Melgaço faz upgrade tecnológico de 15 milhões para a indústria
Autarquia reforça cobertura 5G e aposta na produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo e postos de abastecimento elétricos e a hidrogénio para pesados na Zona Industrial de Penso.
O município de Melgaço vai avançar com um upgrade tecnológico à Zona Industrial de Penso, no valor de cerca de 15 milhões de euros, na sequência da aprovação de uma candidatura a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito das chamadas Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) de Nova Geração.
Segundo a informação enviada ao ECO pela autarquia do Alto Minho, este projeto visa a requalificação da Zona Industrial de Penso (ZIP) através da criação de espaços de demonstração, “posicionando Melgaço em termos de competitividade no acolhimento empresarial, reforçando a centralidade no contexto da eurorregião Galiza – Norte de Portugal, alinhando-se com as novas agendas climáticas e digitais”.
Das cinco tipologias a que se candidatou, só não foi aprovado o investimento relativo às “ilhas de qualidade de serviço de estabilidade energética”, por justificação insuficiente. O autarca melgacense, Manoel Batista, promete “tudo [fazer] para ultrapassar essa inelegibilidade e promover os investimentos nessa área” reclamados pelas empresas da ZIP, adiantando que já está em negociações com o operador de rede (E-Redes).
De resto, o investimento foi aprovado nas outras quatro tipologias a concurso: sistemas de produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo; mobilidade sustentável nas AAE (postos de abastecimento elétricos e a hidrogénio para veículos pesados); reforço da cobertura de AAE com soluções de comunicação 5G; e medidas ativas de prevenção e proteção contra incêndios.
A Câmara de Melgaço destaca ainda que o investimento agora aprovado vai beneficiar igualmente a futura Zona Empresarial de Alvaredo (ZEA), cujo investimento ascende a 2,7 milhões de euros. Este processo arrasta-se desde 2013, quando foi feita a revisão do PDM que definiu esta zona como área industrial. Em 2018 ficou definido o projeto global e a execução da primeira fase de obra arrancou em julho de 2021.
Além de Melgaço, outras dez autarquias viram as suas candidaturas aprovadas para Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) de Nova Geração, num total de 110 milhões de euros de fundos disponibilizados pela chamada “bazuca europeia”: Chaves, Vila Real, Águeda, Guarda, Oliveira do Hospital, Rio Maior, Campo Maior, Beja e Lagos.
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