Roberta Metsola eleita presidente do Parlamento Europeu
Eurodeputada maltesa foi eleita a nova presidente do Parlamento Europeu com 74% dos votos. "A Europa está de regresso", disse no discurso de vitória.
Roberta Metsola é a nova presidente do Parlamento Europeu, sucedendo a David Sassoli, que morreu na semana passada. A eleição ocorreu esta terça-feira, por via remota devido à pandemia, tendo a eurodeputada de Malta sido a escolhida por maioria absoluta.
A candidata do Partido Popular Europeu (PPE) assumiu as funções de presidente interina depois da morte de David Sassoli, tal como a lei prevê, uma vez que era a primeira vice-presidente do Parlamento Europeu. Mas a eleição realizada esta terça-feira para a escolha do próximo presidente do Parlamento Europeu já estava prevista antes da morte do italiano.
Para estas eleições, Metsola já era apontada como favorita. E, esta terça-feira — no dia em que completa 43 anos –, acabou mesmo por ser eleita a nova presidente da instituição até 2024, com 458 votos (74% do total de 616 votos válidos).
Na corrida à presidência do Parlamento Europeu estavam ainda a sueca Alice Bah Kuhnke (Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia), a espanhola Sira Rego (Grupo da Esquerda Unitária Europeia) e o polaco Kosma Zlotowski (Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus).
“Prometo que vou trabalhar arduamente em prol do Parlamento Europeu e de todos os cidadãos europeus. Gostava que acreditassem novamente, que tivessem novamente entusiasmo pelo nosso projeto, que tem de ser mais justo e igualitário“, disse Roberta Metsola, no discurso após serem conhecidos os resultados.
“Em toda a Europa, nos próximos anos, vão olhar para nós à procura de liderança e outros vão continuar a testar os limites dos nossos princípios democráticos e europeus. Temos de lutar contra a narrativa que vai contra a União Europeia“, continuou a maltesa, afirmando que “quem olhar para nós [Europa] vai encontrar em nós um aliado”.
Durante todo o discurso, Roberta Metsola abordou vários tópicos, entre os quais as alterações climáticas. “Não podemos separar o ambiente da economia”, disse, notando que as alterações climáticas “não são um problema para ser tratado noutra geração”.
Em toda a Europa, nos próximos anos, vão olhar para nós à procura de liderança e outros vão continuar a testar os limites dos nossos princípios democráticos e europeus.
Roberta Metsola assume a presidência do Parlamento Europeu 19 anos depois da última mulher a ocupar a mesma cadeira — a francesa Nicole Fontaine, que liderou até 2002. “Sei que estou aqui a apoiar-me nos ombros de gigantes”, disse a maltesa. “Estou apoiada por milhões de mulheres, sem nome, que lutaram por nós e que não tiveram as mesmas oportunidades.”
As eleições realizaram-se por escrutínio secreto, sendo que, para ser eleito, um candidato tinha de obter a maioria absoluta dos votos. Devido à pandemia, a votação foi realizada por via remota, já que alguns eurodeputados não puderam participar presencialmente na sessão.
Estas eleições acontecem na sequência da morte de David Sassoli, a 10 de janeiro, embora já estivessem previstas antes. Sassoli faleceu aos 65 anos, ao fim de mais de duas semanas internado num hospital em Itália devido a uma “disfunção do sistema imunitário”. O italiano assumiu a presidência do Parlamento Europeu no verão de 2019.
(Notícia atualizada às 10h37 com mais informação)
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