Pires de Lima considera que CDS “morreu” e vai “fazer muita falta à democracia”
"Na ausência de dois congressos, - um solicitado e não concedido, outro marcado e depois cancelado - o CDS nem a oportunidade teve de passar pela última estação", disse o antigo ministro da Economia.
O antigo ministro da Economia e ex-dirigente centrista António Pires de Lima, que se desfiliou recentemente, considerou esta segunda-feira que o CDS-PP “morreu” no domingo e defendeu que vai “fazer muita falta à democracia portuguesa”. “Na ausência de dois congressos, – um solicitado e não concedido, outro marcado e depois cancelado – o CDS nem a oportunidade teve de passar pela última estação”, considerou, numa reação por escrito enviada à Lusa.
Pires de Lima, que deixou de ser militante do partido no final de outubro do ano passado, apontou que o CDS “morreu ontem [domingo] e vai, realmente, fazer muita falta à democracia portuguesa”. E lembrou também que defendeu, em setembro de 2020, no jornal Expresso, que o “CDS faz muita falta à democracia portuguesa e não devia morrer assim”.
O CDS-PP teve no domingo o pior resultado da sua história em eleições legislativas e não conseguiu eleger qualquer deputado, tendo ficado afastado do parlamento pela primeira vez em 47 anos. O CDS-PP foi o sétimo partido mais votado, tendo ficado à frente do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e do Livre em percentagem e número de votos, mas não conseguiu eleger qualquer deputado, ao contrário destes dois partidos, que elegeram um deputado cada um pelo círculo de Lisboa.
O presidente do partido e cabeça de lista por Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos, assumiu “todas as responsabilidades” pelo resultado e anunciou que apresentou a demissão.
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