Nas notícias lá fora: Energia, Uber e Credit Suisse
Das ajudas para compensar o aumento do custo da energia às centenas de milhões de euros perdidas pela Uber em 2021, conheça as notícias que estão a marcar o dia lá fora.
O Governo italiano está a preparar um novo pacote de medidas para compensar o aumento dos preços da energia e o espanhol está a levar a cabo uma mini reforma do sistema sancionatório para quem oculta ativos que detém no estrangeiro tornando-o mais leve. Em contra ciclo, nos Estados Unidos, Nacy Pelosi defende que os titulares de cargos públicos (executivos, legislativo e judicial) devem ser proibidos de ter investimentos nos mercados de capitais. Em época de resultados, Uber e Credit Suisse somam perdas de milhões. Conheça as notícias que estão a marcar o dia lá fora.
Ansa
Itália prepara mais ajudas para compensar aumento do custo da energia
O Governo italiano está a preparar um novo pacote de ajudas, “entre cinco mil milhões e sete mil milhões” de euros, para mitigar o impacto do aumento dos preços da energia pago pelas famílias e empresas. A decisão foi anunciada pela subsecretária de Estado Maria Cecilia Guerra, do Ministério da Economia. Este montante soma aos mais de dez mil milhões que o Executivo de Mario Draghi já tinha reservado, para o período entre julho do ano passado e março de 2022, para financiar famílias em dificuldades e congelar temporariamente os custos fixos do sistema. Draghi já tinha anunciado que estava a trabalhar num plano “de grande envergadura” para conter os custos da energia, prometendo a sua apresentação para “os próximos dias”.
Leia a notícia completa na Ansa (acesso livre, conteúdo em italiano)
Expansión
Espanha reduz penalização pela ocultação de bens no estrangeiro
O Governo espanhol introduziu um conjunto de emendas de última hora com o objetivo de flexibilizar o regime sancionatório do modelo 720 — uma obrigação declarativa para residentes fiscais em Espanha, que obriga, desde 2013, a declarar todos os ativos fora daquele país. Em causa está uma discreta reforma do regime sancionatório que o Tesouro aplica a quem oculta a posse de bens no estrangeiro. As penalizações serão bastante menores, sendo que as penas prescreverão em quatro anos.
Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol)
The Washington Post
Pelosi quer proibir investimentos em bolsa a titulares de cargos governamentais
A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, defende a proibição de os titulares dos principais de cargos públicos investirem em bolsa. Segundo uma organização que monitoriza estas transações, a Capitol Trades, os deputados e as suas famílias investiram no mercado de capitais cerca de 515 milhões de dólares (451 milhões de euros) em 2021. Durante uma conferência de imprensa, Pelosi explicou que “tem de se cobrir todo o Governo”, sendo que no léxico político dos EUA, ‘Governo’ inclui os três ramos: legislativo, judicial e executivo, recordando que os juízes, em particular os do Supremo Tribunal, não têm de divulgar as suas transações nos mercados de capitais, apesar de “tomarem decisões importantes todos os dias”. No Congresso existem vários projetos de lei para restringir ou proibir taxativamente as operações bolsistas aos congressistas.
Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso livre, conteúdo em inglês)
The New York Times
Uber perde 496 milhões de dólares em 2021
A multinacional norte-americana de transporte Uber anunciou um prejuízo no exercício de 2021 de 496 milhões de dólares (434 milhões de euros), quase 14 vezes inferior ao obtido um ano antes. A empresa baseada em São Francisco, na Califórnia, tinha perdido 6,768 mil milhões de dólares em 2020. Desde que saiu de bolsa, em 2019, a Uber praticamente só tem apresentado prejuízos nos seus relatórios e contas trimestrais, mas o seu administrador-delegado, Dara Khosrowshahi, reitera que a empresa está no caminho certo para começar a apresentar lucros de forma consistente. Nos 12 meses de 2021, a Uber aumentou receitas dos 11,1 milhões de 2020 para 17,5 mil milhões.
Leia a notícia completa no The New York Times (acesso livre, conteúdo em inglês)
Reuters
Credit Suisse fecha 2021 com prejuízos de 1,7 mil milhões de euros
O Credit Suisse fechou 2021 com prejuízos de 1,8 mil milhões de francos suíços (cerca de 1,7 mil milhões de euros), depois dos lucros de 2,7 mil milhões de francos suíços (25,6 mil milhões de euros) registados no ano anterior. Só no último trimestre do ano passado, o banco suíço teve perdas de dois mil milhões, penalizado por provisões para riscos legais do seu banco de investimento. O Credit Suisse, de onde António Horta Osório saiu recentemente, teve um ano marcado pelo colapso da Greensill e pelas perdas de 5,5 mil milhões de dólares com a implosão do fundo de investimento da Archegos.
Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)
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