Ataque informático é um “atentado à liberdade de imprensa”, diz dona da SIC

A Impresa foi hoje alvo de um ataque informático que deixou os seus sites inacessíveis, por um grupo entitulado Lapsus$, que exige um resgate. O grupo diz que está a trabalhar com a Polícia Judiciáira e com o Centro Nacional de Cibersegurança e vai apresentar uma “queixa-crime”.

“Num atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital, os sites do Expresso e da SIC, bem como algumas das suas redes sociais, foram esta manhã alvo de um ataque informático”, começa o curto comunicado divulgado ao início da noite.

“O grupo Impresa tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança, e apresentará uma queixa-crime“, acrescenta.

Diz também que “os jornalistas dos dois meios da Impresa continuam a noticiar o que de mais relevante acontece no País e no Mundo através das páginas que permanecem ativas do EXPRESSO (#liberdadeparainformar) e da SIC, no Facebook, no Linkedin e no Instagram“.

Os sites do jornal Expresso e da SIC foram hackeados esta manhã, sendo exibida uma mensagem com um pedido de resgate de um grupo de nome Lapsus$, que protagonizou ataques recentes no Brasil.

“Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de ‘cloud’. Entre outros tipos de dispositivos, o contato para o resgate está abaixo”, diz a mensagem exibida no écran do site da SIC, sobre um fundo negro.

A conta de Twitter do Expresso também foi pirateada, surgindo um post fixado no topo da página com o título: “Lapsus$ é oficialmente o novo presidente de Portugal”.