Fed já prepara subida dos juros para breve
Responsáveis do banco central americano já colocaram em marcha os planos para subirem os juros e reduzirem os títulos de dívida do balanço. Fed prevê subir taxa em breve. Mercado aponta para março.
Com os preços em aceleração e a economia muito perto do pleno emprego, a Reserva Federal norte-americana (Fed) considera que está na hora de começar a subir os juros em breve, mostram as atas da última reunião divulgadas esta quarta-feira. Algo que o mercado já está a descontar, apontando para uma subida já no encontro de março. Contudo, o banco central não deixou pistas sobre quantas subidas poderão acontecer este ano, adiantando antes que as decisões serão tomadas reunião a reunião, em função da informação disponível.
Os responsáveis do Comité Federal de Mercado Aberto da Fed também sinalizaram que se a inflação não aliviar face aos atuais máximos de 40 anos, vai ter de apertar a política monetária mais rapidamente do que o esperado.
“A maioria dos participantes notaram que, se a inflação não baixar como esperado, será apropriado para o Comité remover a política acomodatícia a um ritmo mais acelerado do que antecipado atualmente”, diz o documento que conta a reunião da Fed de 25 e 26 de janeiro.
Para já, concordaram que as taxas de juro deverão ter de subir a um “ritmo mais acelerado” do que aconteceu no ciclo iniciado em 2015.
Contudo, também quiseram salientar que o rumo mais apropriado da política monetária “deve depender dos desenvolvimentos económicos e financeiros e das suas implicações para as perspetivas económicas”. Nesse sentido, os participantes do Comité “atualizarão as suas avaliações sobre cenário apropriado para a abordagem de política em cada reunião”.
A próxima reunião tem lugar nos dias 15 e 16 de março e a subida dos juros — a primeira desde 2018 — é um dado adquirido pelos mercados, com investidores e analistas a apostarem num aumento de 50 pontos base. Há quem preveja ainda que os juros subam 150 pontos base ao longo do ano, face ao andamento assinalável da economia e dos preços.
Além do rumo dos juros, os participantes também debateram os planos para reduzir a sua carteira de 9 mil milhões de dólares em títulos de dívida que o banco central tem no seu balanço.
“À luz do atual elevado nível de títulos de dívida, uma redução significativa do tamanho do balanço seria provavelmente apropriada”, contam as atas.
(Notícia atualizada às 19h58)
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