Cronologia: Ucrânia, um confronto entre a Rússia e o Ocidente
A Ucrânia tem estado no centro das divergências entre a Rússia e o Ocidente praticamente desde os anos 90. É esta a cronologia.
A Ucrânia tem estado no centro das divergências entre a Rússia e o Ocidente praticamente desde que declarou a independência em relação a Moscovo, em 1991, após ter integrado a União Soviética.
Amputada de parte do seu território em 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia, a Ucrânia enfrenta de novo a possibilidade de uma invasão na região do Donbass, onde a guerra que trava com separatistas pró-russos já provocou mais de 14.000 mortos em oito anos.
O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu, na segunda-feira, as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no Donbass, e autorizou o exército russo a enviar uma força de “manutenção da paz” para aqueles territórios no leste da Ucrânia.
A decisão foi tomada após meses de elevada tensão entre a Rússia e o Ocidente, depois de Moscovo ter concentrado dezenas de milhares de tropas nas fronteiras com a vizinha Ucrânia, mas enquadra-se num diferendo iniciado há três décadas.
É esta a cronologia da crise sobre a Ucrânia, com base em diversas fontes:
1991
- Leonid Kravchuk, líder da República Socialista Soviética Ucraniana, declara a independência em relação a Moscovo.
2004
- O candidato pró-Rússia Viktor Yanukovich é declarado Presidente, mas alegações de fraude eleitoral provocam um movimento de protesto, conhecido como a Revolução Laranja, e forçam uma nova votação, que resulta na eleição do pró-ocidental Viktor Yushchenko.
2005
- Yushchenko promete tirar a Ucrânia da órbita de Moscovo, em direção à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e à União Europeia (UE).
2008
- Na cimeira de Bucareste, a NATO concorda com a adesão da Ucrânia e da Geórgia. “A NATO saúda as aspirações euro-atlânticas da Ucrânia e da Geórgia de adesão à NATO. Acordámos hoje que estes países se tornarão membros da NATO”, lê-se na declaração da cimeira.
- Com José Manuel Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia (2004-2014), UE e Ucrânia iniciam conversações sobre um acordo de associação e declaram que “o futuro da Ucrânia está na Europa”.
2010
- Viktor Yanukovich derrota Yulia Tymoshenko nas presidenciais e torna-se chefe de Estado.
2013
- Uma semana antes da assinatura do acordo com a UE, em novembro, Yanukovich suspende o processo e anuncia que a Ucrânia prefere juntar-se à Rússia na União Aduaneira Eurasiática. A decisão gera uma onda de protestos de apoiantes da integração europeia.
2014
- Os protestos, conhecidos por movimento “Euromaidan”, por serem centrados na Praça Maidan, em Kiev, tornam-se violentos. Dezenas de manifestantes são mortos.
- Em fevereiro, Yanukovich foge do país quando enfrentava um processo de destituição e acaba por se refugiar na Rússia.
- Em março, a Rússia anexa a península da Crimeia, no sudeste da Ucrânia.
- Em abril, separatistas com apoio de Moscovo declaram a independência das repúblicas de Lugansk e de Donetsk, na região oriental ucraniana do Donbass, iniciando uma guerra que provoca 14.000 mortos em oito anos
- Em 25 de maio, o empresário Petro Poroshenko ganha as eleições presidenciais com uma agenda pró-ocidental.
- Em 06 de junho, os líderes da Ucrânia, Rússia, França e Alemanha criam uma plataforma de diálogo para tentar resolver a guerra no Donbass, conhecida por Formato Normandia.
- Em 17 julho, um míssil russo destrói um avião civil da Malásia, quando sobrevoava a região de Donetsk. Três altas patentes das forças separatistas pró-russas no Donbass são acusadas da morte das 298 pessoas que seguiam no voo MH17.
2017
- Entra em vigor o acordo de associação entre a Ucrânia e a UE.
2019
- A Igreja Ortodoxa da Ucrânia separa-se formalmente da Igreja Ortodoxa Russa, ao fim de 332 anos.
- O ex-ator e comediante Volodymyr Zelenskyy é eleito Presidente da República em 21 de abril, e promete pôr fim ao conflito no leste da Ucrânia.
2021
- Zelenskyy apela ao novo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, para que a Ucrânia possa aderir à NATO.
- Primavera de 2021: A Rússia reúne tropas perto das fronteiras da Ucrânia, que justifica com exercícios de treino.
- Novembro de 2021: A Ucrânia acusa a Rússia de ter concentrado 100.000 tropas e armamento pesado nas suas fronteiras, o que motiva um pedido de explicação dos EUA a Moscovo. Putin acusa o Ocidente de exacerbar tensões “entregando armas modernas a Kiev e conduzindo exercícios militares provocatórios” no Mar Negro.
- 07 de dezembro de 2021: Durante uma cimeira virtual, Biden adverte que a Rússia será alvo de sanções económicas duras se invadir a Ucrânia e Putin exige que o país vizinho não se torne membro da NATO.
- 17 de dezembro de 2021: Moscovo divulga as suas exigências ao Ocidente: tratados a proibir a adesão da Ucrânia e da Geórgia à NATO e o estabelecimento de bases militares no leste, e a retirada de tropas aliadas da Roménia e da Bulgária, num regresso à situação anterior a 1997.
2022
- 03 de janeiro de 2022: Biden assegura a Zelensky que os EUA responderão de “forma decisiva” se a Rússia invadir a Ucrânia.
- 10 de janeiro de 2022: Os chefes da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, e da Rússia, Sergei Lavrov, reúnem-se em Genebra (Suíça), mas sem sucesso.
- 24 de janeiro de 2022: A NATO coloca forças em alerta e reforça a presença militar no leste da Europa. Os EUA colocam em alerta 8.500 militares. Alguns países ocidentais começam a retirar pessoal não essencial das embaixadas em Kiev.
- 26 de janeiro de 2022: EUA e NATO anunciam que responderam às exigências russas sem revelar pormenores. Reafirmam, no entanto, que a NATO mantém a política de “porta aberta”, o que significa a rejeição da pretensão russa de impedir a adesão da Ucrânia. Washington oferece uma “avaliação de princípios e pragmática” das preocupações de segurança russas, através da via diplomática.
- 27 de janeiro de 2022: Biden avisa que a Rússia poderá invadir a Ucrânia em fevereiro. A China diz aos EUA que as “legítimas preocupações de segurança” de Moscovo devem ser “levadas a sério”.
- 28 de janeiro de 2022: Putin diz que as principais exigências de segurança russas não foram atendidas, mas afirma estar disposto a prosseguir conversações com o Ocidente.
- 04 de fevereiro de 2022: A China e a Rússia denunciam a influência dos EUA e o papel das alianças militares ocidentais na Europa e na Ásia, após conversações entre os líderes dos dois países, em Pequim.
- 08 de fevereiro de 2022: O Presidente francês, Emmanuel Macron, cujo país preside ao Conselho da UE, reúne-se com Putin em Moscovo e anuncia que a Rússia concordou em não agravar a situação. O Kremlin nega qualquer acordo para desanuviar a crise.
- 10 de fevereiro de 2022: Tropas russas e bielorrussas iniciam 10 dias de exercícios de combate próximo da fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia.
- 11 de fevereiro de 2022: O conselheiro de segurança nacional norte-americano, Jake Sullivan, alerta que a invasão da Ucrânia poderá ocorrer “a qualquer momento”.
- Os EUA ordenam o envio de mais 3.000 tropas para a Polónia, enquanto vários países, incluindo Portugal, apelam aos seus cidadãos para saírem da Ucrânia.
- 12 de fevereiro de 2022: Macron e Biden falam com Putin, por telefone, mas as partes limitam-se a reafirmar as suas posições. A companhia aérea holandesa KLM suspende os voos para a Ucrânia e a utilização do espaço aéreo ucraniano.
- 13 de fevereiro de 2022: Kiev aprova uma verba para ajudar as companhias aéreas a manterem operações na Ucrânia, depois da retirada da cobertura pelas seguradoras.
- 14 de fevereiro de 2022: Zelensky recebe o chanceler alemão, Olaf Scholz, e defende que a inclusão da Ucrânia na NATO garantiria a segurança do país. Numa conversa divulgada pela televisão russa, Lavrov admite a Putin a possibilidade de um acordo com o Ocidente, o que suscita algum otimismo em alguns dirigentes ocidentais. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressa “profunda preocupação” com a situação em contactos com Lavrov e com o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Os EUA anunciam a transferência da sua embaixada em Kiev para a cidade de Lviv, na zona ocidental da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia. Os ministros das Finanças do G7 (Alemanha, Reino Unido, EUA, França, Canadá, Itália e Japão) anunciam que estão prontos para impor sanções com “consequências maciças e imediatas para a economia russa”.
- 15 de fevereiro de 2022: Poucas horas antes de um encontro Putin-Scholz, a Rússia anuncia a retirada de algumas das suas tropas por terem terminado os exercícios em que participavam, mas sem indicar números. O Parlamento russo (Duma) pede a Putin que reconheça a independência de Donetsk e Lugansk, que Moscovo apoia na guerra contra Kiev desde 2014. A NATO diz que esse reconhecimento seria uma “violação flagrante” da soberania e integridade da Ucrânia, e os EUA ameaçam com sanções económicas. Putin recebe Scholz e anuncia estar pronto para conversações com os EUA e a NATO sobre limites de mísseis e transparência militar. Scholz defende que a segurança duradoura na Europa “só é possível com a Rússia” e não pode ser alcançada contra Moscovo. Instituições ucranianas, incluindo o Ministério da Defesa e as forças armadas, sofrem um ciberataque, com as suspeitas a apontarem para Moscovo, que nega qualquer envolvimento. Biden diz que os EUA apresentaram à Rússia “ideias concretas” sobre segurança na Europa, nomeadamente novas medidas de controlo de armamento e de manutenção de estabilidade.
- 16 de fevereiro de 2022: O dia começa com as autoridades ucranianas a dizerem que nada de inesperado aconteceu no país, depois de informações divulgadas nos EUA de que o ataque russo iria começar nessa madrugada. A NATO denuncia que a Rússia continua a reforçar a presença militar nas suas fronteiras com a Ucrânia. O Kremlin congratula-se com a disponibilidade de Biden para “conversações sérias” sobre a segurança na Europa e anuncia que Putin vai recusar o pedido da Duma de reconhecimento de Donetsk e Lugansk para não violar os Acordos de Minsk.
- 17 de fevereiro de 2022: Os EUA acusam a Rússia de ter enviado mais 7.000 tropas para a fronteira ucraniana e alertam que uma provocação russa no Donbass pode vir a justificar um ataque contra a Ucrânia. A UE exige a Moscovo “provas visíveis e concretas” da redução da força militar na fronteira ucraniana e manifesta preocupação com a intensificação dos combates no Donbass
- 18 de fevereiro de 2022: Forças ucranianas e separatistas do Donbass acusam-se mutuamente de novos ataques. Kiev diz que não tem intenção de atacar Donetsk e Lugansk. O primeiro-ministro português, António Costa, defende que a UE deve “explorar até ao limite” a via diplomática e que as sanções contra Moscovo devem ser consideradas numa “situação limite”. Os separatistas no leste da Ucrânia anunciam uma operação para retirar civis para a Rússia, que atribuiu passaportes a 720.000 residentes locais nos últimos meses. Os EUA dizem que a operação visa preparar um ataque militar de Moscovo. Macron pede o fim dos confrontos no leste da Ucrânia e o regresso ao diálogo. Blinken diz que a intensificação dos combates no Donbass é uma encenação russa para justificar um ataque à Ucrânia. Washington acusa Moscovo de ter posicionado até 190.000 tropas nas fronteiras da Ucrânia, tanto do lado da Rússia como da Bielorrússia. O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, diz que Moscovo promoveu a “maior concentração de forças militares” na Europa desde a Guerra Fria. Scholz diz que a integração da Ucrânia na NATO não está na agenda “nos próximos dias, meses ou anos”, pelo que a Rússia não tem motivos para agravar a tensão. A UE ameaça impor sanções à Bielorrússia se apoiar Moscovo numa invasão da Ucrânia. Biden diz que Putin decidiu avançar com a invasão “nos próximos dias”.
- 19 de fevereiro de 2022: Putin, acompanhado do líder da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, supervisiona exercícios militares estratégicos com mísseis balísticos e de cruzeiro. A China pede que as preocupações da Rússia sobre a Ucrânia sejam respeitadas. Zelensky pede um calendário claro para a adesão da Ucrânia à NATO e uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. Kiev anuncia a morte de dois soldados ucranianos em confrontos com os separatistas no Donbass. Portugal aconselha os seus cidadãos a sair da Ucrânia “enquanto o podem fazer pelas vias normais”. A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) anuncia um recorde de mais de 1.500 violações do cessar-fogo no Donbass em 24 horas. Zelensky garante a Macron que a Ucrânia não responderá a provocações russas e que continua disponível para dialogar com Moscovo.
- 20 de fevereiro de 2022: Boris Johnson diz que a Rússia está a planear “a maior guerra na Europa desde 1945”. A embaixada de Portugal em Kiev apela a todos os portugueses na Ucrânia que ainda não tenham sido contactados que informem com urgência o seu paradeiro. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anuncia que 40 portugueses já saíram da Ucrânia e que cerca de duas centenas continuam no país. A Presidência francesa diz que Putin prometeu a Macron trabalhar com vista a um cessar-fogo no Donbass e garantiu que vai retirar as tropas da Bielorrússia. Moscovo e Minsk decidem, no entanto, que os militares russos ficam na Bielorrússia, apesar de terem concluído os exercícios conjuntos. A NATO considera a decisão como um indicador de uma ação contra a Ucrânia. Paris anuncia que Putin e Biden concordaram “em princípio” com a realização de uma cimeira sobre segurança na Europa que lhes foi proposta por Macron.
- 21 de fevereiro 2022: O Kremlin diz que é prematuro falar numa cimeira Putin-Biden. A UE adota formalmente uma ajuda de emergência à Ucrânia, de 1.200 milhões de euros. A Polónia admite acolher até um milhão de pessoas se houver guerra na vizinha Ucrânia e a Hungria diz temer uma vaga de refugiados. Alemanha e Áustria anunciam preparativos para prestar ajuda humanitária a quem fugir da guerra. Exército russo diz ter matado no seu território cinco “sabotadores” oriundos da Ucrânia, mas Kiev nega qualquer ação na Rússia. Putin diz que a Rússia enfrenta “uma ameaça grave muito grande” e que o Ocidente utiliza a Ucrânia como “instrumento de confronto” com Moscovo. Os líderes das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no Donbass, pedem a Putin para as reconhecer como Estados independentes. A Ucrânia anuncia a morte de dois soldados e um civil em bombardeamentos das forças separatistas na região de Donetsk. Putin assina os decretos em que a Rússia reconhece a independência de Donetsk e Lugansk, e ordena ao exército russo que envie uma missão de “manutenção da paz” para aqueles territórios no leste da Ucrânia. A decisão é condenada pela generalidade dos países ocidentais, a NATO acusa Moscovo de fabricar um pretexto para invadir a Ucrânia e Kiev pede uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU. António Guterres diz que se trata de uma “violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia”, e que a ação da Rússia “é incompatível com os princípios da Carta das Nações Unidas”, que não é “’um menu à la carte’”. António Costa considera que a decisão russa viola os Acordos de Minsk e manifesta a solidariedade de Portugal para com a Ucrânia.
- 22 de fevereiro de 2022: Zelensky pede ao Ocidente “medidas de apoio claras e eficazes”, assegura que os ucranianos “não vão ceder uma única parcela do país” e responsabiliza a Rússia por tudo o que acontecer. Numa reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, a China pede moderação, a Rússia diz que “não quer um banho de sangue no Donbass”, os EUA acham ridículo Putin falar numa “força de manutenção de paz” e a Ucrânia exige que Moscovo anule o reconhecimento dos territórios ucranianos separatistas. A decisão de Putin provoca uma queda generalizada das bolsas mundiais, o petróleo ultrapassa os 99 dólares, o valor mais alto desde 2014, e o preço do gás natural aumenta 7%. Os parlamentos dos autoproclamados estados de Donetsk e Lugansk ratificam os tratados do seu reconhecimento pela Rússia. Zelensky alerta que o reconhecimento de Donetsk e Lugansk visa criar uma base legal para uma nova agressão russa, exige a suspensão imediata do gasoduto russo-alemão Nord Stream 2 e admite um corte de relações diplomáticas com Moscovo. Moscovo avisa Kiev de que um corte de relações diplomáticas é “um cenário extremamente indesejável”. A China, que também tem um diferendo com o Ocidente por causa de Taiwan, expressa preocupação com a situação e pede contenção, defendendo que “as legítimas preocupações de segurança de qualquer país devem ser respeitadas”. Scholz diz que tomou medidas para interromper a certificação do gasoduto Nord Stream 2, numa decisão saudada pela UE e pelos EUA. A Rússia assegura que vai continuar a fornecer gás aos países europeus. Outros países exportadores de gás avisam que têm uma capacidade limitada para aumentar rapidamente o fornecimento à Europa. O Kremlin clarifica que reconheceu Donetsk e Lugansk com as fronteiras que tinham em 2014, quando proclamaram a independência, o que inclui território entretanto recuperado pela Ucrânia. A NATO diz que espera um ataque em larga escala da Rússia na Ucrânia e que colocou a sua força de reação rápida em alerta para defender os países aliados. A Ucrânia pede aos aliados ocidentais mais armas para se defender da Rússia e garantias de uma futura adesão à UE. Os partidos portugueses condenam a Rússia, à exceção do PCP, que critica a NATO e os EUA. UE, EUA e Reino Unido anunciam sanções contra interesses russos. Moscovo diz que vai retirar os seus diplomatas de Kiev por as autoridades ucranianas não garantirem a sua segurança. Blinken cancela um encontro com Lavrov, agendado para quinta-feira, em Genebra, alegando que deixou de fazer sentido com o “início da invasão”.
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