indireta quer a exposição a derivados por parte de seguradoras e fundos de pensões é, em suma, quase irrelevante.

No entanto, os efeitos de chamada “segunda ordem” podem fazer-se sentir negativamente, afetando as carteiras de investimento e a reavaliação do risco e do valor dos prémios. Em particular, a exposição a emitentes soberanos, que poderão ser vítimas da instabilidade financeira global, a qual, face à fragmentação de mercados e à incerteza dos investidores quanto à sustentabilidade da dívida pública, pode fazer ressurgir uma crise da dívida titulada pelos estados.

 

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Fidelidade ativa Pets no Festival Paredes de Coura

  • Diana Rodrigues
  • 10 Agosto 2022

A seguradora, uma das patrocinadoras oficiais do festival de verão, aposta em ações de marca, embaixadores e forte campanha nas redes sociais.

Sérgio Carvalho, Diretor de Marketing da Fidelidade, aposta em campanhas direcionadas a faixas etárias mais jovens e digitais.Hugo Amaral/ECO

Para reforçar o posicionamento estratégico junto das gerações mais novas, a Fidelidade lançou uma campanha sob a hashtag #AMúsicaNãoPára, que aposta na ativação de ações de marca no festival Vodafone Paredes de Coura, centrada no produto Fidelidade Pets.

Segundo Sérgio Carvalho, Diretor de Marketing da Fidelidade, “A presença no festival decorre da estratégia de inovação, sustentabilidade e aproximação de marca ao público jovem, a quem pretendemos proporcionar uma experiência única”.

Com o objetivo de promover o contacto direto com o público serão implementadas ações de ativação no stand, a presença de embaixadores de marca, como a apresentadora Isabel Silva, clientes, colaboradores e rede de mediadores da companhia.

Em comunicado, a Fidelidade anuncia ainda que irá desenvolver uma “forte campanha nas redes sociais” ao longo dos dias do festival, entre 16 a 20 de agosto.

Em 2018, a seguradora lançou no mercado nacional o produto Fidelidade Pets, destinado a preservar a saúde e bem-estar de cães e gatos domésticos, com enfoque na prevenção, e assente na “digitalização integral de processos, e em que a contratação e tramitação de sinistros são peças chave”.

Entre as coberturas oferecidas destacam-se check-up periódico gratuito e esterilização preventiva, compensação por acidente e doença, responsabilidade civil para animais de companhia potencialmente perigosos, defesa jurídica, assistência e entrega de remédios ao domicílio e linha de apoio para consultas veterinárias, além de vacinas, odontologia e outros.

Recentemente, Sérgio Carvalho explicou na imprensa que “a campanha de comunicação pretende reforçar o nosso posicionamento neste segmento de mercado, tendo como ambição que o Fidelidade Pets seja reconhecido como a solução de referência por todos os que têm cães e gatos. Desenvolvemos uma campanha descontraída, jovem e divertida, com o objetivo de despertar a atenção de todos, muito concretamente do público mais jovem, com presença constante nos meios digitais, e potenciando o goodwill que o produto acrescenta“.

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Pombal acolhe investimento de 33 milhões de euros em parque eólico

  • Lusa
  • 10 Agosto 2022

Empresa Infinita Energia deverá investir cerca de 33 milhões de euros na construção de um parque eólico, no concelho de Pombal, com uma potência instalada de 33 megawatts.

“Este valor de 33 milhões de euros é o investimento direto na construção de parque [eólico]”, anunciou Carina Brás, diretora de promoção da empresa Infinita Energia que vai investir no empreendimento. Segundo a diretora de promoção, “assim que for atribuída a licença de produção, a empresa estima um prazo de 18 meses para ter o parque construído e pronto a operar”.

Numa nota de imprensa divulgada na terça-feira, a Câmara de Pombal adiantou ter aprovado, em reunião do executivo, “a emissão de parecer de localização para a instalação de um Centro Eletroprodutor Eólico, a implantar numa área total de 787 hectares, abrangendo as freguesias de Abiul, Vila Cã e União de Freguesias de Santiago e São Simão de Litém e Albergaria dos Doze”.

O parque eólico terá uma potência instalada de 33 megawatts (MW), estando prevista a instalação de seis aerogeradores mais um suplente de 5,5 MW de potência nominal cada um sobre torre de 150 metros e rotor de 158 metros de diâmetro.

A construção de uma subestação, com cerca de 400 metros quadrados de implantação, para armazenar a energia produzida pelos aerogeradores, está igualmente contemplada.

De acordo com a nota de imprensa, “o projeto é enquadrável nas opções de ordenamento constantes do Plano Diretor Municipal de Pombal, sem prejuízo do devido cumprimento das demais normas e regulamentos aplicáveis. Também vai contribuir para a concretização das metas traçadas no Plano Nacional de Energia e Clima 2030, promovendo a produção de energia elétrica a partir de uma fonte renovável”.

Além da deliberação do executivo municipal, “também as respetivas juntas de freguesia emitiram parecer positivo à localização do empreendimento”, explicou o município liderado por Pedro Pimpão, referindo que o processo se destina “à instrução de pedido de atribuição de licença de produção a apresentar à Direção-Geral de Energia e Geologia, por parte da entidade promotora”.

A Infinita Energia, com sede em Santarém, integra o grupo espanhol Capital Energy e “tem um portfólio de projetos eólicos em desenvolvimento por todo o país que totalizam atualmente cerca de dois gigawatts”, acrescentou Carina Brás.

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Produção 1º Semestre: Quebra nos seguros Vida perturba ranking das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 10 Agosto 2022

No top 5 mantém-se a ordem, Fidelidade e Tranquilidade reforçam quota de mercado, mas há grandes mudanças a partir daí. Grupo CA e UNA sobem muitos lugares. Veja aqui o ranking completo.

A Fidelidade atingiu 33,5% de quota no mercado português de seguros no 1º semestre deste ano, revelam dados agora revelados pela ASF, entidade supervisora do setor. Por valores de produção das 37 companhias, agregadas por ECOseguros em 23 grupos, a Ageas manteve a 2ª posição do ranking baixando a sua quota para 17,1% enquanto a Tranquilidade fechou o top 3 aumentando a sua parte do mercado global para 10,6%.

A contrariar o mercado estão António Castanho, presidente da CA Vida que levou o grupo CA ao 6º lugar do ranking e Nuno David, CEO das seguradoras UNA que saltou 7 lugares para 9º entre as maiores.

Os indicadores de produção estabelecidos pela ASF apenas tratam as seguradoras sob sua supervisão, excluindo desta análise as sucursais de seguradoras sedeadas na União Europeia e que, segundo números de 2021, significaram em conjunto cerca de 10% da quota do mercado português. Os ramos Não Vida da Zurich, a Liberty, MetLife e a Bankinter estão entre as que não entram neste ranking, bem como outras com presença significativa como a Prévoir, Asisa, AIG, Chubb, ARAG ou Europ Assistance. A Ocidental Seguros foi integrada na Ageas Seguros em 1 de janeiro deste ano, mantendo-se no Grupo Ageas Portugal.

Para as seguradoras avaliadas pela ASF a quebra de produção do mercado total foi de 0,8% no 1º semestre de 2022, quando comparada com valores de igual período de 2021. Nas companhias que comercializam exclusivamente o ramo Vida a quebra foi maior em alguns casos. Não o foi no caso CA Vida cujos bons resultados do início do ano conduziram a uma subida de quase 90% na produção, duplicação de quota de mercado para 4% e uma subida de 3 lugares no ranking para 6º. Também a UNA conseguiu desempenho semelhante, mais que triplicando produção e subindo 7 lugares na tabela para 9º.

Resultado inverso para as seguradoras que operam apenas em ramos Não Vida que, em conjunto, cresceram cerca de 9% no primeiro semestre deste ano. A Caravela subiu vendas quase em 10% e ganhou quota de mercado para 1,1% e ainda assim perdeu um lugar na tabela devido à subida do Grupo UNA.

As companhias mistas, as que numa mesma sociedade exploram ramos Vida e Não Vida, tiveram efeitos contrários em relação a vendas, resultando num conjunto um crescimento de 2,1% nas vendas. O peso do ramo Vida nas carteiras conta para os resultados Fidelidade – apesar de contar com um ramo Vida significativo – cresceu 3,3%, o mesmo que a Tranquilidade/Generali, já a Real Vida e a Allianz decresceram em relação ao ano passado, dada a forte componente Vida de que dispõem.

Bancos encontram alternativas aos seguros

Segundo indicadores da APS, associação das seguradoras, referentes ao mesmo período e com todas as seguradoras do mercado, verificou-se uma queda de 1,3% nas vendas de seguros no 1º semestre de 2022 relativamente aos primeiros seis meses de 2021. Enquanto os ramos Não Vida cresceram 6,4% em termos nominais e apenas 0,4% se considerada a taxa de inflação verificada nesse tempo, o ramo Vida sofreu uma quebra nominal de 6,5% e uma quebra real de 11,9%.

Segundo dados da associação, foram os bancos os principais responsáveis pela baixa de vendas dos seguros de Vida. No 1º semestre deste ano venderam menos 319 milhões de produtos de produtos Vida, reduzindo a 77% a sua responsabilidade em relação a outros canais de venda, nomeadamente a mediação, que produziram mais 60 milhões de euros em relação ao 1º semestre de 2021.

A onda de subida de venda de PPR também não está a ser plenamente aproveitada pelas seguradoras. Apesar de um crescimento de 6,8% no semestre, os restantes emissores destes títulos, cuja procura é estimulada por benefícios fiscais, tem tido maior sucesso. “Atualmente, os seguros PPR representam cerca de 79% do mercado dos PPR, quando antes eram cerca de 86%”, afirmou António Ribeiro, especialista em assuntos financeiros da Deco Proteste, ao jornal Dinheiro Vivo. Segundo ele tem sido a aversão ao risco dos portugueses a razão para “o mercado dos seguros PPR sempre ter um peso maior, apesar de renderem menos e terem mais comissões“, concluindo que foram produtos com garantias de rendimentos e capital lançados pelas seguradoras que permitiram tomar a primazia neste tipo de investimento.

O ranking dos maiores grupos e seguradoras supervisionadas pela ASF, no 1º semestre de 2022 ficou assim:

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Ainda só foram administradas 143 doses da vacina contra Monkeypox

Apenas 5% das vacinas contra o vírus Monkeypox que Portugal recebeu há cerca de um mês foram administradas.

A vacinação contra o vírus Monkeypox, também conhecido por varíola dos macacos, está a avançar lentamente pela Europa. Em Portugal, apenas foram administradas 143 doses, adiantou a Direção-Geral da Saúde (DGS) ao ECO, sendo que o país recebeu 2.700 doses da vacina já em julho. A DGS diz estar “atenta” à situação.

Foi no início de julho que Portugal recebeu as primeiras doses da vacina contra a Monkeypox, adquiridas pela Comissão Europeia para serem distribuídas entre os Estados-membros mais afetadas pelo surto. Agora, cerca de um mês depois, foram “já administradas 143 doses”, segundo adianta fonte oficial da DGS ao ECO.

Desta forma, apenas 5% das vacinas foram administradas. A DGS recorda que “são elegíveis para a vacina os contactos próximos de casos confirmados”. “Idealmente, a vacinação deve ser realizada nos primeiros quatro dias após o último contacto próximo com um caso, podendo esse período ir até 14 dias se a pessoa se mantiver sem sintomas”, indicava a autoridade de saúde, aquando a publicitação da norma da vacinação.

Segundo o último boletim semanal da DGS, até 3 de agosto de 2022 foram reportados 616 casos de Monkeypox no SINAVEmed. Destes, a maior parte pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos (262; 43%) e a maioria dos casos são do sexo masculino (534; 99,6%).

A DGS “encontra-se atenta à situação epidemiológica, quer nível nacional quer internacional, acompanhando e adaptando, quando necessário, a implementação de medidas de saúde pública, nomeadamente no que diz respeito à vacinação”, sinalizou fonte oficial ao ECO.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou o Monkeypox como surto de emergência de saúde pública internacional, e no início deste mês os EUA declararam emergência sanitária nacional pelo surto deste vírus.

No bloco comunitário, a Comissão Europeia já pediu uma “ação reforçada, concertada e coordenada” na União Europeia (UE), o “epicentro dos casos detetados” de Monkeypox, para controlar o surto, agora classificado como emergência de saúde pública de preocupação internacional.

Já foram reportados mais de 16.500 casos de varíola dos macacos na Europa, sendo que a preocupação de algumas comunidades está mesmo a levar algumas pessoas a atravessar fronteiras à procura de vacinas, segundo reporta o Politico (acesso livre, conteúdo em inglês). O surto resultou em desacordo sobre como fornecer mensagens precisas, mas não estigmatizantes, enquanto quantidades limitadas de vacinas e critérios de elegibilidade rigorosos deixaram algumas pessoas a reivindicar acesso ao fármaco.

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