Portugal melhora um lugar no ranking de perceção da corrupção
Portugal ocupa a 32.ª classificação no Índice de Perceção da Corrupção de 2021, com 62 pontos. Transparency International avisa que Governo e BdP escapam à nova Estratégia Nacional Anticorrupção.
Portugal subiu um lugar no ranking do Índice de Perceção da Corrupção de 2021, elaborado pela Transparency International, mas continua a ter falhas neste campo. A organização alerta que o combate à corrupção em Portugal, através da nova estratégia anticorrupção, “deixa de fora o Governo e o supervisor da banca”.
O país encontra-se em 32.º lugar na tabela do índice que mede os níveis da perceção de corrupção no setor público em 180 países/territórios ao redor do mundo, com uma pontuação de 62 (sendo que 0 corresponde a um país percecionado como muito corrupto e 100 a um país visto como muito transparente). Face a 2020, subiu uma posição, bem como na pontuação, que era de 61.
“Se só subimos um ponto no Índice de Perceção da Corrupção é porque a Estratégia Nacional Anticorrupção não é de todo satisfatória. Ainda temos muito que trabalhar ao nível da grande corrupção e do reforço institucional para a prevenção da corrupção ao mais alto nível político e das instituições públicas”, reitera Susana Coroado, presidente da Direção da Transparência Internacional Portugal, citada em comunicado.
Apesar da subida, Portugal continua abaixo dos valores médios da União Europeia (64 pontos) e da região Europa Ocidental e União Europeia (66 pontos). Esta região ainda se destaca neste índice, ficando no topo com uma pontuação média de 66 em 100, mas “o progresso estagnou”, como destaca a organização.
Entre os pontos de risco, destaca-se que os “poderes executivos estão a ser usados para contornar mecanismos importantes de responsabilização destinados a manter a corrupção sob controlo”. É aqui que é dado o exemplo de Portugal, onde “a nova estratégia nacional anticorrupção não abrange partidos políticos ou Banco de Portugal”.
A organização alerta ainda que a pandemia de Covid-19 tem “ameaçado a transparência e responsabilidade em toda a região, não deixando nenhum país ileso e expondo sinais preocupantes de retrocesso mesmo entre os os melhores desempenhos da região”.
Olhando para o índice global, os países do topo, onde é considerado que existe menos corrupção, são Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, cada um com uma pontuação de 88.
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