Viagens: Dezenas de países exigem seguro com cobertura Covid-19

Com a incerteza associada à evolução global e local da pandemia (Covid-19 e variantes), a organização das viagens – escapadinhas, miniférias ou férias de família no estrangeiro – requer planeamento atento quanto ao regime de restrições, requisitos sanitários e documentação exigida em cada país, nomeadamente sobre a obrigatoriedade, ou recomendação, de contratar um seguro com cobertura Covid-19.

Enquanto a generalidade dos países da Europa vai levantando restrições, outros destinos turísticos mantêm entrada vedada a turistas ou alteraram recentemente as condições para visitantes estrangeiros. Alguns exigem ou decretaram obrigação de seguro de Viagem que inclua coberturas Covid-19, nomeadamente para despesas locais de assistência médica, alojamento (em caso de quarentena), hospitalização e repatriamento aos visitantes que, durante a estadia, testem positivo ou adoeçam por infeção com o novo coronavírus (ou novas variantes de SARS-CoV-2).

Pesquisa aleatória na internet indica que entre 40 a 60 países impõem que os visitantes à sua chegada, além de outros documentos (Visto, preenchimento de formulário/declaração sanitária, certificado de vacinação e teste Covid RT-PCR), apresentem ainda, ou contratem localmente, apólice Viagem com inclusão de Covid-19 ou outro seguro que valide cobertura desta doença. Nestes casos, coberturas e capital seguro podem variar por país (com valores entre 30 mil e 50 mil dólares), nivelado pelos preços de assistência médica, hospitalização, alojamento para quarentenas e repatriamento.

Entre destinos referenciados na imprensa como tendo decretado obrigatoriedade de um seguro de viagem com cobertura Covid estão Argentina, Bahamas, Chile, Costa Rica, Jamaica, mas há mais. Alguns países já exigiam seguros semelhantes mesmo antes da pandemia. Mas, com a crise sanitária mais de 10 passaram a impor obrigatoriedade, avançou a cadeia de informação norte-americana CNBC, citando fonte do setor segurador.

A corretora francesa Insurly atualizou, na última semana, a sua lista de países que impõem cobertura Covid, indicando um total de 42 destinos onde, segundo afirma a companhia, o seguro é obrigatório. Outras fontes internacionais explicam que a obrigatoriedade do seguro (com Covid) depende da duração da estadia e distribuem os destinos onde a cobertura é obrigatória, por 16 países da Ásia (incluindo China, Tailândia, Indonésia e Maldivas), 15 destinos na América do Sul (além dos já referidos, acrescentam-se Cuba, Guatemala e Brasil, neste último caso só para estadias superiores a 90 dias).

Noutros casos como o do Belize, por exemplo, informação do organismo local de Turismo atualizada em janeiro impõe seguro obrigatório com cobertura de Covid-19 com efeito a partir de 15 de fevereiro, possibilitando a compra de uma apólice específica à chegada, por 18 dólares, com capital seguro de até 50 mil dólares.

Globalmente, dado que as regras não são permanentes e podem variar entre situações de obrigatoriedade ou simples recomendação, diferenciando-se ainda consoante a proveniência dos turistas ou à medida que evolui a pandemia localmente, é aconselhável contactar diretamente uma seguradora ou agência de viagens e esclarecer detalhes sobre eventual exigência do referido seguro nos casos particulares.

Para esclarecer dívidas enquanto prepara a viagem também pode aceder, por exemplo, ao Portal das Comunidades (MNE), onde encontrará alertas atualizados. O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) fornece conselhos aos viajantes, além de proporcionar informação detalhada por regiões e destinos, como por exemplo, Maldivas.

Outro recurso útil de informação atualizada relativamente às regras aplicáveis aos visitantes em cada destino aeroportuário, é a página eletrónica da IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo), que disponibiliza um mapa mundial interativo, um widget de regras atualizadas e consulta fácil (IATA Timatic).