EUA acreditam em invasão russa da Ucrânia nos próximos dias
Joe Biden informou os líderes europeus e da NATO que Vladimir Putin já terá decidido invadir o território ucraniano nos próximos dias.
Os líderes europeus e da NATO foram informados pelos Estados Unidos que o presidente russo já terá tomado a decisão de avançar com a invasão da Ucrânia nos próximos dias, de acordo com fontes diplomáticas citadas pela The Guardian (conteúdo em inglês).
Segundo a avaliação dos serviços de informações ocidentais, o objetivo mais provável da Rússia será o de cercar a capital ucraniana, Kiev, e forçar, na sequência, uma mudança de regime, indica o mesmo jornal.
Esta sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken já tinha avisado que a invasão em causa poderá “começar a qualquer momento“, mesmo durante os Jogos Olímpicos de Inverno, que decorrem em Pequim.
Entretanto, Joe Biden marcou uma chamada com os aliados transatlânticos para discutir a preocupação em torno do reforço da presença militar junto à Ucrânia e para continuar o trabalho de coordenação. O The Guardian avança ainda que os Estados Unidos pediram também um telefonema urgente com os aliados da NATO e os líderes da Comissão Europeia e Conselho Europeu de forma a poderem partilhar as novas informações.
De acordo com o jornal britânico, poucos minutos após essa reunião, as autoridades do Reino Unido começaram a pedir aos cidadãos britânicos que se encontram na Ucrânia que saiam desse país. Também o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, já indicou que o pessoal não essencial do posto diplomático da Rússia na Ucrânia foi aconselhado a sair do país “por algum tempo”, segundo a agência Tass.
Do mesmo modo, o Presidente dos Estados Unidos já aconselhou os cidadãos norte-americanos na Ucrânia a deixarem o país, lembrando que um possível conflito entre as forças norte-americanas e russas será uma “guerra mundial”.
A Ucrânia e os aliados ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado tropas na fronteira ucraniana para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a Crimeia em 2014. A Rússia nega qualquer intenção bélica.
Por sua vez, o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) aconselhou o pessoal não essencial ao serviço da União Europeia (UE) na Ucrânia a deixar o país. “Por enquanto, foi dada ao pessoal não essencial a oportunidade de deixar o país. Continuamos a avaliar a situação à medida que se desenvolve, de acordo com o dever de cuidado que temos para com o nosso pessoal e em estreita consulta e coordenação com os Estados-membros da UE”, disse Peter Stano, porta-voz do serviço diplomático do bloco, citado pelo Politico (acesso livre/conteúdo em inglês).
Ainda de acordo com um funcionário, o embaixador da UE na Ucrânia, Matti Maasikas, terá afirmado num e-mail interno: “Exorto todo o pessoal expatriado, com exceção do pessoal essencial, a deixar a Ucrânia o mais rapidamente possível“.
(Notícia atualizada às 20h53)
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