Fim da parceria com Bankia vale 571 milhões, Mapfre exige mais dinheiro
A transação, pelos 51% no negócio Vida e pelo acordo de distribuição não Vida, cifra-se em 571 milhões de euros. A Mapfre quer arbitragem para obter um acréscimo a rondar 52 milhões.
A Mapfre exerceu a opção de venda prevista no acordo de bancassurance que, durante mais de 20 anos, mantinha com o Bankia, entretanto comprado e absorvido pelo CaixaBank. Mas, discordando dos montantes que considera subvalorizados, o grupo segurador vai bater-se por mais.
Para concretizar o fim dos acordos que ligavam Mapfre e Bankia, o grupo segurador vai receber 571 milhões de euros do CaixaBank pelos 51% da empresa conjunta Bankia Vida (BV) e pela resolução do contrato de agência para distribuição de seguros não-Vida nos balcões do Bankia.
Segundo detalha a Mapfre, num comunicado distribuído através do regulador espanhol do mercado de capitais (CNMV), do montante total percebido, 294 milhões de euros representam 100% do valor de mercado (determinado por perito independente) atribuído aos 51% de participação na BV e 225 milhões de euros pelo negócio de não Vida, ao que acresce 10% (+/-52 milhões) que são devidos à Mapfre pelo fim da aliança de bancassurance por força da fusão Bankia-CaixaBank.
Com base na valorização do negócio que desenvolvia com o Bankia, a Mapfre afirma que manifestou à contraparte a sua discordância sobre o valor de mercado atribuído ao negócio Vida (BV). Neste sentido, a Mapfre avisa que vai submeter a transação a uma arbitragem para que, em vez de um prémio de 10%, lhe sejam pagos 20% conforme, afirma, decorre dos contratos resolvidos por via da terminação dos negócios Vida e não Vida. Ou seja, ao invés de 110%, que supostamente inclui valorização e ganhos cessantes com apólices ainda em vigor, a Mapfre pretende ser compensada em 120% pelos negócios de que se desvinculou e espera elevar a receita até aos 623 milhões de euros.
A querela sobre o prémio da transação prossegue defesa da posição assumida pelo grupo segurador já no final de março, quando se concluía a fusão CaixaBank-Bankia.
No mesmo comunicado, a seguradora indica que a operação supõe a contabilização de um ganho líquido de 171 milhões de euros, que poderão ser acrescidos de mais 52 milhões de euros brutos, em 2022, em função do resultado do procedimento arbitral.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Fim da parceria com Bankia vale 571 milhões, Mapfre exige mais dinheiro
{{ noCommentsLabel }}