Ómicron pode colocar 12% da população em isolamento
Portugal deverá atingir, no pico desta vaga da pandemia, 130 mil infeções diárias e ter até 12% da população em "isolamento, quarentena e absentismo", antecipou Baltazar Nunes.
Portugal deverá atingir, no pico desta vaga da pandemia, 130 mil infeções diárias e ter até 12% da população em “isolamento, quarentena e absentismo”, antecipa Baltazar Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública, perante a rápida disseminação da variante Ómicron.
Na reunião desta quarta-feira no Infarmed, Baltazar Nunes apresentou vários cenários, estimando que o número de infeções diárias por Covid-19 pode oscilar entre “os 40 mil casos por dia e os 130 mil casos“, durante esta semana e a segunda semana de janeiro. “O pico da incidência será na segunda semana de janeiro”, acrescentou.
Neste contexto, e face à elevada taxa de positividade, os peritos estimam que Portugal possa ter “entre 4% a 12% da população em isolamento, quarentena e absentismo”, também durante esta semana ou a seguinte, de “acordo com os vários cenários”.
Quanto à pressão que pode vir a ser exercida sobre os serviços de saúde, os investigadores estimam que possa haver 1.300 a 3.700 pessoas internadas “na última semana de janeiro ou primeira de fevereiro”, o que representa uma elevada pressão relativamente aos indicadores atuais, mas abaixo dos valores já atinguidos em janeiro do ano passado. Já no que diz respeito aos internamentos em unidades de cuidados intensivos, os investigadores estimam um nível de ocupação entre 184 a 453 camas em unidades de cuidados intensivos.
Estas estimativas foram realizadas tendo por base vários cenários, nomeadamente tendo em conta que se registou um aumento de contactos de 25% no Natal e de 15% no período do Ano Novo, bem como a menor eficácia da vacina ao longo do tempo e o reforço vacinal. Deste modo, Baltazar Nunes sublinha que “se medidas se traduzirem na eficácia de redução de contactos, vamos ver redução da tendência”, afirmou, acrescentando que “ao levantar medidas, vai haver plateau de casos e decrescimento”.
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