Debate cancelado no Reino Unido após desmaio de moderadora em direto

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

A moderadora Kate McCann, editora de política da Talk TV, desmaiou em direto durante o frente a frente entre Rishi Sunak e Liz Truss. Debate foi cancelado.

Um debate televisivo entre os dois candidatos a suceder Boris Johnson como líder do partido Conservador e primeiro-ministro britânico teve esta terça de ser abandonado após o moderadora ter desmaiado enquanto estava a decorrer.

O antigo ministro das Finanças Rishi Sunak e a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss estavam a debater no canal Talk TV quando se ouviu um som estrondoso, levando Truss, que estava a responder, a mostrar uma cara assustada e a dizer “Oh meu Deus” antes de a emissão ser cortada.

A TalkTV explicou mais tarde num comunicado que a moderadora Kate McCann “desmaiou em direto esta noite e embora esteja bem, o conselho médico foi que não devíamos continuar com o debate”. Sunak saudou as “boas notícias de que [a apresentadora] já está a recuperar” na rede social Twitter, enquanto Truss mostrou “alívio” e lamentou que “um debate tão bom tenha sido forçado a terminar”.

O debate foi organizado pelo tablóide The Sun e pela Talk TV, ambos detidos pelo grupo News UK do magnata Rupert Murdoch. McCann, editora de política da Talk TV, tinha inicialmente previsto apresentar o debate em conjunto com o editor de política do Sun, Harry Cole, mas este testou positivo à covid-19 esta manhã.

O incidente aconteceu cerca de meia hora depois do início do debate programado para durar uma hora, quando Truss e Sunak discutiam sobre impostos, como ajudar as famílias que lutam com o aumento do custo de vida e a melhor forma de financiar o Serviço Nacional de Saúde.

Os dois finalistas de uma lista inicial de oito candidatos estão a concorrer para a liderança do partido Conservador, da qual Johnson se demitiu a 7 de Julho após uma série de escândalos que desencadearam dezenas de demissões de membros do governo em dois dias.

A escolha vai ser feita por cerca de 180.000 militantes tories num voto postal, sendo o anúncio da decisão esperado a 5 de setembro, no regresso dos trabalhos do parlamento após as férias de verão. No dia seguinte, Boris Johnson deverá apresentar a demissão de primeiro-ministro à rainha Isabel II, a qual, segundo a tradição, pedirá ao novo líder do partido com a maioria parlamentar para formar governo.

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Wall Street encerra no vermelho penalizado pelo Walmart

Investidores estão preocupados com o crescimento da economia e a sentirem incerteza antes dos principais dados económicos que vão ser divulgados esta semana.

Os principais índices de Wall Street encerraram com perdas, enquanto os títulos do Tesouro dos Estados Unidos subiram. Este desempenho acontece na véspera de um provável aumento dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed), com crescentes preocupações económicas após o corte nas previsões dos lucros do Walmart.

O índice de referência financeiro, S&P 500, encerrou a perder 1,17% para 3.920,38 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que desvalorizou 0,71% para 31.761,54 pontos. A acompanhar esta tendência esteve o tecnológico Nasdaq ao recuar 1,87% para 11.562,58 pontos.

As ações dos Estados Unidos caíram, depois de o Walmart ter cortado na previsão de lucros trimestrais e anuais, uma vez que o aumento dos preços de alimentos e combustíveis estimulou os consumidores a reduzir as compras.

Como o Walmart é visto como um “teste decisivo para a saúde do consumidor”, Carol M. Schleif, vice-diretora de investimentos da BMO Family Office, explica que os investidores estão preocupados com o crescimento e a sentirem incerteza antes dos principais dados económicos que vão ser divulgados esta semana.

Os líderes da União Europeia concordaram em racionar o uso de gás depois de a russa Gazprom ter afirmado que os fluxos de gás para a Alemanha cairiam esta quarta-feira para metade – estão atualmente a apenas 40% da capacidade normal.

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Príncipe herdeiro saudita visita Atenas para reforçar cooperação bilateral

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

Entre os projetos a discutir inclui-se a instalação de um cabo elétrico que ligará a Arábia Saudita à Grécia e permitirá fornecer à Europa “uma energia muito menos cara".

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed ben Salmane, chegou esta terça-feira à Grécia, a sua primeira visita oficial a um país da União Europeia desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, com o objetivo de reforçar a cooperação bilateral.

Acompanhado por três ministros e uma importante delegação de empresários, numa deslocação onde terão primazia os domínios económico e energético, Mohammed ben Salmane (MBS) iniciou de imediato discussões em Atenas com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, segundo imagens divulgadas pela televisão pública ERT.

Esta vista, definida de “alto nível” pela Grécia, segue-se a uma visita oficial de Mitsotakis em outubro de 2021 a Riade, com o objetivo de atrair investimentos sauditas. “As relações entre os dois países são históricas e teremos a ocasião de finalizar” uma série de projetos bilaterais, declarou MBS no início do encontro.

Entre os projetos inclui-se a instalação de um cabo elétrico que ligará a Arábia Saudita à Grécia e permitirá fornecer à Europa “uma energia muito menos cara”, disse MBS.

Na quarta-feira vão ser assinados em Atenas pelos respetivos ministros dos dois países acordos sobre transportes marítimos, energia, tecnologia de defesa, gestão de detritos e cultura, indicou um comunicado da diplomacia grega.

As discussões vão igualmente incidir sobre um projeto de cabo de transferência de dados entre a Arábia Saudita e a Grécia, que “será transformado numa placa giratória regional entre a Europa e a Ásia”, referiram fontes diplomáticas gregas. Após a sua vista a Atenas, que se conclui quarta-feira, MBS vai dirigir-se para França, segundo a agência oficial de imprensa do reino.

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Medina tem excedente de 1.113 milhões no 1.º semestre. Receita fiscal sobe mais de 28%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Julho 2022

O encaixe com o IVA cresceu 26,9% no primeiro semestre deste ano face a 2021 e 15,2% face a 2019. Excedente orçamental atinge os 1.113 milhões de euros.

A execução orçamental das administrações públicas, em contabilidade pública, registou um excedente de 1.113 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2022, o que traduz uma melhoria de 8.429 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Ministério das Finanças, em comunicado, a receita fiscal aumentou 28,1% na comparação com junho de 2021.

A melhoria do saldo orçamental, na comparação homóloga, é justificada sobretudo pelo dinamismo da atividade económica e do mercado de trabalho – que influenciou o crescimento das receitas em 19,7% face a 2021 – e pela redução das medidas de prevenção e combate à pandemia de Covid-19 (-28%), da despesa com juros e outros encargos (-15,3%) e das transferências de dinheiro para o Novobanco.

Por sua vez, a despesa expurgada desses efeitos registou um aumento homólogo de 2,8% nos primeiros seis meses do ano, depois de ter registado uma redução residual de 0,5% até maio.

Até junho, a receita fiscal subiu 28,1% relativamente ao primeiro semestre do ano passado, devido principalmente ao IVA, que recuperou 26,9% na comparação homóloga (+15,2% face a 2019), enquanto a receita contributiva cresceu 9,7% face ao mesmo período de 2021 (+16% em relação a 2019). Ao todo, a receita fiscal e contributiva aumentou 21,6% em comparação com os primeiros seis meses de 2021 (14,9% face a 2019).

Note-se que estes são os valores na ótica de caixa, a qual difere da ótica de compromissos (contabilidade nacional) usada nas comparações internacionais.

Despesa primária sem medidas pandémicas sobe 1,6% graças a maiores gastos no SNS

De janeiro a junho, o saldo primário (sem contabilizar juros) foi positivo em 4.448 milhões de euros, o que compara com um défice primário de 3.379 milhões de euros no ano passado. A despesa primária (excluindo os efeitos associados às medidas de prevenção e combate à pandemia) cresceu 1,6% face a igual período de 2021.

Quanto aos gastos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), houve um acréscimo de 6,9% em termos homólogos. A componente de aquisição de bens e serviços teve o maior crescimento (+11,6%), para a qual contribuiu em grande parte o aumento de 19% da despesa com produtos vendidos em farmácias, bem como a subida da despesa com meios complementares de diagnóstico e terapêutica (+19,3%).

Já as despesas com salários nas Administrações Públicas tiveram um crescimento homólogo de 2,9%, com destaque para a “evolução dos salários no SNS (+6,4%) e do pessoal docente dos estabelecimentos de ensino não superior (+2,8%), refletindo o aumento no número de contratações, os aumentos salariais e as valorizações remuneratórias”.

Na Administração Central e Segurança Social sem PPP, o investimento aumentou 19,9% entre janeiro e junho de 2022 face ao período homólogo, destacando-se o maior investimento associado aos programas Escola Digital e Ferrovia 2020.

No que toca às prestações sociais realizada pela Segurança Social, a despesa (excluindo prestações de desemprego e medidas anti-Covid-19) cresceu 2,2%. Entre as que registaram maiores aumentos, destacam-se o subsídio por doença (+16,1%) e as prestações de parentalidade (+15,9%).

Medidas pandémicas com impacto de mais de 2 mil milhões no saldo. Despesa com juros desce

Apesar do menor impacto das medidas extraordinárias de combate à Covid-19 este ano face a 2021, o seu impacto no saldo até junho foi de 2.272 milhões de euros. “Concorrem para este efeito as medidas do lado da receita no valor de 293 milhões de euros – essencialmente pela prorrogação do pagamento do IVA (290 milhões) – e do lado da despesa total (1.980 milhões), onde se destacam os apoios direcionados ao setor da saúde (727 milhões), às empresas (478 milhões) e ao rendimento das famílias (420 milhões)”, justifica o ministério liderado por Fernando Medina.

Já a despesa com juros e outros encargos recuou cerca de 602 milhões de euros (-15,3%) nos primeiros seis meses de 2022 face ao mesmo período do ano passado. A redução da despesa com juros é ainda maior quando comparada com o primeiro semestre de 2019: cerca de 1.483 milhões de euros (-30,8%). Esta evolução deve-se, essencialmente, à redução dos juros com Obrigações do Tesouro.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h06)

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PSD chama ao Parlamento novo regime remuneratório dos médicos nas urgências

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

Sociais-democratas apresentaram pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei do Governo que estabelece um novo regime remuneratório do trabalho suplementar dos médicos nas urgências.

O PSD apresentou esta terça-feira um pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei do Governo que estabelece um novo regime remuneratório do trabalho suplementar dos médicos nas urgências, dizendo que “não aceita nem pactua com falsas soluções”.

A apreciação parlamentar permite aos deputados discutir, alterar e, no limite, anular um decreto-lei, diploma que é da responsabilidade do Governo e não passou pela votação na Assembleia da República.

No pedido, assinado pelo líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, o PSD não adianta ainda se pretende alterar ou revogar o diploma do Governo, que foi promulgado no domingo pelo Presidente da República, por Marcelo Rebelo de Sousa considerar que o regime excecional de remuneração nos serviços de urgência constitui “um paliativo fundamental” e é “justo pela sobrecarga de trabalho” dos médicos.

“O PSD não aceita nem pactua com falsas soluções que, parecendo resolver problemas, apenas os multiplicam e agravam, descredibilizando ainda mais a atual política de saúde”, referem os sociais-democratas, no pedido hoje entregue na Assembleia da República.

Para os deputados do PSD, “parecendo que este novo regime remuneratório aplicável à prestação de trabalho suplementar representa um avanço positivo relativamente ao regime excecional de trabalho suplementar consagrado na Lei do Orçamento do Estado, tal não sucede, verdadeiramente”.

O PSD aponta uma norma do decreto, segundo a qual os custos com o trabalho suplementar e aquisição de serviços médicos “não podem exceder, em cada serviço ou estabelecimento de saúde, os montantes pagos a título de trabalho suplementar e de prestação de serviços médicos no último semestre de 2019, corrigidos dos encargos decorrentes das atualizações salariais anuais”.”

“Trata-se, pois, de um cerceamento dos potenciais efeitos úteis que o novo regime do trabalho suplementar médico poderia conter, em ordem a contrariar ou, pelo menos, a atenuar, a degradação que está a atingir o funcionamento dos serviços de urgência do SNS e, bem assim, de mais uma infeliz demonstração da ausência de genuína vontade de compromisso leal do executivo do Partido Socialista com aqueles profissionais de saúde”, criticam os deputados sociais-democratas.

O novo regime foi publicado na segunda-feira em Diário da República e vai vigorar até 31 de janeiro. “Esta medida é um paliativo fundamental, essencial, num domínio. O resto é muito mais vasto, passa por organização, passa pela capacidade de resposta em várias estruturas, em vários momentos, por todo o país. Portanto, tem de ser um esforço conjugado”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, no fim de uma visita à Sé de Lisboa, na segunda-feira.

Interrogado se não teve dúvidas de constitucionalidade sobre este decreto-lei, ao contrário da Federação Nacional dos Médicos, que lhe pediu que enviasse o diploma para o Tribunal Constitucional, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Se eu tivesse dúvidas assim flagrantes, óbvias, de constitucionalidade, pediria ao Tribunal Constitucional para se pronunciar. Eu entendi que, de facto, havia uma justificação de urgência para o diploma”.

A Federação Nacional dos Médicos entende que, “ao poder obrigar os médicos a trabalharem muito para além de 150 horas anuais de trabalho suplementar, limite que se encontra definido legalmente, na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas e no Código do Trabalho, deita-se por terra todo e qualquer respeito pela sua vida familiar e pelo seu direito ao repouso e ao lazer, impondo-lhes o trabalho infinito, sem limites e sem direitos”.

Na prática, o diploma determina o valor de 50 euros a ser pago a partir da 51.ª hora e até à 100.ª hora de trabalho suplementar, 60 euros a partir da 101.ª hora e até à 150.ª hora e 70 euros a partir da 151.ª hora de trabalho extraordinário dos médicos nas urgências.

Nas últimas semanas, serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos em vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completarem as escalas de serviço de médicos especialistas.

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Há condições para amplo acordo social sobre competitividade e rendimento até outubro, diz CES

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

"Estou convencido que há todas as condições para aprovarmos até setembro/outubro um amplo acordo social incidente sobre as questões da competitividade e dos rendimentos", disse Assis.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, disse esta terça estar convencido de que “há todas as condições” para ser aprovado até setembro/outubro um “amplo acordo social” sobre as questões da competitividade e rendimentos.

O responsável falava no painel “Fim do emprego para a vida: perspetivas dos mais jovens em relação ao emprego”, no âmbito do Encontro Fora da Caixa “Os desafios da Economia e a Importância do Emprego”, iniciativa da CGD, que decorreu na Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras.

“Eu julgo que neste momento, pela forma como o Governo tem conduzido o processo e pela forma como os parceiros sociais se têm empenhado também nesta questão, eu estou convencido que há todas as condições para aprovarmos até setembro/outubro um amplo acordo social incidente sobre as questões da competitividade e dos rendimentos, sobretudo num contexto como este”, disse Francisco de Assis, aludindo ao impacto da guerra, inflação elevada, subida das taxas de juros, entre outros fatores.

“Confio na capacidade dos vários intervenientes neste processo”, rematou. A legislação relativa à Agenda do Trabalho Digno foi aprovada em Conselho de Ministros em 2 de junho último.

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“Tem-se cultivado” em Portugal uma cultura “que não premeia a meritocracia”, diz Pires de Lima

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

O presidente da Brisa diz ainda que as grandes empresas, "maltratadas do ponto de vista mediático", são as que têm possibilidade de pagar maiores salários.

O presidente da Brisa criticou esta terça-feira a existência de uma cultura em Portugal “que não premeia a meritocracia” e sublinhou que as grandes empresas, “maltratadas do ponto de vista mediático”, são as que têm possibilidade de pagar maiores salários. António Pires de Lima falava no painel empresas, no âmbito do Encontro Fora da Caixa “Os desafios da Economia e a Importância do Emprego”, iniciativa da CGD, que decorreu na Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras.

Questionado sobre o que representa o facto de o rendimento médio anual bruto ser de 9.665 euros, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE, o antigo ministro da Economia afirmou que isso diz que Portugal é um país onde “a maioria das pessoas, apesar de trabalhar e trabalhar muito, não têm através do seu trabalho acesso a uma vida digna” e isso “é um tema central”, quer na agenda política quer na empresarial.

O presidente da Brisa sublinhou ainda que Portugal é o país onde os jovens saem mais tarde de casa dos pais, depois dos 30 anos, em média. “E não é porque os filhos, creio eu, queiram viver com a mãezinha e o paizinho até aos 31 ou 32 anos, é porque não têm possibilidades de sair”, apesar de terem um emprego, prosseguiu, referindo que saindo mais tarde de casa, mais tarde casam e dificilmente têm filhos, o que também se traduz num problema demográfico.

Trata-se de um “problema estrutural de dignidade e de sustentabilidade da nossa sociedade” e que “não tem solução fácil”, salientou o gestor. “Paralelamente em Portugal tem-se cultivado ao longo dos tempos, e eu acho que não tem melhorado o ambiente cultural a esse respeito, uma cultura que não premeia a meritocracia”, criticou Pires de Lima.

E quem é que tem “a possibilidade de pagar salários melhores? As boas empresas, as empresas que ganham dinheiro”, mas “o que é se ouve em Portugal quando uma empresa apresenta lucros fortes? Esses lucros são obscenos, devem ser taxados com uma taxa especial, o que é bom é termos um universo constituído só por pequenas e médias empresas e, portanto, uma cultura destas o que propicia é um sistema empresarial onde as pessoas têm vergonha de ganhar dinheiro”, apontou.

“Quem ganha dinheiro procura esconder que ganha dinheiro e cria estímulos fundamentalmente para eternizarmos um tecido de pequenas e médias empresas quando a ambição de uma pequena e média empresa devia ser de uma grande empresa”, prosseguiu o presidente da Brisa.

Pires de Lima sublinhou que “são as empresas que têm modelo de sustentabilidade, que produzem riqueza, que têm valor acrescentado bruto grande, que apresentam lucros, que têm obrigação e podem pagar salários mais altos”, mas “está tudo invertido”.

Aliás, “é difícil ambicionarmos ter uma economia rica que possa pagar bons salários se no final aquilo que cultivamos do ponto de vista de cultura política é uma cultura em que aquilo que valorizamos são pequenas empresas, empresas que não apresentam lucros”, considerou.

O tecido destas empresas, que não são muitas, “são 800 em Portugal, eu duvido – mas já agora gostava que apresentassem dados – que os salários médios dessas grandes empresas, aquelas que são mais maltratadas do ponto de vista mediático, tenham alguma coisa a ver com os salários médios que paga a economia nacional”.

Muitas vezes pagam “o dobro ou o triplo” e têm “um papel fundamental na agenda da inovação”, portanto, “aquilo que nós devíamos procurar admirar, copiar são os exemplos das boas empresas e isso nem sempre está estabelecido na nossa cultura”, disse, referindo que “o que seria chocante é que uma empresa que apresenta lucros tivesse como bitola pagar” salário mínimo aos colaboradores.

Ou seja, é preciso trabalhar para criar cultura “que ponha a competitividade, o crescimento, a valorização das empresas, a criação de modelos de negócio que tenham o valor acrescentado bruto como prioritário, em vez de valorizarmos aquilo que é pequenino”, rematou.

O presidente executivo da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, referiu concordar com o tinha sido referido pelo presidente da Vila Galé e por Pires de Lima relativamente à meritocracia. “Temos uma cultura no contexto mediático de mediocridade e esse conceito alimenta a mediocridade e é muitas vezes difícil sair desse círculo vicioso como explicou muito bem o António [Pires de Lima]”, referiu o líder da construtora. As empresas “é que fazem a economia de um país”, sublinhou Gonçalo Moura Martins.

“Um contexto que não alimente o crescimento dessas empresas, o mérito dessas empresas (…), é uma sociedade que não cuida de si própria”, salientou, porque só as grandes empresas “é que têm futuro”. Por sua vez, Francisco Cary, da CGD, salientou que um dos grandes desígnios é ter uma política de crescimento económico pois só assim é que as empresas “conseguem desenvolver mais e pagar maiores salários”.

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Futebol espanhol atrai investidores estrangeiros

  • Servimedia
  • 26 Julho 2022

Há cada vez mais investidores estrangeiros interessados pela liga espanhola. O facto de ser uma das competições desportivas mais atrativas a nível económico tem contribuído para este interesse.

A Liga Espanhola é uma das competições mais famosas do mundo, não só dentro do futebol, mas na área desportiva. O nível das suas equipas e o facto de os melhores jogadores do mundo quererem fazer parte dela, tornaram-na uma das competições mais seguidas do mundo, facto que tem suscitado interesse a investidores estrangeiros, noticia a Servimedia.

Este interesse dos investidores surge não só pelo aspeto desportivo, mas também pelo facto de esta competição ser uma das mais atrativas a nível económico e financeiro. Prova disso é todo o investimento estrangeiro que chegou a Espanha através das diferentes equipas que o compõem.

Atualmente, existem oito clubes da primeira divisão e seis clubes LaLiga SmartBank que têm empresários, empresas ou fundos de investimento estrangeiros como acionistas, ou seja, 33% dos quarenta e dois que participam nestas duas competições.

Estes números foram recentemente completados com operações dos Estados Unidos na Real Zaragoza, Leganés, recentemente comprada pelo mexicano Jeff Luhnow e a sua empresa Blue Crow Sports, e Sporting de Gijón, com Alejandro Irarragorri no comando.

Singapura, Argentina e China são outros países estrangeiros com representação no futebol espanhol, com equipas como Valência, Elche e Espanyol, respectivamente. Além disso, os três clubes recentemente promovidos a LaLiga Santander partilham a condição de ter um proprietário de fora das fronteiras espanholas – Almeria de Turki, Valladolid de Ronaldo e Girona do Grupo da Cidade.

Também na segunda divisão estão Málaga, ainda nas mãos de Al Thani, que aguarda uma venda, e Oviedo, com o bilionário mexicano Carlos Slim. Além disso, Albacete, cujo maior acionista é o grupo Qatari Skyline International, subiu da Primera RFEF.

Mas nem todas as operações estrangeiras se destinam a assumir a propriedade dos clubes, elas vêm também reforçar os orçamentos de algumas equipas, como é o caso da American Ares Management e Quantum Pacific Group, da israelita Idan Ofer, no Atlético de Madrid; ou o caso de Sevilha, que, graças ao seu acordo com 777 Partners, um grupo de investimento dos Estados Unidos, espera poder assumir novos projetos a curto prazo.

Além disso, a atratividade financeira da LaLiga não se limita apenas aos seus clubes individuais. A própria competição beneficiou da entrada dos fundos CVC na LaLiga Impulso, o que significou uma injeção de capital de 1.994 milhões de euros na competição espanhola, encabeçando assim o ranking das operações de private equity no primeiro semestre do ano, segundo o último relatório publicado pela Capital&Corporate.

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Ucranianos abrem segundo escritório tech em Portugal

A completar duas décadas, tecnológica ucraniana Sigma já conta com mais de 20 trabalhadores em Portugal, divididos entre Lisboa e Cascais.

A ucraniana Sigma Software acaba de abrir o segundo escritório em Portugal. Depois de Cascais, a tecnológica apostou num espaço em Lisboa, passando a contar com mais de 20 trabalhadores no nosso país.

Lisboa é uma das capitais de startups europeias com um ecossistema tecnológico muito desenvolvido. Queremos fazer parte deste movimento. Além disso, o fuso horário conveniente facilita consideravelmente a comunicação com os nossos clientes europeus e dos Estados Unidos”, salienta Volodymyr Chyrva, sócio e cofundador da tecnológica, fundada na Ucrânia em 2002, que desenvolve produtos de software e presta consultoria a empresas.

A empresa aposta em Portugal depois de no final do ano passado ter participado pela primeira vez no evento principal da Web Summit, em Lisboa. Em 2022, serão um dos organizadores do espaço da Ucrânia na cimeira tecnológica.

Com mais de 2000 funcionários espalhados por 16 países, a Sigma Software tem pelo menos seis vagas abertas para programadores em Portugal, segundo a página oficial.

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Espanha revê em baixa crescimento para 2023

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

Quanto à inflação em 2022, o executivo espanhol subiu de 6,1% para 7,8% a estimativa para este indicador.

O Governo espanhol manteve esta terça-feira a estimativa de crescimento de 4,3% da economia de Espanha este ano, mas baixou em 0,8 pontos a previsão para 2023, para 2,7%.

As previsões do Governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, são mais otimistas do que as divulgadas esta terça pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo as quais o Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha deverá crescer 4% este ano e 2% em 2023. O FMI reviu em baixa o crescimento de Espanha, em relação ao que havia estimado em abril, baixando em 0,8 pontos percentuais a previsão para este ano e em 1,3 a estimativa para 2023.

O Governo espanhol manteve, por outro lado, as expectativas para o défice das contas públicas, que estima que seja 5% este ano e 3,9% em 2023, sempre acima dos 3% que ditam as regras europeias que estão, no entanto, suspensas desde 2020 por causa da pandemia.

Quanto à inflação em 2022, o executivo subiu de 6,1% para 7,8% a estimativa para o indicador de referência em Espanha.

As novas estimativas do Governo espanhol foram conhecidas no final de um Conselho de Ministros em que foi também aprovado o teto para as despesas do orçamento do Estado de Espanha para 2023, que será de 198.211 milhões de euros, mais 1,1% do que este ano.

Este será o último orçamento da legislatura do atual governo espanhol, uma coligação do partido socialista (PSOE) com a plataforma de partidos de esquerda Unidas Podemos. A confirmarem-se os números avançados, o orçamento de 2023 será também o terceiro consecutivo com aumento da despesa.

A ministra das Finanças de Espanha, María Jesús Montero, disse na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros que “a inflação é o principal desafio da economia espanhola” e atribuiu a revisão em baixa do crescimento de 2023 aos impactos da guerra na Ucrânia, ao agravamento das taxas de juro ou a desaceleração na zona euro.

 

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Draghi prevê “outono complicado”

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

Apesar de estar com funções limitadas, o primeiro-ministro italiano disse que "há muito a fazer", antes de um outono "muito complicado".

O primeiro-ministro cessante de Itália, Mario Draghi, garantiu esta terça-feira que o seu Governo, apesar de estar com funções limitadas, não pára porque “há muito a fazer”, antes de um outono “muito complicado”. Draghi falava durante uma reunião com organizações empresariais, com que abriu uma ronda de consultas com os parceiros sociais que irá prosseguir na quarta-feira com os principais sindicatos do país.

Após essa reunião, Draghi presidiu a um Conselho de Ministros em que a ministra da Economia, Daniele Franco, informou que nos primeiros seis meses do ano houve uma melhoria da tendência das contas públicas, com a dívida para 2022 “por enquanto” a baixar.

Esta redução, que ascende a 14.300 milhões de euros, do endividamento deve-se “inteiramente aos rendimentos mais elevados” e será influenciada pela nova ajuda às famílias e às empresas, para aliviar os efeitos da inflação, que deverá ser aprovada na próxima semana no parlamento, segundo a ministra.

A falta de apoio ao anterior decreto de ajuda por um dos parceiros da coligação do Governo de “unidade nacional” que apoiou Draghi, o Movimento 5 Estrelas (M5S, partido anti-sistema), que o considerou insuficiente, esteve na origem da crise que levou à queda, na semana passada, do executivo liderado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE).

O Governo está também a trabalhar nos decretos de implementação das reformas ligadas ao Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PNRR), dotado de 221.500 milhões de euros, dos quais 191.500 milhões serão provenientes da União Europeia (UE).

Enquanto se aguardam as eleições antecipadas, marcadas para 25 de setembro, Draghi e o seu Governo continuam em funções, para tratar de “assuntos urgentes”, incluindo o PNRR, uma vez que a falta das reformas pedidas pela UE poria em risco a entrega dos fundos dos quais a Itália (a terceira maior economia do bloco europeu) é o maior destinatário.

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GNR passou 1.700 contraordenações em fiscalização de pesados de mercadorias e passageiros

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

Das mais de 1.700 contraordenações, 639 foram relacionadas com a utilização de tacógrafos e incumprimento dos tempos de condução e repouso.

Uma operação de fiscalização a veículos de transportes rodoviários de mercadorias e de passageiros efetuada a nível europeu, entre 18 e 24 de julho, registou em território português 1.720 contraordenações, informou esta terça-feira a Guarda Nacional Republicana (GNR).

A GNR divulgou o balanço nacional da operação europeia “RoadPol – ECR Truck & Bus II”, durante a qual registou nas estradas sob sua jurisdição 1.720 contraordenações, das quais 639 relacionadas com a utilização de tacógrafos e incumprimento dos tempos de condução e repouso.

Os militares da guarda efetuaram ainda 224 contraordenações por excesso de peso transportado nos veículos e 215 por excesso de velocidade, adianta um comunicado da GNR

Naquela semana de fiscalização seletivo, a GNR orientou as ações de fiscalização para as vias mais críticas e onde se verifica um maior volume de tráfego deste tipo de veículos, em todo o continente.

No final de 2021, a GNR tornou-se membro da RoadPol, passando a integrar no seu planeamento operacional, as operações planeadas por aquela organização europeia.

No âmbito do planeamento anual efetuado pela RoadPol e pelo Euro Contrôle Route (ECR), a GNR realiza desde há dois anos uma operação de fiscalização direcionada para veículos pesados, com o objetivo de melhorar a segurança rodoviária, a sustentabilidade, a concorrência e as condições de trabalho em transporte rodoviário.

O Euro Contrôle Route (ECR) é um grupo Europeu de Inspeção de Transportes, que tem por objetivo melhorar a segurança rodoviária e a sustentabilidade, a concorrência leal e as condições de trabalho no transporte rodoviário.

Por seu turno, a RoadPol é uma organização que foi estabelecida pelas polícias de trânsito da Europa, com a finalidade de melhorar a segurança rodoviária e o cumprimento das normas rodoviárias.

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